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Euglenophyceae na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. 1. Cryptoglena Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, Monomorphina (Ehrenberg) Mereschkowsky emend. Kosmala & Zackýs e Phacus Durjardin

Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, southwestern Rio Grande do Sul State, Brazil. 1. Cryptoglena Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, Monomorphina (Ehrenberg) Mereschkowsky emend. Kosmala & Zackýs e Phacus Durjardin

RESUMO

Este trabalho é resultado do estudo taxonômico de três gêneros de Euglenophyceae pigmentadas na Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, localizada no sudoeste do Bioma Pampa, cujo clima é subtropical. Quatro expedições de coletas foram realizadas entre março/2011 e maio/2013 abrangendo 10 locais, sendo seis no rio Ibirapuitã e quatro em ambientes lóticos e lênticos próximos a esse rio. Da análise qualitativa resultou a identificação de 33 táxons específicos e infraespecíficos, sendo um de Cryptoglena, dois de Monomorphina e 30 de Phacus. São registradas pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul: Phacus formosus e P. triqueter. Apesar da alta riqueza específica em alguns locais, a maioria dos táxons teve distribuição de ocorrência pouco frequente (61%). Distinguindo-se por serem frequentes: Phacus curvicauda Swir., P. hamatus Pochm., P. longicauda (Ehr.) Duj. var. longicauda, P. orbicularis Hübner var. orbicularis e P. tortus (Lemm.) Skv. (totalizando 15%), enquanto os demais foram esporádicos.

Palavras-chave:
Bioma Pampa; Euglenophyta; Sul do Brasil; taxonomia

ABSTRACT

This work is the result of a taxonomic study of three genera of pigmented Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, located in the southwest of the Pampa Biome, where the climate is subtropical. Four samplings were carried out between March 2011 and May 2013 covering 10 sites, six at Ibirapuitã River and four in surrounding environments. Qualitative analysis resulted in the identification of 33 specific and infraspecific taxa, one of Cryptoglena, two of Monomorphina, and 30 of Phacus. We recorded Phacus formosus and P. triqueter, which are first reports for Rio Grande do Sul State. Despite the high diversity and species richness in some places, most taxa had infrequent distribution (61%). Phacus curvicauda Swir, P. hamatus Pochm, P. longicauda (Ehr.) Duj. var. longicauda, P. orbicularis var. orbicularis Hübner, and P. tortus (Lemm.) Skv. were frequent (totaling 15%), while the others were sporadic.

Keywords:
Euglenophyta; Pampa Biome; South of Brazil; taxonomy

Introdução

O levantamento taxonômico dos gêneros Cryptoglena Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, Monomorphina (Ehrenberg) Mereschkowsky emend. Kosmala & Zakrys e Phacus Dujardin (classe Euglenophyceae) é um dos resultados do estudo taxonômico e ecológico de algas dentro do programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), sítio 25, na Área de Proteção Ambiental (APA) do rio Ibirapuitã. Essa APA é uma Unidade de Conservação Federal situada no Bioma Pampa, no sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul e abriga parte da bacia hidrográfica do rio Ibirapuitã. Ela é dividida longitudinalmente por este rio que possui cerca de 250 km, nasce no oeste da cidade de Livramento, percorre por 100 km a APA no sentido sul-norte, indo desaguar em Alegrete, no rio Ibicuí que é afluente da bacia do Uruguai (figura 1).

Figura 1.
Localização das 10 estações amostrais (E1-E10) na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, RS, Brasil. Figure 1. Location of the 10 sampling stations (E1-E10) in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil.

O rio Ibirapuitã apresenta um curso sinuoso, quase plano (pampa), e em época de chuva alaga grandes áreas; recebe as cargas orgânicas oriundas da agricultura e pecuária, atividades predominantes na região, com destaque para bovicultura, ovinocultura e arroz irrigado (Grehs, 2003Grehs, S.A. 2003. Efeitos da espacialização de propriedades físicas nas respostas hidrológicas da bacia do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul.). Estas condições favorecem o desenvolvimento da comunidade fi toplanctônica, em especial das Euglenophyta, pois este grupo de algas tem sido amplamente citado como importante indicador de águas com alto teor de matéria orgânica (Sladecék 1973Sládecék, V. 1973. System of water quality from biological point of view. Archiv für Hidrobiologie 7: 1-218., Margaléf 1983Margalef, R. 1983. Limnologia. Omega, Barcelona., Round 1983Round, F.E. 1983. Biologia das algas. 2 ed. Editora Guanabara, Rio de Janeiro., Wetzel 1993Wetzel, R.G. 1993. Limnologia. 2. ed. Fundação Carlouse Gulbenkian, Lisboa., Wolowski 1998Wolowski, K. 1998. Taxonomic and environmental studies on euglenophytes of the Kraków-Czestochowa Upland (Southern Poland). Fragmenta Floristica et Geobotanica 6: 1-192., e Rosowski 2003Rosowski J.R. 2003. Photosynthetic Euglenoids. In: Freshwater algae of North America: ecology and classification (JD Wehr, RG Sheath, eds.). Academic Press, New York. pp. 383-422.). O clima da região é subtropical, temperado quente, com estações bem defi nidas, com precipitação média de 1.500 mm, ocorrendo as maiores precipitações em junho e julho (Conti & Furlan 2003Conti, J.B. & Furlan, S.A. 2003. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: J.L. Ross (org.). Geografia do Brasil, Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, pp. 67-207.).

Estudos taxonômicos envolvendo comunidades de microalgas aquáticas na fronteira sudoeste do Estado foram realizados por Matzubara et al. (2008)Matsubara, C.P., Maltchik, L. & Torgan, L.C. 2008. Diversidade e distribuição de algas em áreas úmidas do Rio Grande do Sul, Brasil. Neotropical Biology and Conservation 3: 21-27. que abordaram a diversidade de algas em nível de gênero e sua distribuição em áreas úmidas do Estado, abrangendo o Pampa. Especifi camente para o rio Ibirapuitã, têm-se registro apenas de nove táxons, distribuídos nas classes Chlorophyceae (2), Bacillariophyceae (6) e Cryptophyceae (1), a partir de uma coleta realizada próxima a Alegrete, segundo Relatório Brasil das Águas (2007)Relatório Brasil das Águas. 2007. Sete Rios. Rio Ibicuí. Gerald & Margi Moss. Disponível em http://www.brasildasaguas.com.br (acesso em 30-X-2009).
http://www.brasildasaguas.com.br...
. Não há nenhum registro de Euglenophyceae pigmentadas para a APA.

As Euglenophyta possuem ampla distribuição mundial, especialmente em ecossistemas aquáticos continentais (Alves-da-Silva & Bridi 2004Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96.).

Neste trabalho foram estudados três gêneros da classe Euglenophyceae: Cryptoglena, Monomorphina e Phacus.

O gênero Cryptoglena apresenta oito táxons e Monomorphina 19 aceitos taxonomicamente por Guiry & Guiry (2014)Guiry, M.D. & Guiry, G.M. 2014. AlgaeBase. World-wide electronic publication, National University of Ireland, Galway. Disponível em http://www.algaebase.org (acesso em 18-V-2014).
http://www.algaebase.org...
. Enquanto o gênero Phacus possui 150 espécies para Bourrelly (1970)Bourrelly, P. 1970. Les algues d’eau douce: initation à la systematique, III. les algues blues et rouges, les Eugléniens, Peridiniens et Cryptomonadines. Éditions N. Boubée, Paris, v. 3, p. 1-512., 180 táxons para Huber-Pestalozzi (1955)Huber-Pestalozzi, G. 1955. Euglenophyceen. In: G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das phytoplankton des Susswässers: Systematik und Biologie. Teil 4, E. Schweizerbart’sche Verlangsbuchhandlug, Stuttgart. ou 146 táxons aceitos taxonomicamente por Guiry & Guiry (2014)Guiry, M.D. & Guiry, G.M. 2014. AlgaeBase. World-wide electronic publication, National University of Ireland, Galway. Disponível em http://www.algaebase.org (acesso em 18-V-2014).
http://www.algaebase.org...
. Os dois primeiros gêneros pertenciam a Phacus, mas foram transferidos para novos gêneros como resultado de estudos com biologia molecular (Marin et al. 2003Marin, B., Palm, A.O., Klingberg, M. & Melkonian, M. 2003. Phylogeny and taxonomic revision of plastidcontaining Euglenophytes based on SSU rDNA Sequence comparisons and synapomorphic signatures in the SSU rRNA Secondary Struture. Protist 154: 99-145., Kosmala et al. 2007Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185., Kim et al. 2013Kim J.I. & Shin, W. 2013. Cryptic speciation in the genus Cryptoglena (Euglenaceae) revealed by nuclear and plastid SSU and LSU rRNA gene. Journal of Phycology 49: 92-102.).

Com o objetivo de suprir a carência de estudos de Euglenophyceae pigmentadas no sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, e ampliar o conhecimento de suas distribuições geográfi cas no Estado e país, foi realizado o levantamento taxonômico dos gêneros Cryptoglena, Monomorphina e Phacus em ambientes lóticos e lênticos na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã.

Material e métodos

O estudo foi desenvolvido no rio Ibirapuitã e ambientes próximos onde foram amostrados dez locais, sendo seis estações ao longo do rio Ibirapuitã (E1-E6), dois afluentes lóticos, o arroio Sarandizinho (E7) e o rio Ibirapuitã-Chico (E10), e em dois ambientes lênticos (lagoa marginal Sábrito-E8 e banhado da Maronna-E9) (figura 1).

