Este estudo in vivo avaliou a capacidade de selamento de um cimento endodôntico resinoso (AH Plus) e um a base de óxido de zinco eugenol (Endofill), em dentes de cães, expostos ao meio bucal, por 45 e 90 dias. Foi realizado o tratamento endodôntico de 48 incisivos inferiores de 8 cães. Uma randomização estratificada determinou o tipo de cimento a ser usado em cada canal que foram tratados pela técnica de condensação lateral. Após a obturação, o excesso de material obturador, na porção cervical do canal radicular foi seccionado, restando o comprimento de 10 mm no interior do canal radicular. Os dentes foram selados, provisoriamente, com cimento de ionômero de vidro por 24 h. A seguir, o selamento coronário foi removido e os canais ficaram expostos ao meio bucal. Desta forma, delineou-se os seguintes grupos experimentais: A45- AH Plus por 45 dias; A90- AH Plus por 90 dias; E45- Endofill por 45 dias; e E90- Endofill por 90 dias (n=12). Passado o período experimental, os cães foram mortos e as mandíbulas removidas. Realizou-se a exodontia dos incisivos e as suas raízes foram impermeabilizadas com duas camadas de esmalte para unhas. Os dentes foram imersos em tinta nanquim por 96 h. Após realizou-se a diafanização dos espécimes e a infiltração de corante foi medida (em mm) com auxílio de uma lupa esteroscópica, em aumento de 10x. Os resultados foram analisados estatisticamente através da Análise de Variância de dois fatores e Teste de Comparações Múltiplas de Tukey (á = 0.05). O grupo E90 (2.03±0.94) apresentou uma infiltração média significativamente maior do que a ocorrida nos demais grupos (p<0.001). Os cimentos avaliados, nos dois períodos experimentais, não foram capazes de impedir a infiltração de corante.
Obturação endodôntica; Infiltração; Cimento endodôntico
