Galactomananas podem ser empregadas como aditivos na indústria alimentícea para modificar a viscosidade do produto final. Como não são absorvidas pelo organismo humano, sua adição a alimentos dietéticos é muito promissora. Os equilíbrios entre Fe(III) e galactomananas e arabinogalactana de várias leguminosas foram caracterizadas por titulações potenciométricas e espectroscopia de EPR. Os logaritmos das constantes de equilíbrio para a formação dos complexos ML (M = Fe(III) e L = unidade monomérica dos biopolímeros) foram iguais a 15,4, 14,1 e 18,5 para as galactomananas de C. fastuosa, L. leucocephala e S. macranthera, respectivamente. Os valores de log K para a formação das espécies protonadas (MHL) foram 3,1, 3,3 para as galactomananas de C. fastuosa, L. leucocephala e não foi detectado no caso da galactomanana de S. macranthera. Os valores de log de K para a formação de ML2 foram 14,1, 13,3 e 15,2, respectivamente. Não foi possível obter dados relativos ao equilíbrio entre arabinogalactana e Fe(III) devido à formação de produtos insolúveis logo no início das titulações. Os ensaios no estado sólido mostraram não somente uma grande interação dipolar entre dois íons Fe(III) na estrutura polimérica complexada, tanto maior quanto menos substituída é a galactomanana, mas também a estabilidade térmica resultante desta complexação. Os produtos complexados podem conferir uma abrangência maior na utilização em produtos dietéticos, pois a presença de um metal essencial no complexo, quando de sua descomplexação nos vários processos fisiológicos dos organismos, faculta a absorção desse íon metálico.