O rio Ibirapuitã caracteriza-se pela ocorrência predominante de rochas vulcânicas basálticas (com relevo em forma de patamares e escarpa), sendo parte do leito rochoso, parte arenoso ou lodoso. Apresenta muitas margens inacessíveis e íngremes e percorre regiões onde existem plantações de arroz irrigado e pecuária, dificultando o acesso ao rio, o que levou algumas coletas a serem realizadas em trechos rasos conhecidos localmente como "passo". Além dos "passos" foram amostrados locais cujas águas são utilizadas para dessedentação do gado, podendo apresentar grande quantidades de macroalgas dos gêneros Chara e Nitella e/ou macrófitas aquáticas em suas margens.

A tabela 1 apresenta os locais onde foram realizadas as coletas de Euglenophyceae no rio Ibirapuitã e entorno (E1-E10), com as respectivas coordenadas geográficas e os municípios abrangidos. E a tabela 2 mostra a distribuição de ocorrência dos táxons na APA.

Tabela 1
Locais e estações amostrais (E1-E10) dos gêneros de Euglenophyceae, na APA do rio Ibirapuitã, com as respectícas coordenadas e municípios, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Locations and sampling stations (E1-E10) of the genera of Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, with their respective coordinates and municipalities, Rio Grande do Sul State, Brazil.
Tabela 2
Distribuição de Cryptoglena, Monomorphina e Phacus encontrados nas estações de amostragem (E1-E10) na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Estado do Rio Grande do Sul. Brasil. E1: nascente do rio, E2: "Passo do Cerrito", E3: "Passo do Ferrão", E4:Estância Maronna, E5:"Passo da Cancela", E6: Estância Sabrito, E7: Arroio Sarandizinho, E8: lagoa marginal da Sabrito, E9: Banhado Maronna e E10: rio Ibirapuitã-Chico. Distribution of Cryptoglena, Monomorphina, and Phacus found in the sampling stations (E1-E10) in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil. E1 : source of the river, E2 : "Passo do Cerrito", E3 : "Passo do Ferrão", E4 : "Estância Maronna", E5 : "Passo da Cancela", E6 : "Estância Sabrito", E7 : stream Sarandizinho; E8: marginal pond of the Sabrito, E9 : marsh Maronna and E10 : Ibirapuitã-Chico river.

As amostras são provenientes de quatro campanhas (C1, C2, C3, C4) abrangendo duas épocas do ano (outono e primavera), no período de 2011 a 2013.

As amostras foram coletadas com a passagem de rede de plâncton de 30 μm de abertura de malha, na subsuperfície da água, e conservadas com formaldeído a 4%. Nos locais foram medidos o pH e temperatura da água com potenciômetro modelo DMPH-P e a profundidade e transparência com disco Secchi.

A análise qualitativa foi realizada com amostra viva e fixada entre lâmina e lamínula (média = 20). As medidas morfométricas foram obtidas com auxílio de um microscópio Leica-DMLS com ocularmicrometrada e a imagem das espécies foi capturada com câmera digital Sony, modelo DSCW370.

A frequência de ocorrência dos táxons foi calculada segundo Mateucci & Colma (1982)Matteucci, S.D. & Colma, A. 1982. Metodologia para el estudio de la vegetacion. Secretaria General de la Organización de los Estados Americanos, Washington., utilizando a relação entre o número de amostras nas quais cada táxon ocorreu e o número total de amostras analisadas, tendo sido estabelecidas as seguintes categorias: muito freqüente (F ≥ 70%), frequente (40% ≤ F < 70%), pouco frequente (10% ≤ F < 40%) e esporádica (F < 10%). A riqueza é o número de táxons por amostra.

A distribuição geográfica no país foi feita com base em trabalhos especificamente taxonômicos abrangendo Euglenophyta que permitem a re-identificação dos táxons através de descrições, medidas e/ou ilustrações (Cunha 1914Cunha, A.M. 1914. Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz 6: 169-179.; Uherkovich & Schmidt 1974Uherkovich, G. & Schmidth, G.W. 1974. Phytoplankton taxa in dem zentralamazonischen Schwemmlandsee Lago do Castanho. Amazoniana 5: 243-283.; Huszar 1979Huzsar, V.L.M. 1979. Ocorrência e distribuição sazonal de algas planctônicas do lago da Barragem Santa Bárbara, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 1: 149-154.; Cardoso 1982Cardoso, M.B. 1982. Levantamento das Euglenaceae pigmentadas do Distrito Federal, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.; Xavier 1989Xavier, M.B. 1989. O gênero Phacus Dujardin de lagos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil. Hoehnea 16: 149-164., 1994Xavier, M.B. 1994. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 5: Euglenophyceae (Euglenaceae pigmentada). Hoehnea 21: 47-73., Cecy 1990Cecy, I.T. 1990. A Restinga do Pontal do Sul, município de Paranaguá, Pr. I- Levantamento ficológico (Euglenophyta) e físico-químico. Arquivos de biologia e tecnolologia 33: 1-79.; Huzsar et al. 1990, Menezes 1991Menezes, M. 1991. O gênero Phacus (Euglenaceae) no município do Rio de Janeiro e arredores, Brasil. Hoehnea 18:171-189.; Franceschini 1992Franceschini, I.M. 1992. Algues d’eau douce de Porto Alegre Brésil (les Diatomophycée excluées). Bibliotheca Phycologica 92: 1-81.; De-Lamonica-Freire, Bicudo & Castro 1992De-Lamonica-Freire, E., Bicudo, C.E.M. & Castro, A.A.J. 1992. Ficoflórula do Pantanal de Poconé, Estado de Mato Grosso, Brasil, l: Euglenaceae. Revista Brasileira de Biologia 52: 141-149.; Alves-da- Silva & Laitano 1994Alves-da-Silva, S.M. & Laitano, C. de S. 1994. Euglenaceae pigmentadas do Banhado do Jacaré, em um Parque de Proteção Ambiental, Triunfo, RGS, Brasil. Iheringia 45: 89-116.; Alves-da-Silva & Torres 1994Alves-da-Silva, S.M. & Laitano, C. de S. 1994. Euglenaceae pigmentadas do Banhado do Jacaré, em um Parque de Proteção Ambiental, Triunfo, RGS, Brasil. Iheringia 45: 89-116.; Conforti 1994Conforti, V. 1994. Study of the Euglenophyta from Camaleão lake (Manaus-Brazil). III. Euglena Ehr., Lepocinclis Perty, Phacus Duj. Revue d'Hydrobiologie Tropicale 27: 3-21.; Jati & Train 1994Jati, S. & Train, S. 1994. Euglenaceae pigmentadas de ambientes lênticos da Ilha Porto Rico, Município de Porto Rico, Paraná, Brasil. Iheringia 45: 117-142.; Menezes et al. 1995Menezes, M., Fonseca, C.G. & Nascimento, E.P. 1995. Algas de três ambientes de águas claras do município de Parintins, Estado do Amazonas, Brasil: Euglenophyceae e Dinophyceae. Hoehnea 22: 1-15., Bittencourt-Oliveira, 1997Bittencourt-Oliveira, M.C. 1997. Fitoplâncton do Rio Tibagi, Estado do Paraná, Brasil: Nostocophyceae, Chlorophyceae, Euglenophyceae, Chrysophyceae e Tribophyceae. Hoehnea 24:1-20.; Giani et al. 1999Giani A., Figueiredo C.C. & Eterovick P.C. 1999. Algas planctônicas do reservatório da Pampulha (MG): Euglenophyta, Chrysophyta, Pyrrophyta, Cyanobacteria. Revista Brasileira de Botânica 22: 107-116.; Menezes & Ferreira 2000Menezes, M. & Ferreira, A.C.S. 2000. Flora planctônica de um reservatório eutrófico, lagoa Guandu, Município de Nova Iguaçu, RJ. Hoehnea 27: 45-76.; Keppeler et al. 2002Keppeler, E.C., Lopes, M.R.M. & Lima, S.M. 2002. Ficoflórula do Lago do Amapá em Rio Branco- Acre, I: Euglenophyceae. Revista Brasileira de Biologia 59: 679-686.; Alves-da-Silva & Bridi 2004Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96.; Ferragut et al. 2005Ferragut, C., Lopes, M.R.M., Bicudo, D.C., Bicudo, C.E.M. & Vercellino, I.S. 2005. Ficoflórula perifítica e planctônica (Exceto Bacillariophyceae) de um reservatório oligotrófico raso (Lagoa do IAG, São Paulo). Hoehnea 32: 137-184.; Tucci et al. 2006Tucci, A., Sant’Anna, C.L., Gentil, R.C. & Azevedo, M.T.P. 2006. Fitoplâncton do Lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório urbano e eutrófico. Hoehnea 33: 147-175.; Alves-da-Silva et al. 2008Alves-da-Silva, S.M. & Fortuna, J.R. 2008. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em sistemas lênticos da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 684-700., Alves-da- Silva & Fortuna 2008Alves-da-Silva, S.M. & Fortuna, J.R. 2008. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em sistemas lênticos da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 684-700.; Alves-da-Silva & Bicudo 2009Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270.; Alves-da-Silva et al. 2011Alves-da-Silva, S.M., Pereira, V.C., Moreira, C.S. & Friedrich, F. 2011. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em lago urbano subtropical, no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 25: 713-726.; Araújo et al. 2012Araújo, G.J.M., Barbosa, J.E.de L. & Barbosa, L.G. 2012. Pigmented Euglenophytes in a natural and shallow lake in the semiarid region of Paraíba State, Brazil. Brazilian Journal of Botany 35:17-30.), entre outros.

