OBJETIVO: Apesar dos sistemas adesivos autocondicionantes (SAA) serem indicados para aplicação no esmalte dental, preocupação tem sido relatada com relação a sua efetividade. O objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de condicionamento ácido (PCA) promovido por nove SAA e comparar ao PCA produzido pelo ácido fosfórico (35% e 34% - AF) no esmalte intacto (EI) ou abrasionado (EA). MATERIAIS E MÉTODOS: Vinte e dois terceiros molares humanos foram seccionados nos sentidos mésio-distal e vestíbulo-lingual, e quatro fragmentos dentais foram obtidos a partir de cada dente. Metade dos fragmentos tiveram o esmalte abrasionado com lixas de SiC (600) e a outra metade permaneceu intacta. Os fragmentos foram divididos em 22 grupos, de acordo com a textura da superfície do esmalte (EI e EA) e a técnica de condicionar o esmalte (AF 34 %, AF 35%, AdheSE primer; Brush & Bond; Clearfil Protect Bond primer; iBond; One-up Bond F; OptiBond Solo Plus primer; Tyrian SPE primer; Unifil Bond primer e Xeno III). Os agentes condicionadores foram aplicados nos EI e EA, de acordo com as instruções dos fabricantes. Espécimes tratados com AF foram lavados com água, enquanto os dentes tratados com SAA foram tratados com banhos alternados de álcool e acetona. Os espécimes foram secos, metalizados e observados em microscopia eletrônica de varredura. RESULTADOS: Em ambas as superfícies (EI e EA), o PCA dos AF (34 e 35%) foi mais profundo e homogêneo, quando comparados ao PCA produzido pelos SAA, exceto para o adesivo Tyrian SPE. A ação dos monômeros ácidos dos SAA foi mais efetiva no EA. CONCLUSÃO: A maioria dos SAA é menos agressiva que o ácido fosfórico e seus efeitos condicionadores são reduzidos em superfícies de EI.
Ataque ácido dentário; Esmalte dentário; Microscopia eletrônica
