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Apresentação

APRESENTAÇÃO

Uma publicação é sempre uma certa proposta de intervenção no "espaço público": gera e regenera esse "espaço", garantindo a sua permanente e constitutiva mobilidade.

Nesta perspectiva, a revista Interface — Comunicação, Saúde, Educação, já em seu segundo número, busca consolidar, com seu projeto editorial, uma dupla possibilidade de intervenção: de um lado, explicitar e assumir um alinhamento polarizado, tão inevitável quanto desejável, por referência ao campo de debates em que se insere; de outro, abrir espaço para constituir-se no próprio cenário de polêmicas, de debates sobre os "discursos consolidados" que animam esses campos — o cenário do seu questionamento, da sua dinâmica — afirmando-se como um laboratório de idéias.

Uma revista é, por sua natureza, uma "textualidade heterogênea", cuja vocação deve ser contribuir para um estado de permeabilidade dos discursos, permitindo diferentes cruzamentos e operando nos interstícios, nas interfaces. Constituída, assim, de uma "multiplicidade de fragmentos", uma revista não é apenas a soma desses fragmentos. Não é só um veículo, mas um autêntico "condensador da sensibilidade de seu tempo", contaminando cada artigo com a sua sensibilidade. Uma revista carrega a marca do seu tempo e atua no presente, participando de modo imediato nos processos de socialização e transformação cultural...

Tendo estas preocupações, desde o início, e procurando potencializar uma maior publicidade do debate por meio das novas tecnologias eletrônicas de comunicacão, Interface articula o meio impresso com um site na Internet integrando o leitor ao cenário promovido pelos autores e editores da revista. O publicado no papel ganha, assim, uma nova rapidez na socialização das informações, intensificando o processo de trocas e estendendo o campo de conhecimentos partilhados.

Na sua versão impressa, trabalhando a cada número com diferentes combinações de várias linguagens, Interface pretende manter, como cerne de seu projeto editorial, uma "política estética", traçada entre os discursos que torna público e o projeto gráfico-textual que se propõe articulado a esses discursos, num processo de influência recíproca entre os dois planos.

... "creio ser indispensável a toda forma de conhecimento atingir esse golfo de multiplicidade potencial. A mente do poeta, bem como o espírito do cientista em certos momentos decisivos, funcionam segundo um processo de associações de imagens que é o sistema mais rápido de coordenar e escolher entre as formas infinitas do possível e do impossível."

Calvino

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Jul 2009
  • Data do Fascículo
    Fev 1998
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