Todas as amostras estão depositadas na coleção de algas do Herbário Prof. Dr. Alarich R. H. Schultz (HAS) no Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.

O trabalho apresenta: (1) diagnose; (2) descrição morfométrica das células e relação entre o comprimento e largura (Rc/l) dos táxons identificados; (3) alguns comentários; (4) habitat; (5) relação do material examinado em ordem crescente de seus números de acesso no herbário; (6) distribuição geográfica por região e Estado no Brasil; (7) fotomicrografias da vista taxonômica mais representativa dos táxons.

A identificação em nível de divisão e classe seguiu Hoeck et al. (1995)Hoek, van-den C., Mann, D.G. & Jahns, H.M. 1995. Algae: An introduction to phycology. Cambridge University Press, Cambridge. e para nível específico e infraespecífico dos táxons foram utilizadas obras básicas como Pochmann (1942)Pochmann, A. 1942. Synopsis des Gattung Phacus. Archiv für Protistenkunde 5: 121-252., Huber-Pestalozzi (1955)Huber-Pestalozzi, G. 1955. Euglenophyceen. In: G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das phytoplankton des Susswässers: Systematik und Biologie. Teil 4, E. Schweizerbart’sche Verlangsbuchhandlug, Stuttgart., Weik (1967)Weik, K.L. 1967. A revision of the genus Phacus Dujardin in Illinois. Tese de Doutorado, Southern Illinois University, Illinois, USA Németh (1980)Németh, J. 1980. Az Ostoros Algák (Euglenophyta). Vízügyi Hidrobiológia, 8. kötet, 1. Vizdok, Budapest, pp. 5-294., Starmach (1983)Starmach, K. 1983. Euglenophyta. In: Starmach, K. (ed.). Flora Slodkowodna Polski. Polska Academia Nauk., Warszawa v. 3., Shi et al. (1999)Shi, Z., Wang, Q., Xie, S., Dai, J. & Chen, L. 1999. Euglenophyta. (s.l.) il. Flora Algarum Sinicarum Aquae Dulcis, t. 6, Science Press, Beijing., Tell & Conforti (1986)Tell, G. & Conforti, V.T.D. 1986. Euglenophyta pigmentadas de la Argentina. Stuttgart: J. Cramer. Bibliotheca Phicologica 75: 1-301.,. Estudos recentes envolvendo biologia molecular tais como Marin et al. (2003)Marin, B., Palm, A.O., Klingberg, M. & Melkonian, M. 2003. Phylogeny and taxonomic revision of plastidcontaining Euglenophytes based on SSU rDNA Sequence comparisons and synapomorphic signatures in the SSU rRNA Secondary Struture. Protist 154: 99-145., Kosmala et al. (2007)Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185. e Kim et al. (2013)Kim J.I. & Shin, W. 2013. Cryptic speciation in the genus Cryptoglena (Euglenaceae) revealed by nuclear and plastid SSU and LSU rRNA gene. Journal of Phycology 49: 92-102. também foram utilizados.

Resultados e Discussão

Foram analisadas 34 unidades amostrais e encontradas espécies dos gêneros do presente estudo em 25 delas (73,5%) o que permitiu a identificação de 33 táxons em nível específico e/ou infraespecífico de Euglenophyceae pigmentadas, distribuídas em: um representante do gênero Cryptoglena, dois de Monomorphina e 30 de Phacus.

Levantamento taxonômico

  • Divisão Euglenophyta

    • Classe Euglenophyceae

      • Ordem Euglenales

        • Família Euglenaceae

Gênero CryptoglenaMarin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs 2007Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185.

Cryptoglena skujae Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, J. Phycol. 43:174, 180, fig. 18. 2007.

Figuras 2-5

Figuras 2-22. 2-5
Euglenophyceae da Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Cryptoglena skujae Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, 6. Monomorphina nordstedtii (Lemmerman) Popova, 7-8. Monomorphina pyrum (Ehr.) Mereschk. emend. Kosmala & Zakrýs, 9-10. Phacus acuminatus Stokes var. variabilis (Lemm.) Pochm. 11-15. Phacus asymmetricus Sokoloff, 13-14. vista apical. 16. Phacus brachykentron Pochm. 17-18. Phacus caudatus Hübner. 19-20. Phacus contortus Bourr. 21-22. Phacus curvicauda Swir., 21. vista apical. Escala = 10 mm. Figures 2-22. 2-5. Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã. 2. Cryptoglena skujae Marin & Melkonian emend. Kosmala & Zakrýs, 6. Monomorphina nordstedtii (Lemmerman) Popova, 7-8. Monomorphina pyrum (Ehr.) Mereschk. emend. Kosmala & Zakrýs, 9-10. Phacus acuminatus Stokes var. variabilis (Lemm.) Pochm. 11-15. Phacus asymmetricus Sokoloff, 13-14. apical view. 16. Phacus brachykentron Pochm. 17-18. Phacus caudatus Hübner. 19-20. Phacus contortus Bourr. 21-22. Phacus curvicauda Swir., 21. apical view. Scale bars = 10 mm.

Célula elíptica a ovada, ca. 15 μm compr., ca. 9 μm larg., Rc/l = 1,7; polo anterior arredondado, polo posterior atenuado gradativamente, terminando em processo reduzido, ca. 0,5 μm compr.; vista apical em forma de grão de café; película hialina; um cloroplasto parietal acompanhando o comprimento celular, em forma de cilindro aberto (lembrando a letra C), grãos de paramido 2, laterais localizados entre o cloroplasto e a película.

Phacus agilis Skuja var. agilis foi transferido por Marin & Melkonian (2003)Marin, B., Palm, A.O., Klingberg, M. & Melkonian, M. 2003. Phylogeny and taxonomic revision of plastidcontaining Euglenophytes based on SSU rDNA Sequence comparisons and synapomorphic signatures in the SSU rRNA Secondary Struture. Protist 154: 99-145. para Cryptoglena sob a combinação Cryptoglena skujai, a partir de estudos com biologia molecular. O epíteto foi dado em honra a Skuja que, segundo esses autores, realizou uma excelente descrição de P. agilis. Em 2007, Kosmala & Zakryś emendaram a descrição do gênero, nomeando essa espécie como C. skujae. Cryptoglena skujae é composta de indivíduos extremamente móveis, e sua pequena dimensão torna difícil sua observação, mas são facilmente reconhecidas pela vista apical em forma de grão de café e pelo cloroplasto lateral parietal acompanhando quase todo comprimento celular, com um furo no meio. Essa espécie foi previamente registrada no Brasil em vários Estados (AM, GO, PR, RS, RJ, SP e DF), sob a denominação de P. agilis.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Nordeste (PB), Sul (RS).

Gênero Monomorphina (Ehrenberg) Mereschkowsky emend. Kosmala & Zakrýs 2007Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185.

Monomorphina nordstedtii (Lemm.) Pop., Flora Plant. Cryptog. URSS., 3(1): 37, pl. 7, fig. 5-6. 1966.

Figura 6

Célula amplamente elíptica, 35-36 μm compr., ca. 20,5 μm larg.; Rc/l = 1,7; polo anterior arredondado; polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal cônico, hialino, reto, ca. 14 μm compr.; película com 4-5 costelas levogiras; cloroplasto desintegrado, aparentando vários cloroplastos discoides; grãos de paramido 2, laterais localizados entre a película e o cloroplasto.

Monomorphina nordstedtii difere de todas as outras espécies do gênero por suas células serem relativamente mais largas e pelo contorno mais arredondado.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS, como P. nordstedtii).

Monomorphina pyrum (Ehr.) Mereschk. emend. Kosmala & Zakrýs, J. Phycol. 43:177,179, fig. 1-11, 13-15, 17. 2007.

Figura 7-8

Célula piriforme ou fusiforme, 29-43 μm compr., 11-15 μm larg.; Rc/l = 2,5-2,8; polo anterior arredondadado; vista apical elíptica; lado ventral e dorsal levemente convexo; polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal cônico, hialino, reto ou levemente inclinado, 9-17 μm compr., película com 4-5 costelas levogiras; um cloroplasto desintegrado em vários cloroplastos discoides; grãos de paramido 2, laterais localizados entre a película e o cloroplasto.

