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Variações sazonais do metabolismo intermediário do lagostim Parastacus brasiliensis (Crustacea, Decapoda, Parastacidae) no seu ambiente natural e em cultura experimental

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito das variações sazonais no metabolismo energético em diferentes tecidos do lagostim de água-doce Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869). Os lagostins foram coletados mensalmente de Janeiro de 2001 a Janeiro de 2003 em São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil, no riacho e no tanque de cultivo. Amostras de hemolinfa foram coletadas de cada lagostim em campo com seringa, por punção na membrana da base dos quelípodos. Hepatopâncreas, brânquias e músculo abdominal foram removidos para a determinação dos níveis de glicose livre, de glicogênio, de lipídios totais e de triglicerídeos. As amostras de hemolinfa foram utilizadas para a determinação dos níveis de glicose, de proteínas totais, de lipídios totais e de triglicerídeos. As análises estatísticas revelaram uma variação significativa na composição bioquímica dos lagostins coletados no riacho quando comparados com os do cultivo experimental durante o ano, principalmente da glicose e dos triglicerídeos na hemolinfa, glicogênio e lipídios totais em todos os tecidos estudados, e dos triglicerídeos somente no músculo abdominal. O aporte regular de alimento modificou parcialmente estas variações sazonais do padrão metabólico. As condições ambientais (ex.; disponibilidade de alimento e a temperatura da água) e o período reprodutivo parecem ser os principais fatores a influenciar os padrões sazonais da variação do metabolismo energético.

Lagostim; lipídios; triglicerídeos; glicose; proteínas


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