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Desenvolvimento inicial ex situ da plântula de Hymenaea courbaril L. (Fabaceae): uma fase crucial para preservar a espécie

RESUMO

Hymenaea courbaril L. é uma importante espécie Neotropical, que aparece com baixa densidade populacional, restrita a fragmentos de florestas semidecíduas, com baixa mortalidade e baixo recrutamento. Assim, algumas questões orientaram os objetivos deste trabalho, incluindo a capacidade de sementes armazenadas para formar mudas normais. Sementes coletadas de dez plantas-mãe na região do cerrado brasileiro e armazenadas durante três anos foram mecanicamente escarificadas, semeadas e analisadas durante 43 dias. Foi observada variabilidade intraespecífica para teor de água, biometria das sementes e para o processo de emergência. A emergência das plântulas variou de 19 a 92%. Nove fases de desenvolvimento foram observadas. Cerca de 91% das mudas alcançou sua autotrofia e isso representa o sucesso da amostra. O restante das plântulas apresentou morfologia atípica. Isto significa que é possível armazenar as sementes com o propósito de obter plântulas para cultivo ex situ. O grande consumo das reservas cotiledonares ocorreu no período que marca o alinhamento de cotilédones com o hipocótilo, durante as fases 1 a 4. Para esta espécie, se as sementes forem escarificadas, os primeiros 40 dias após a semeadura são essenciais para o estabelecimento das plântulas. Após esse tempo, os cotilédones caem e esse sinal é um bom ponto de referência para projetos de restauração, pois ele indica que a planta jovem está autônoma.

Palavras-chave:
alocação de recursos; emergência de plântulas; espécies arbóreas do cerrado; espécies florestais; jatobá

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