Segundo Marin et al. (2003)Marin, B., Palm, A.O., Klingberg, M. & Melkonian, M. 2003. Phylogeny and taxonomic revision of plastidcontaining Euglenophytes based on SSU rDNA Sequence comparisons and synapomorphic signatures in the SSU rRNA Secondary Struture. Protist 154: 99-145. em 1877, Mereschkowsky reconheceu pela primeira vez que um novo gênero era necessário para classificar Euglena pyrum Ehr. e criou o gênero Monomorphina. Infelizmente, o diagnóstico de Monomorphina foi publicado em russo e ignorado por muitos anos. Marin et al. (2003)Marin, B., Palm, A.O., Klingberg, M. & Melkonian, M. 2003. Phylogeny and taxonomic revision of plastidcontaining Euglenophytes based on SSU rDNA Sequence comparisons and synapomorphic signatures in the SSU rRNA Secondary Struture. Protist 154: 99-145. com base em revisão taxonômica e dados moleculares (SSU rDNA e SSU rRNA), reintroduziram o gênero Momonorphina transferindo as espécies piriformes de Phacus e algumas espécies de Lepocinclis para esse gênero, considerando M. pyrum como a espécie tipo do gênero. Kosmala et al. (2007)Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185. revisaram a sistemática e filogenia do gênero Monomorphina com base em morfologia e dados moleculares (SSU rDNA), mostrando que suas espécies representativas têm um único cloroplasto parietal, e que em células mais velhas existe desintegração ou furos nesse plastídeo, o que dá a falsa impressão em microscópio óptico de muitos cloroplastos. Esses autores confirmaram M. pyrum como a espécie tipo do gênero, tendo como sinônimos: Phacus pyrum var. ovatus Playf., Lepocinclis ovata (Playf.) Conr., Monomorphina ovata (Playf.) Marin & Melkonian, P. pyrum var. rudicula Playf., P. rudicula (Playf.) Pochm., M. rudicula (Playf.)Pochm., P. inconspicuous Defl., P. pyrum f. pulcherrimus Conr., M. pulcherrima (Conr.) Marin & Melkonian, P. atraktoides Pochm., M. atraktoides (Pochm.) Marin & Melkonian, P. cochleata Pochm., M. cochleata (Pochm.) Marin & Melkonian, P. megalopsis Pochm., M. megalopsis (Pochm.) Saf., P. mirabilis Pochm., M. mirabilis (Pochm.) Saf., P. pseudonordstedtii Pochm., M. pyrum var. pseudonordstedtii (Pochm.) Pop., M. pseudonordstedtii (Pochm.) Marin & Melkonian, P. splendens Pochm., M. splendens (Pochm.) Pop., P. strongylus Pochm., M. strongyla (Pochm.) Marin & Melkonian.

Monomorphina pyrum foi previamente registrada no Brasil em vários Estados (AM, GO, DF, MT, PR, RJ, RS, SP), sob a denominação de Phacus pyrum ou como espécies que foram sinonimizadas por Kosmala et al. (2007)Kosmala, S., Milanowski, R., Brzóska, K., Pekala, M. Kwiatowski, J. & Zakryś, B. 2007. Phylogeny and systematics of the genus Monomorphina (Euglenaceae) based on morphological and molecular data. Journal of Phycology 43: 171-185.. No Estado do Rio Grande do Sul, foi citado como M. pyrum por Alves-da-Silva & Bicudo (2009)Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270..

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109261); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alvesda- Silva (HAS 109274).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS).

Gênero Phacus Dujardin 1841

Phacus acuminatus Stokes var. variabilis (Lemm.) Pochm. Arch. Protistenk., 95(2): 143, fig. 32g-h. 1942.

Figuras 9-10

Célula amplamente ovada, 24-25,2 μm compr., 17-17,1 μm larg.; Rc/l = 1,4-1,5; polo posterior atenuado em processo caudal hialino, levemente curvado, curto, 1,3-2 μm compr., película hialina, estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, anelares centrais.

Comentário: Essa variedade difere da típica pelo processo caudal levemente excêntrico ao eixo longitudinal da célula.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (DF), Norte (PA), Sul (RS).

Phacus asymmetricus Sok., An. Inst. Biol. Univ. Mex., 4: 200, fig. 4. 1933.

Figuras 11-15

Célula assimétrica, ovada, torcida, 24-25,2 μm compr., 17-17,1 μm larg.; Rc/l = 1,4-1,5; margens diferentemente espessadas, a maior expandida posteriormente, aliforme, oblíqua, voltada para o mesmo lado do processo caudal, processo caudal cônico, curvo de 10-12 μm compr., película hialina, estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, um em cada metade da célula.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Alegrete, estância Sábrito - E6, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, nascente 1- E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109262); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS 109271); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS).

Phacus brachykentron Pochm., Arch. Protistenk., 95(2): 145, fig. 33. 1942.

Figura 16

Célula ovada, 18-25,5 μm compr., 16,4-18 μm larg.; Rc/l = 1-1,4; sulco subapical com 2/3 do comprimento celular; polo anterior ligeiramente afilado, arredondado; polo posterior com processo caudal curto, 2-3 μm compr.; película hialina, estrias longitudinais acompanhando a célula; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido anelares centrais 2, com margem levemente crenulada ou não, e um outro excêntrico; em vista lateral paramidos em forma de carretel.

Phacus brachykentron é semelhante com P. acuminatus Stokes, diferindo pelos grãos de paramido anelares centrais com margem crenulada; em vista lateral apresentam forma de carretel.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (GO, MT), Norte (AM), Sudeste (RJ), Sul (PR, RS).

Phacus caudatus Hübner, Prog r. Stral., p. 5, fig. 5. 1886.

Figuras 17-18

Célula elíptica; 28-39 μm compr., 16-20 μm larg.; Rc/l = 1,7-1,9; polo anterior arredondado; polo posterior atenuado em processo caudal hialino, cônico, levemente curvado, 4-11μm compr.; película hialina, estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramidos 2, discoides, um central e outro posterior.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (RO), Sudeste (RJ), Sul (PR, RS).

Phacus contortus Bourr., In Bourrelly & Manguin, Algues d'eau douce Guad. Dep., 177, pl. 22, figs. 271-277, 1952.

Figuras 19-20

Célula ovada, assimétrica, torcida, margens diferentemente espessadas, a maior aliforme expandida posteriormente, 29-43 μm compr., 21-30 μm larg.; Rc/l = 1-1,5; polo posterior atenuado em processo caudal hialino, cônico, levemente curvado, ca. 9,5 μm compr.; película hialina, estrias longitudinais, acompanhando a torsão do corpo; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, discoides, laterais, um em cada metade da célula.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109261); Livramento, passo do Ferrão - E3, 2-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109265); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271); Livramento, passo do Cerrito - E2, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109275), Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (GO, MT), Norte (AM, PA, RO), Sudeste (RJ, SP), Sul (SC, RS).

Phacus curvicauda Swir., Arch. Hydrobiol. Planktonk., 10: 333, pl. 2, fig. 13-16. 1915.

Figuras 21-24

Figuras 23-40
Euglenophyceae da Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brasil. 23-24. Phacus curvicauda Swir. 25-27. Phacus formosus Pochm.. 28-29. Phacus gigas Da Cunha. 30. Phacus granum Drez. 31-35. Phacus hamatus Pochm., 31. vista apical. 34-35. vista lateral. 36-38. Phacus helicoides Pochm. 38-40. Phacus lefevrei Bourr. Escala = 10 mm. Figures 23-40. Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil. 23-24. Phacuscurvicauda Swir. 25-27. Phacus formosus Pochm.. 28-29. Phacus gigas Da Cunha. 30. Phacus granum Drez. 31-35. Phacus hamatus Pochm., 31. apical view. 34-35. side view. 36-38. Phacus helicoides Pochm. 38-40. Phacus lefevrei Bourr. Scale bars = 10 mm.

Célula ovada, torcida, assimétrica, 28-35 μm compr., 19-27 μm larg.; Rc/l=1,3-1,7; margens igual ou desigualmente espessadas, em geral ventralmente projetada numa expansão aliforme, oblíqua; sulco do vértice ca. 0,5 μm do comprimento da célula, lados dorsal e ventral levemente côncavos, às vezes sulcados, polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal hialino, curvado, 3-4 μm compr.; vista apical em halteres; película hialina, estrias longitudinais seguindo a torção da célula; cloroplastos, numerosos, discoides, 2-3μm diâm.; grãos de paramido 2, discoides, laterais, desiguais, maior 13-15 μm diâm., menor 8-10 μm diâm.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Alegrete, estância Sábrito - E6, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109261); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109262); Livramento, passo do Cerrito - E2, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109264), Livramento, passo do Ferrão - E3, 2-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109265); Alegrete, estância 28 - E4, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109266); Alegrete, banhado Maronna - E9, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109667); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269), Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271), Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281);

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (DF, GO, MT), Nordeste (MA, PE), Norte (AM, PA, RO, TO), Sudeste (RJ, SP), Sul (PR, RS, SC).

Phacus formosus Pochm., Arch. Protistenk., 95(2):149, fig. 38 a-i, k, 1942.

Figuras 25-27

Célula ovada, 40,5-43 μm compr., 21,5-23 μm larg.; Rc/l = 1,8-2,0; polo anterior ligeiramente atenuado, arredondado; vista lateral elíptica; polo posterior com processo caudal cônico, afilado, 10-12,5 μm compr.; película hialina, estrias longitudinais, margem com reentrância; cloroplastos numerosos, discoides, ca. 2 μm diam.; grãos de paramido 3, dois anelares centrais, ca. 16 e 10 μm diâm. e um terceiro posterior, ca. 5 μm diâmetro, com vista lateral em forma de bobina.

Pochmann (1942)Pochmann, A. 1942. Synopsis des Gattung Phacus. Archiv für Protistenkunde 5: 121-252. citou uma protuberância em um dos lados do polo anterior, feição muito tênue nos indivíduos analisados, porém todas as demais características conferem com a descrição da espécie.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM). Primeiro registro para o Estado do Rio Grande do Sul.

