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The chemistry of antipredator defense by secondary compounds in neotropical lepidoptera: facts, perspectives and caveats

Defesas químicas em lepidópteros contra predadores têm sido observadas desde o século XIX. O caso clássico de proteção química contra predadores é o da borboleta monarca, Danaus plexippus, cuja larva seqüestra cardenolidas de sua planta hospedeira Asclepias curassavica e transfere-as para os adultos tornando-os impalatáveis para pássaros. Entretanto diversas outras substâncias podem estar envolvidas na proteção química de lepidópteros neotropicais (glicosídeos iridóides, glicosídeos cianogênicos, glicosinolatos, alcalóides pirrolizidínicos e tropânicos, ácidos aristolóquicos, inibidores de glicosidase, pirazinas). Esses compostos podem ser seqüestrados da planta hospedeira larval, obtidos de fontes vegetais visitadas por adultos ou biossintetizados de novo. Os lepidópteros conhecidos como impalatáveis para predadores vertebrados e/ou invertebrados são as borboletas Troidini (Papilionidae), Pierinae (Pieridae), Eurytelinae, Melitaeinae, Danainae, Ithomiinae, Heliconiinae e Acraeinae (Nymphalidae) e mariposas Arctiidae. Entretanto informações sobre as substâncias que são responsáveis pela impalatabilidade e como elas são adquiridas nem sempre são obtidas. Esse artigo de revisão aborda principalmente observações de campo e laboratório sobre a rejeição de borboletas e mariposas neotropicais por predadores, correlações entre impalatabilidade e substâncias químicas encontradas nos insetos e bioensaios que demonstrem a atividade dessas substâncias contra predadores. Perspectivas são sugeridas para esses tópicos.


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