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UMA SEGUNDA ESTRANGEIRA: MEMÓRIAS DE LADY CALLCOTT (MARIA GRAHAM) SOBRE DOM PEDRO I

A SECOND FOREIGNER: MEMORIES OF LADY CALLCOTT (MARIA GRAHAM) ABOUT DOM PEDRO I

Resumo

Este artigo1 1 Esta pesquisa foi realizada com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo entre dezembro de 2019 e novembro de 2020, durante estágio de pós-doutorado na Universidade de São Paulo. tenciona analisar o manuscrito não finalizado de Lady Maria Callcott, intitulado Escorço biográfico de Dom Pedro I e a exposição da violência sofrida por Maria Leopoldina no palácio. Comparando o manuscrito com o Journal of a Voyage to Brazil, publicado pela mesma autora em 1824, argumenta-se que o diário de 1824 representa Dom Pedro como um político e estadista, enquanto seu esboço biográfico, publicado postumamente, revela a crueldade, possessividade e perversidade de Dom Pedro a partir da descrição minuciosa de seu casamento com dona Leopoldina, que se tornou amiga de Callcott. Disputando o argumento da biógrafa de Callcott, Regina Akel, de que o retrato construído pela viajante seria uma forma de autopromoção e, comparando o relato de 1834-1835 com as respectivas biografias sobre Dom Pedro I e Maria Leopoldina, conclui-se que o manuscrito sobre o imperador é um documento histórico que denuncia os maus tratos vivenciados pela austríaca.

Palavras-chave
Maria Graham; Lady Callcott; Imperatriz Leopoldina; Don Pedro I; literatura de viagem

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