Phacus gigas Da Cunha, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 5: 110, pl. 10: fig. 3. 1913.

Figuras 28-29

Célula ovada, 78-88 μm compr., 48-53 μm larg.; Rc/l = 1,6-1,7; polo anterior ligeiramente atenuado, arredondado; vista apical elíptica; polo posterior com processo caudal cônico, longo, afilado, 18-23 μm compr.; película hialina, estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramidos 1-2, discoides, centrais.

Essa espécie é semelhante a P. orbicularis diferindo pelas estrias somente longitudinais e processo caudal mais longo e afilado.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sudeste (RJ), Sul (RS).

Phacus granum Drez., Kosmos 50(1A): 266, pl. 3, fig. 119. 1925.

Figura 30

Célula elíptica, 18-23 μm compr., 8-13 μm larg.; Rc/l = 1,8-2,4; polo anterior arredondado; polo posterior atenua-se levemente em processo caudal mamilado, ca. 2,5 μm compr.; película com estrias tênues, paralelas; cloroplastos discoides, numerosos; grãos de paramido 2, bastoniformes, o maior perpendicular ao eixo longitudianl, ca. 8 μm compr., ca. 4 μm larg. e o menor no eixo longitudinal da célula, ca. 4 μm compr., ca. 2 μm larg.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (RS).

Phacus hamatus Pochm., Arch. Protistenk., 95(2):182, fig. 86a-f, 1942.

Figuras 31-35

Célula levemente ovada, 50-78 μm compr., 30-58 μm larg.; Rc/l = 1,3-1,7; lado ventral côncavo, lado dorsal convexo; vista apical poculiforme; polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal cônico, afilado, inclinado, de 6-17 μm compr., em vista lateral em forma de gancho; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides, ca. 5 μm diâm.; grãos de paramido 2, anelares, centrais, ca. 28 μm compr., ca. 13 μm compr.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Alegrete, passo da Cancela - E5, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109254); Alegrete, estância Sábrito -E6, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, rio Ibirapuitã Chico - E10, 25-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109257); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Livramento, nascente - E1, 24-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109659); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, passo do Cerrito - E2, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109264); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109666); Alegrete, banhado Maronna - E9, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109667); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alvesda- Silva (HAS109274); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (DF, GO, MT), Nordeste (MA, PE), Norte (AM, PA, RO, TO), Sudeste (RJ, SP), Sul (PR, RS, SC).

Phacus helicoides Pochm. Arch. Protistenk., 95(2): 212, fig. 125 a-d, 1942.

Figuras 36-38

Célula romboide, 101-108 μm compr., 34-43 μm larg., Rc/l = 2,3-3,2; polo anterior estreitado; duas torções, uma na porção posterior e outra na região mediana; polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal, cônico, afilado, hialino, 25,2-38 μm compr.; película com estrias longitudinais acompanhando a torção celular; cloroplastos, numerosos, discoides, ca. 2,8 μm diâm.; grãos de paramido 1 ou 2, centrais, discoides.

Huber-Pestalozzi (1955) propôs que fosse considerado P. helicoides Pochm. e P. sesquitortus Pochm. como variedade de P. tortus (Lemm.) Skv., porque fatores ambientais como temperatura, luz e pH podem afetar o grau de torção celular. Apesar de Alves-da-Silva et al. (2011)Alves-da-Silva, S.M., Pereira, V.C., Moreira, C.S. & Friedrich, F. 2011. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em lago urbano subtropical, no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 25: 713-726. concordar com a proposta do autor supra citado, no presente estudo pôde ser observado um maior número de indivíduos, que não apresentaram estrias transversais entre as longitudinais, razão para se considerar Phacus helicoides independente de P. tortus.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (PR).

Phacus lefevrei Bourr., In Bourrely & Manguin, Algues d'eau douce Guad. Dep., 177, pl. 21, figs. 235-240, 1952.

Figuras 39-40

Célula amplamente ovada, 38-49 μm compr., 33-39 μm larg., Rc/l = 1,1-1,3; polo anterior arredondado; lado ventral e dorsal levemente convexo; vista apical elíptica; polo posterior terminando em protuberância reduzida, ca. 3 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides, às vezes poligonais; grãos de paramido numerosos, arredondados.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (RO), Sudeste (RJ), Sul (PR, RS).

Phacus longicauda (Ehr.) Duj. var. longicauda, Infus., p. 337, pl. 5, fig. 6, 1841.

Figuras 41-42

Figuras 41-61.
Euglenophyceae da Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brasil. 41-42. Phacus longicauda (Ehr.) Duj. 43-44. Phacus longicauda (Ehr.) Duj. var. major (Swir.) Pochm. 45-49. Phacus manginii Lef. var. inflatus Nyg., 47. vista apical, 46, 48, 49. vista dorsal. 50-51. Phacus onxy Pochm. var. onyx. 52. Phacus onxy Pochm. var. simetrica Tell & Zal. 53-56. Phacusorbicularis Hübner var. orbicularis, 53. vista dorsal, 55. vista lateral, 56. vista apical. 57. Phacus orbicularis Hübner f. communis Pop. 58-59. Phacus platalea Drez. var. major Poucques. 60. Phacus pleuronectes (O. F. Müller) Duj. 61. Phacus pseudobicarinatus Alvesda- Silva & Bicudo. Escala = 10 mm. Figures 41-61. Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil. 41-42. Phacuslongicauda (Ehr.) Duj. 43-44. Phacus longicauda (Ehr.) Duj. var. major (Swir.) Pochm. 45-49. Phacus manginii Lef. var. inflatus Nyg., 47. apical view, 46, 48, 49. dorsal view. 50-51. Phacus onxy Pochm. var. onyx. 52. Phacus onxy Pochm. var. simetrica Tell & Zal. 53‑56. Phacus orbicularis Hübner var. orbicularis, 53. dorsal view, 55. side view, 56. apical view. 57. Phacus orbicularis Hübner f. communis Pop. 58-59. Phacus platalea Drez. var. major Poucques. 60. Phacus pleuronectes (O. F. Müller) Duj. 61. Phacus pseudobicarinatus Alves-da- Silva & Bicudo. Scale bars = 10 mm.

Célula obovada, 86-116 μm compr., 32-42 μm larg., Rc/l = 2,4-2,9; às vezes torcida 0,5-1 volta na base do processo caudal, sulco do vértice ca. 0,5 vez o comprimento da célula; lados dorsal e ventral convexos, vista lateral elíptica; polo posterior gradativamente atenuado em processo caudal hialino, cônico, 40-63 μm compr., película com estrias longitudinais, seguindo a torção da célula; cloroplastos, numerosos, discoides, 2-4,5 μm diâm.; grãos de paramido 2, discoides, centrais, concêntricos, 7-28,5 μm diâm., às vezes numerosos, discoides, dispersos no citoplasma.

Phacus longicauda var. longicauda é semelhante a P. tortus, diferenciando-se pelos indivíduos dessa variedade apresentarem uma leve torção na base do processo caudal durante seu deslocamento, o que pode levar a identificação errônea como Phacus tortus. Essa última espécie possue 1 a 1 ½ torsão na base do processo caudal ou na região mediana celular e apresenta estrias longitudinais entre as transversais.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109250); Livramento, passo do Cerrito - E2, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109251); Livramento, passo do Ferrão - E3, 25-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109252); Alegrete, estância Sábrito - E6, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS 109256); Livramento, rio Ibirapuitã Chico - E10, 25-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109257); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS 109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109262); Livramento, passo do Cerrito - E2, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109264); Livramento, passo do Ferrão - E3, 2-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109265); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 21-V-2013, S.M. Alves-da- Silva (HAS 109666); Alegrete, banhado Maronna - E9, 21-V-2013, Alves-da-Silva S.M (HAS109667); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Livramento, passo do Cerrito - E2, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109275); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AC, AM, PA, RO), Nordeste (PB), Sudeste (SP, RJ), Sul (RS, SC).

Phacus longicauda (Ehr.) Duj. var. major (Swir.) Pochm., Arch. Protistenk. 95(2): 203, fig. 113 a-c, 114. 1942.

Figuras 43-44

Célula amplamente elíptica a levemente obovada, 155-181 μm compr., 48-65,5 μm larg., Rc/l = 2,6-3,4; processo caudal 76-98,3 μm de comprimento.

Difere da variedade típica pela maior dimensão celular e maior processo caudal. Alguns indivíduos da população dessa variedade apresentaram menores dimensões, mas sua morfologia, estrutura protoplasmática, largura e dimensão do processo caudal concordam com a var. major. A maioria dos indivíduos observados apresentou dimensões semelhantes às citadas por Pochmann 1942 e Huber- Pestalozzi 1955 (170-188 μm compr., 40-65 μm larg. e processo caudal até 100 μm de compr.).

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, estância Sábrito - E6, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, rio Ibirapuitã Chico - E10, 25-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109257); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (RS).

Phacus manginii Lef. var. inflatus Nyg., K. Danske Vid. Selsk. Biol. Skr. 7(1): 171, fig. 105. 1950.

Figuras 45-49

Célula obovada, 50-51 μm compr., 30-31 μm larg.; Rc/l = 1,7; quilha dorsal mediana pronunciada do polo anterior até o posterior; vista apical triangular; polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal, cônico, ca. 15 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, discoides ou anelares, um maior anterior, e outro menor posterior, perfurados ou não.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS). Segunda citação para o país.

