Diatomáceas holocênicas do rio Xingu: novos registros para a Amazônia brasileira e o Brasil

RESUMO

O presente estudo visou ao levantamento florístico e à distribuição de diatomáceas obtidas de dois perfis sedimentares do rio Xingu, Estado do Pará, Brasil, e representa os últimos ~6.000 anos de idade. Trinta e oito táxons distribuídos em vinte gêneros foram documentados, entre os quais cinco são novos registros de ocorrência no Brasil e dezenove na Amazônia brasileira. Gomphonema Ehrenberg foi o gênero mais representado com seis espécies. Sintetizando, as novas ocorrências representam um aumento de 75% do número total de registros para a Amazônia brasileira e indicam que essa região ainda se encontra mal investigada, mas também sugere que a avaliação da biodiversidade está subestimada. Finalmente, os resultados destacam a utilidade da abordagem paleolimnológica como uma ferramenta de peso na avaliação da biodiversidade antes que os impactos humanos comecem a afetar as condições pristinas da área.

Palavras-chave:
biodiversidade; diatomáceas; levantamento florístico; paleolimnologia; testemunho