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Mastócitos em biópsias renais de pacientes pediátricos com nefrite lúpica

RESUMO

Introdução:

Mastócitos podem participar da inflamação e contribuir para fibrose na nefrite lúpica (NL). Objetivo: Correlacionar mastócitos em biópsias renais (BR) de pacientes pediátricos com NL com índices de atividade (IA) e cronicidade (IC), avaliando sua efetividade como fator prognóstico.

Metodologia:

Foram estudados 40 pacientes, entre 6 e 18 anos, diagnosticados com NL pelo Serviço de Nefropatologia da UFTM entre 1996 e 2015. Dados laboratoriais e epidemiológicos foram correlacionados com IA, IC e contagem de mastócitos (CM).

Resultados:

Encontramos correlação positiva e significativa entre contagem de mastócitos (CM) e IA (p = 0,003; r: 0,66) e entre CM e IC (p = 0,048; r: 0,48). Conforme a curva Roc, os mastócitos têm alta sensibilidade e especificidade na diferenciação de pacientes com IA menor ou maior do que 12. A creatinina sérica foi mais elevada na classe IV em relação à classe V [1,50 (0,40 - 20,90) versus 0,70 (0,62 - 0,90), p = 0,04]. Ureia sérica apresentou correlação positiva e significativa com CM (p = 0,002; r: 0,75). Observou-se tendência à correlação negativa entre CM e albumina sérica (p = 0,06; r: -0,5459). BR de pacientes com síndrome nefrótica apresentaram maior CM [2,12 (0,41 - 5,140) versus 0,53 (0,0 - 3,94), p = 0,07].

Conclusão:

Não apenas o infiltrado inflamatório como também a diferenciação morfológica dos tipos celulares que o constituem são importantes para a avaliação da NL. Isso indica que a análise dos mastócitos, juntamente com a dos IA e IC, pode ajudar os nefrologistas a definirem o prognóstico de pacientes pediátricos.

Palavras-chave:
Nefrite Lúpica; Mastócitos; Pediatria

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