Phacus onyx var. onyx Pochm., Arch. Protistenk. 95:192, fig. 98 a-d. 1942.

Figuras 50-51

Célula ovada, 33-37 μm compr., 25-29 μm larg.; Rc/l = 1,2-1,3; com reentrância na margem lateral; polo anterior ligeiramente atenuado, arredondado; polo posterior com processo caudal cônico, levemente curvo, 2,5-6 μm compr.; película hialina, estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 3, dois anelares centrais, o maior com ca. 12,5 μm diâm. e o terceiro excêntrico.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, passo da Cancela - E5, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109254); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS 109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS 109262); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alvesda- Silva (HAS109274).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS).

Phacus onyx Pochm. var. simetrica Tell & Domitrovic, Nova Hedwigia 41: 360, pl. 7, fig. 9. 1985.

Figura 52

Célula arredondada, ovada, simétrica; 40-53 μm compr., 29 -34 μm larg.; Rc/l = 1,4-1,6; com reentrância ou não na margem lateral da película; processo caudal reto.

Difere da variedade típica pela simetria em relação ao eixo longitudinal da célula e pelo processo caudal reto.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, passo da Cancela - E5, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109254); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 01-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS).

Phacus orbicularis Hübner var. orbicularis, Prog. Realgym. Stralsund., p. 5, fig. 41, 1886.

Figuras 53-56

Célula ovada, 54-83 μm compr., 35-48 μm larg.; Rc/l = 1,5-1,8; polo anterior arredondado; sulco do vértice quase do comprimento celular, vista apical triangular, com ângulos arredondados; polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal, cônico, de 10-20 μm compr.; película com estrias longitudinais e transversais entre as longitudinais; cloroplastos parietais, numerosos, discoides, ca. 2,8 μm diâm.; grãos de paramido 1-2, 1 central discoide ou anelar e outro excêntrico.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109250); Livramento, passo do Cerrito - E2, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109251); Alegrete, estância Sábrito - E6, 22-III-2011, Alves-da-Silva S.M. (HAS109255); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, Alves-da-Silva S.M. (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna – E9, 23-III-2011, Alves-da-Silva S.M. (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, Alves-da-Silva S.M. (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, Alves-da- Silva S.M. (HAS109261); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, Alves-da-Silva S.M. (HAS 109262); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109666); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109269); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Livramento, passo do Ferrão - E3, 30-III-2012, Alves-da Silva S.M. (HAS109276); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS, SC).

Phacus orbicularis Hübner f. communis Pop., Opred. Presnov. Vodor. SSSR 7:229, fig. 99: 2-4. 1955.

Figuras 57

Célula ovada, 40-47 μm compr., 32-35 μm larg.; Rc/l = 1,2-1,4; polo anterior arredondado, vista apical levemente triangular; polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal, cônico, de 5,5-7,5 μm compr.; película com estrias longitudinais e transversais entre as longitudinais; cloroplastos parietais, numerosos, discoides, ca. 2,2 μm diâm.; grãos de paramido 2, o maior central, 21-29 μm diâm., o outro menor 7-11 μm diâm.

Difere da variedade típica pelas menores dimensões e pela presença de um paramido discoide, central, ocupando quase toda largura da célula.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109661); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, (HAS109262); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281); Livramento, passo do Ferrão - E3, 23-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109661).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS). Segundo registro para o Brasil.

Phacus platalea Drez. var. major Poucques. Rev. Gén. Bot. 59:303, fig. 1: 1-4. 1952

Figuras 58-59

Célula amplamente ovada, 100-146 μm compr., 55-83 μm larg., Rc/l = 1,4-1,8; polo anterior arredondado; polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal, cônico, 23-37 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloropastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, discoides ou anelares, um maior anterior, e outro menor posterior.

Difere da variedade típica pela maior dimensão celular e maior processo caudal. Foram registrados alguns indivíduos com menores larguras que as citadas por Huber-Pestalozzi 1955 (70-87 μm) e Tell & Conforti 1976 (83-85 μm).

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição geográfica: Norte (PA), Sul (RS).

Phacus pleuronectes (O. F. Müller) Duj., Hist. Nat. Zooph.: 336, pl. 5, fig. 5, 1841.

Figura 60

Célula ovada; 44-53 μm compr., 32-36,5 μm larg.; Rc/l = 1,3-1,6; polo anterior arredondado; vista apical elíptica a levemente triangular; sulco do vértice 0,3 vez do comprimento da célula; polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal, cônico, curvado, hialino, ca. 6 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 1-2, discoides.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Alegrete, banhado Maronna - E9, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109667); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 29-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109280); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS 109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (DF, GO, MT), Norte (AM, RO), Sudeste (RJ, SP), Sul (PR, RS).

Phacus pseudobicarinatus Alves-da-Silva & C. Bicudo, Revista Brasil. Bot., 32 (2): 253-270, fig. 66-76. 2009.

Figuras 61-64

Figuras 62-75
Espécies de Euglenophyceae na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brasil. 62-64. Phacuspseudobicarinatus Alves-da-Silva & Bic. 64. vista lateral. 65-67. Phacus raciborskii Drez. var. longus Conf. 68-69. Phacus rodriguesiae Conforti. 70-72. Phacus rostafinskii Drez. 73-75. Phacus suecicus Lemm. Escala = 10 mm. Figures 62-75. Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil. 62-64. Phacuspseudobicarinatus Alves-da-Silva & Bic. 64. side view. 65-67. Phacus raciborskii Drez. var. longus Conf. 68-69. Phacus rodriguesiae Conforti. 70-72. Phacus rostafinskii Drez. 73-75. Phacus suecicus Lemm. Scale bars = 10 mm.

Célula ovada, fortemente assimétrica, 28-32 μm compr., 23-25μm larg.; Rc/l = 1,2-1,4; sulco do vértice quase do comprimento da célula; margem direita fortemente convexa; vista apical triangular com ângulos arredondados; polo posterior abruptamente atenuado em processo caudal hialino, cônico, curvado, próximo da margem direita da célula, ca. 2,5μm compr., película hialina, estrias longitudinais e transversais; cloroplastos numerosos, discoides, ca. 2,8 μm diâm.; grãos de paramido 2, concêntricos ou não, normalmente centrais, ca. 6,5μm e ca. 8,5 μm diâm., respectivamente, outros menores, esféricos, dispersos; em vista lateral grãos de paramido em forma de bobina.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS). Terceiro registro para o Estado e Brasil.

Phacus raciborskii Drez. var. longus Conf., Cryptogamie, Algol., 10 (1): 73, fig. 3 a-e. 1989.

Figuras 65-67

Célula retangular ou oblonga, dobradas em forma de sela, 43-50 μm compr., 8-13 μm larg.; Rc/l = 4-5,6; polo anterior atenuado; vista apical triangular, com ângulos arredondados; polo posterior termina em processo caudal, cônico, hialino, levemente oblíquo; 5-10 μm., película com estrias longitudinais seguindo a torção da célula; cloroplastos numerosos, discoides; ca. 2 μm diâm.; grãos de paramido 2, bastoniformes, tamanhos desiguais, discoides ca. 10 μm diâm. ou bastoniformes ca. 9 μm compr., ca. 6 μm larg., perpendiculares ao eixo longitudinal da célula.

Comentário: Esta variedade diferencia-se da espécie típica por ser longitudinalmente maior, pois P. raciborskii possui dimensão ca. 35 μm compr., 10-12 μm larg. (Pochmann 1942Pochmann, A. 1942. Synopsis des Gattung Phacus. Archiv für Protistenkunde 5: 121-252. e Huber-Pestalozzi 1955Huber-Pestalozzi, G. 1955. Euglenophyceen. In: G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das phytoplankton des Susswässers: Systematik und Biologie. Teil 4, E. Schweizerbart’sche Verlangsbuchhandlug, Stuttgart.).

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (RS).

Phacus rodriguesiae Conf., Rev. Hydrobiol. Trop., 27: 15, pl. IV: figs. 5a-c. 1994.

Figuras 68-69

Célula ovada, trapezoidal, assimétrica, 31-40 μm compr., 21-25 μm larg.; Rc/l = 1,4-2,0; polo anterior levemente acuminado; polo posterior abruptamente acuminado em processo caudal, cônico arredondado ou acuminado, levemente inclinado, 6-10-12,5 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides, 1,8-2 μm diam.; grãos de paramido 2, anelares, ca. 16 μm diâm., vista lateral em forma de bobina; outros paramidos excêntricos.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (RS).

Phacus rostafinskii Drez., Kosmos 50: 234, 267, fig. 118. 1925.

Figuras 70-72

Célula falciforme, 82,2-101 μm compr., 21,4-22 μm larg., Rc/l = 3,7-4,7; dobrada sob o eixo longitudinal, com lado ventral côncavo, dorsal convexo; polo anterior levemente acuminado; polo posterior atenuado em processo caudal hialino, cônico, longo em vista lateral, ca. 38 μm compr.; película com estrias longitudinais de difícil visualização; cloroplastos numerosos, discoides; grãos de paramido 2, um bastoniforme e o outro maior hemisférico, perpendiculares ao eixo longitudinal da célula.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Sul (RS). Segundo registro para o Estado e país.

Phacus suecicus Lemm., Süsswar.-Flora Detl. Ost. Schweiz, 2(2):139, fig. 49, 1913.

Figuras 73-75

Foram encontrados indivíduos sem verrugas esféricas (contas) em dois locais (E5 e E8) que poderiam ser identificados como P. glaber Pochm. mas não apresentam verrugas em forma de contas. Não sendo encontrados indivíduos intermediários, ou seja, indivíduos com poucas contas numa mesma população, mas como apresentaram superposição de medidas e morfologia semelhante a P. suecicus, optou-se por considerá-los dentro dessa espécie.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109262); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 01-XII-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, passo da Cancela - E5, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109278); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da- Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Centro-Oeste (GO, MT), Norte (AC, AM) Sudeste (RJ), Sul (PR, RS, SP).

Phacus tortus (Lemm.) Skv., Ber. dt. Bot. Ges., 46(2):110, pl.2, fig. 9-10. 1928

Figuras 76-78

Figuras 76-84.
Espécies de Euglenophyceae na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul, Brasil. 76-78. Phacus tortus (Lemm.) Skv. 79‑81. Phacus triqueter (Ehr.) Perty, 81. vista apical. 82-83. Phacus undulatus (Skv.) Pochm. 84. Phacus viguieri Allorge & Lef. Escala = 10 mm. Figures 76-84. Euglenophyceae in the Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã, Rio Grande do Sul State, Brazil. 76-78. Phacus tortus (Lemm.) Skv. 79-81. Phacus triqueter (Ehr.) Perty, 81. apical view. 82-83. Phacus undulatus (Skv.) Pochm. 84. Phacus viguieri Allorge & Lef. Scale bars = 10 mm.

Célula ovada, torcida 1-1,5 volta completa na região mediana, 80-108 μm compr., 25-46 μm larg.; Rc/l = 2,4-3,2; polo anterior levemente atenuado; polo posterior terminando em processo caudal, cônico, hialino, 32-42 μm compr.; película com estrias longitudinais e transversais, acompanhando a torção da célula; cloroplastos numerosos, discoides, ca. 3 μm diam.; grãos de paramido 2, anelares, centrais ca. 20 e ca, 10 μm diâm.

No presente estudo foram observados indivíduos que poderiam ser identificados como P. sesquitortus. Mas como os espécimes semelhantes a P. sesquitortus apresentaram estrias transversais entre as longitudinais, sendo difícil distingui-los optou-se por considerar estes indivíduos como sinônimo taxonômico de P. tortus. É citado por muitos autores como P. longicauda var. tortus.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Livramento, rio Ibirapuitã Chico - E10, 25-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109257); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109261); Livramento, nascente 1 - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109262); Livramento, passo do Ferrão - E3, 2-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109265); Alegrete, estância 28 - E4, 29-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109266); Alegrete, banhado Maronna – E9, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109667); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 29-XI-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109269); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM, RO), Centro-Oeste (DF, GO, MT), Nordeste (PE), Sudeste (MG, RJ, SP), Sul (PR, RS, SC).

Phacus triqueter (Ehr.) Perty, Kenntn. Kleinst. Lebensf. 164. 1852.

Figuras 79-80

Célula arredondada a levemente ovada, 90-93 μm compr., 40-71 μm larg.; Rc/l = 1,3-2,2; polo anterior arredondado, lado dorsal convexo com quilha aguda, sulco do vértice do comprimento do corpo; vista apical triangular; polo posterior terminando abruptamente em processo caudal, cônico, curvo, hialino, 14-15 μm compr., película com estrias longitudinais e transversais entre as longitudinais; cloroplastos, numerosos, discoides, ca. 3 μm diam.; grãos de paramido 3, o maior central posterior ca. 36 μm diâm. e dois anelares anteriores.

Esta espécie é semelhante a P. orbicularis distinguindo-se por apresentar vista apical triangular com ângulos mais agudos, enquanto em P. orbicularis a vista apical é levemente triangular com os ângulos arredondados. Outras características distintivas são o processo caudal menor e mais curvado e a forma mais arredondada em P. triqueter.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, banhado Maronna - E9, 23-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109258); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alves-da- Silva (HAS109261); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 21-V-2013, S.M. Alves-da-Silva (HAS109666); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 1-XII-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109271); Livramento, nascente - E1, 28-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109274); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM, TO), Centro-Oeste (GO), Sudeste (RJ, SP). Primeira citação para o Estado do Rio Grande do Sul.

Phacus undulatus (Skv.) Pochm., Arch. Protistenk., 95(2): 191, fig. 95-96. 1942.

Figuras 82-83

Células ovadas, com reentrâncias marginais na película; 77-78 μm compr., 44-44,5 μm larg.; Rc/l = 1,7-1,8; polo anterior arredondado, polo posterior atenuado abruptamente em processo caudal agudo, fortemente inclinado, 18-20 μm compr.; película com estrias longitudinais; cloroplastos numerosos, discoides, ca. 5 μm diâm.; grãos de paramido 2 anelares centrais, 25-38 μm de diâm. e 11-12 μm de diâm., outro menor posterior, 16-22 μm de diâmetro.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 26-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109250); Livramento, arroio Sarandizinho - E7, 24-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109256); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 22-III-2011, S.M. Alves-da-Silva (HAS109260); Alegrete, lagoa marginal Sábrito - E8, 27-III-2012, S.M. Alves-da-Silva (HAS109281).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (PR, RS).

Phacus viguieri All. & Lef., Bull. Soc. Bot. France 72: 129, figs. 52-54. 1931.

Figura 84

Célula amplamente ovada a subesférica, 20-21 μm compr., 18 μm larg.; Rc/l = 1,1; polo anterior levemente atenuado, sulco do vértice muito curto; polo posterior atenuado em processo caudal curto, terminando na margem direita aquadradado, ca. 1,3 μm compr.; cloroplastos numerosos, discoides; ca. 1,7 μm diâm.; grãos de paramido 2, centrais, anelares, ca. 7 e ca. 5 μm de diâm; e outro menor, bastoniforme, ca. 6 μm compr., ca. 3 μm de larg.

Os indivíduos apresentaram menores dimensões e dois paramidos anelares e outro bastoniforme posterior, semelhantes aos registrados por Conforti (1994)Conforti, V. 1994. Study of the Euglenophyta from Camaleão lake (Manaus-Brazil). III. Euglena Ehr., Lepocinclis Perty, Phacus Duj. Revue d'Hydrobiologie Tropicale 27: 3-21..

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Sul: Livramento, nascente - E1, 30-XI-2011, S.M. Alvesda- Silva (HAS109261).

Distribuição Geográfica no Brasil: Norte (AM), Sul (PR, RS).

Vários autores como Pringsheim (1953)Pringsheim, E.G. 1953. Observations on some species of Trachemononas grown in culture. New Phytologist 53: 93-113., Leedale (1975)Leedale, G. 1975. Envelope formation and structure in the euglenoid genus Trachelomonas. British Phycological Journal 10: 17-41., West & Walne, (1980)West, L.K. & Walne, P.L. 1980. Trachelomonas hispida var. coronata (Euglenophyceae). II. Envelope substructure. Journal of Phycology 16: 488-506., Dunlap et al. (1986)Dunlap, J.R., Walne, P.L. & Kivic, P.A. 1986. Cytological and taxonomic studies of the Euglenales. II. Comparative microarchitecture and cytochemistry of envelopes of Strombomonas and Trachelomonas. British Phycological Journal 21: 399-405., Menezes (1991)Menezes, M. 1991. O gênero Phacus (Euglenaceae) no município do Rio de Janeiro e arredores, Brasil. Hoehnea 18:171-189., Conforti (1998)Conforti, V. 1998. Estudio taxonómico y ultraestructural de Euglenophyta no loricadas del Nordeste Argentino. Iheringia, Sér. Bot., 50: 49-66., Alves-da-Silva & Bridi (2004)Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96. questionaram a adoção do padrão da decoração da película e de loricas de Euglenophyta como características diacríticas primárias nesse grupo, porque elas podem sofrer alterações conforme as condições ambientais do meio em que vivem.

No presente estudo foram encontrados na mesma população indivíduos estriados e sem verrugas esféricas (contas) que poderiam ser identificados como Phacus glaber e estriados e com verrugas como Phacus suecicus. Não foram observados indivíduos intermediários, ou seja, com poucas verrugas, o que poderia levar a supor que esses indivíduos seriam formas imaturas ou jovens de Phacus suecicus. Mas como houve superposição de medidas e morfologia semelhante a este último táxon, os indivíduos sem verrugas foram considerados como P. suecicus. Tais resultados sugerem a necessidade de maiores estudos envolvendo estes dois táxons.

Apesar de Huber-Pestalozzi (1955) ter proposto que P. helicoides e P. sesquitortus fossem considerados como uma variedade de P. tortus, foi observado que P. helicoides não apresenta estrias transversais entre as longitudinais como em P. tortus, razão para considerar-se P. helicoides como uma espécie independente. Enquanto indivíduos semelhantes a P. sesquitortus que apresentaram estrias transversais foram considerados dentro de P. tortus.

Starmach (1983)Starmach, K. 1983. Euglenophyta. In: Starmach, K. (ed.). Flora Slodkowodna Polski. Polska Academia Nauk., Warszawa v. 3. considerou P. tortus uma variedade de P. longicauda incluindo todos os demais táxons com torção da película como sinônimos de P. longicauda var. torta Lemmermann. Nesse estudo P. tortus foi considerado um gênero independente de P. longicauda por apresentar estrias transversais entre as longitudinais.

Existe necessidade de maiores estudos envolvendo culturas e biologia molecular das espécies que apresentam torção na célula como P. longicauda, P. tortus, P. helicoides, P. sesquitortus, para uma melhor definição dessas espécies e também infraespécies de P. longicauda.

Destaca-se que durante o estudo foram registrados períodos excepcionais de estiagem, baixa vazão e profundidade da água, e transparência quase total nos 10 locais amostrados.

A riqueza variou de um a 27 táxons por amostra (tabela 2). Apesar do alto número registrado em três locais: nascente (E1-22 táxons), arroio Sarandizinho (E7- 27 táxons) e lagoa marginal Sábrito (E8-22 táxons) onde se distinguiram o gênero Phacus, a maioria dos táxons apresentou baixa riqueza, frequência e número de indivíduos por lâmina (< 5). Esses três locais apresentaram amplitude média de profundidade entre 0,36-0,50 m, de temperatura da água entre 19,8-24,3 ºC e de pH variando de levemente ácido (6,9) a levemente básico (7,1).

No Estado do Rio Grande do Sul esses três gêneros têm sido registrados em temperaturas maiores que 17 ºC (Alves-da-Silva & Torres 1994Alves-da-Silva, S.M. & Laitano, C. de S. 1994. Euglenaceae pigmentadas do Banhado do Jacaré, em um Parque de Proteção Ambiental, Triunfo, RGS, Brasil. Iheringia 45: 89-116., Alves-da- Silva & Bridi 2004Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96., Alves-da-Silva & Fortuna 2008Alves-da-Silva, S.M. & Fortuna, J.R. 2008. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em sistemas lênticos da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 684-700., Alves-da-Silva & Bicudo 2009Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270.); e em águas levemente ácidas (6,0-6,9) a levemente alcalinas (< 7,5) (Alves-da- Silva & Torres 1994Alves-da-Silva, S.M. & Laitano, C. de S. 1994. Euglenaceae pigmentadas do Banhado do Jacaré, em um Parque de Proteção Ambiental, Triunfo, RGS, Brasil. Iheringia 45: 89-116.; Alves-da-Silva & Bridi 2004Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96., Alves-da-Silva & Bicudo 2009Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270. e Alves-da-Silva et al. 2011Alves-da-Silva, S.M., Pereira, V.C., Moreira, C.S. & Friedrich, F. 2011. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em lago urbano subtropical, no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 25: 713-726.).

No presente estudo as estações do ano com maiores riquezas foram março/2011/2012 (outono) e novembro/dezembro/2011 (primavera), quando foram verificadas temperaturas tão altas como as registradas no verão. Enquanto em maio/2013 (outono) as temperaturas foram menores (de 14,3 a 16,4 ºC), havendo o registro somente do gênero Phacus em quatro locais (E1, E 3, E8 e E9) e baixas riquezas (1-5 táxons por amostra). Estes resultados estão de acordo com prévios estudos, já citados, sobre a ocorrência desses gêneros em relação à temperatura e pH da água.

Quanto à distribuição, Phacus foi registrado nas 10 unidades amostrais. Esse gênero apresenta o segundo maior número de espécies de Euglenophyta, existindo por esta razão maior probabilidade de seu registro, como ocorreu presentemente. Enquanto o gênero Cryptoglena ocorreu em somente dois locais (E7 e E8) e Monomorphina somente em três (E1, E7 e E9).

Embora tenha sido verificada alta riqueza na nascente, arroio Sarandizinho e lagoa marginal Sábrito, a maioria dos táxons foi pouco frequente (61%). Destacando-se como frequentes (15%): Phacus curvicauda Swir., P. hamatus Pochm., P. longicauda (Ehr.) Duj. var. longicauda, P. orbicularis Hübner var. orbicularis e P. tortus (Lemm.) Skv. Esses cinco táxons apresentam ampla distribuição geográfica no Brasil e em nível mundial, sendo todos cosmopolitas. No Estado do Rio Grande do Sul tem se distinguindo por sua ocorrência em diferentes hábitats como: rios, lagos rasos, açudes, banhados e reservatórios rasos (Alves-da-Silva & Torres 1994Alves-da-Silva, S.M. & Laitano, C. de S. 1994. Euglenaceae pigmentadas do Banhado do Jacaré, em um Parque de Proteção Ambiental, Triunfo, RGS, Brasil. Iheringia 45: 89-116., Alves-da- Silva & Bridi 2004Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia 59: 75-96.; Alves-da-Silva & Fortuna 2008Alves-da-Silva, S.M. & Fortuna, J.R. 2008. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em sistemas lênticos da Planície Costeira do Rio Grande do Sul, sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica 22: 684-700., Franceschini 2008, Alves-da-Silva & Bicudo 2009Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270.; Alves-da-Silva et al. 2009Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270., 2011Alves-da-Silva, S.M., Pereira, V.C., Moreira, C.S. & Friedrich, F. 2011. O gênero Phacus (Euglenophyceae) em lago urbano subtropical, no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 25: 713-726.). As espécies que apresentaram distribuição esporádica (24%), ocorrendo somente em uma a duas amostras foram: Cryptoglena skujae, Monomorphina nordstedtii, Phacus formosus, P. granum, P. manginii var. inflatus, P. raciborskii var. longus, P. rostafinskii e P. viguieri (24%). Esses táxons apresentam, também, baixa distribuição em nível nacional. Com exceção de Cryptoglena skujae, os demais táxons Monomorphina nordstedtii, Phacus formosus, P. manginii var. inflatus e P. rostafinski estão restritos a apenas um Estado, P. granum e P. raciborskii var. longus a dois Estados, enquanto P. viguieri a três Estados brasileiros.

Apesar dos três gêneros abordados neste estudo não possuírem estrutura de fixação, eles podem ser encontrados na comunidade perifítica em busca de nutrientes e abrigo aos predadores. Segundo Taniguchi et al. 2005Taniguchi, G.M., Bicudo, D.C. & Senna, P.A.C. 2005. Gradiente litorâneo-limnético do fitoplâncton e ficoperifíton em uma lagoa da planície de inundação do Rio Mogi-Guaçu. Revista Brasileira de Botanica 28:137-147., especialmente em sistemas rasos, os estudos sobre interação perifíton/plâncton merecem maior atenção, uma vez que podem trazer importantes elucidações sobre os padrões de flutuação da estrutura e do funcionamento das comunidades de algas e, consequentemente, sobre o metabolismo e fluxos de energia nesses ecossistemas aquáticos. O grande número dos táxons foi resultado da identificação não somente da comunidade fitoplanctônica como também perifítica; porque algumas coletas foram realizadas em locais com macroalgas submersas e ou macrófitas aquáticas. Esses vegetais podem formar um microhabitat rico em nutrientes como amônia, fósforo e matéria orgânica, que favorece a presença das Euglenophyta também no perifíton (Rodrigues & Bicudo 2001Rodrigues L. & Bicudo D. C. 2001. Similarity among periphyton algal communities in a lentic-lotic gradient of the upper Paraná river floodplain, Brazil. Revista Brasileira de Botanica 24: 235-248., Salazar 2004Salazar, C. 2004. Euglenophyta pigmentadas asociadas a Hymenachne amplexicaulis en una sabana tropical inundable. Acta Botánica Venezuelica 27: 1001-125., Felizberto & Rodrigues 2010Felisberto, S.A. & Rodrigues, L. 2010. Periphytic algal community in artificial and natural substratum in a tributary of the Rosana reservoir (Corvo Stream, Paraná State, Brazil). Acta Scientiarum. Biological Sciences 32: 373-385.).

Este estudo é o primeiro inventário de Euglenophyceae na Área de Proteção Ambiental do Ibirapuitã, e contribui para a ampliação do conhecimento da distribuição geográfica dos gêneros Cryptoglena, Monomorphina e Phacus no Bioma Pampa e Brasil.

Ressalta-se, que novas investigações abrangendo essa classe são necessárias no sudoeste do Estado, porque ainda existe uma grande lacuna no conhecimento dessas microalgas na região.

Agradecimentos

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) à co-autora Isabele Corino Klein (Proc. 145309/2013-4). À Chefe da APA do Ibirapuitã/ICMBio- RS- Eridiane Lopes da Silva e ao Raul Paixão Coelho, pelo apoio e disponibilidade durante as campanhas realizadas. Aos colegas da Seção de Botânica de Criptógamas e da Seção de Invertebrados aquáticos do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, pelo auxílio e companheirismo nas expedições de coleta. A Tomaz Aguzzoli e Mariano C. Pairet Junior, pela condução segura e apoio em campo. A Ricardo Aranha e Mauricio de Freitas Scherer da Seção de Geoprocessamento, pelo georeferenciamento dos locais e mapa da área.

Literatura citada

  • Alves-da-Silva, S.M. & Bicudo, C.E.M. 2009. Cryptoglena, Monomorphina and Phacus (Euglenophyceae) of a reservoir in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Revista Brasileira de Botanica 32: 253-270.
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2015

Histórico

  • Recebido
    23 Jan 2015
  • Aceito
    16 Abr 2015
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