Acessibilidade / Reportar erro

Hipertensão arterial no transplante renal: grande importância, mas poucas respostas

Resumo

Hipertensão arterial (HA) no póstransplante renal (TXR) se correlaciona com piores desfechos cardiovasculares e renais, com perda de função renal, diminuição da sobrevida do enxerto e maior mortalidade. Receptores de TXR apresentam valores discrepantes de pressão arterial (PA) quando ela é obtida em consultório ou por metodologias sistematizadas, como a Monitorização Ambulatorial da PA (MAPA), com prevalências significantes de ausência de descenso noturno ou hipertensão noturna, hipertensão do avental branco e hipertensão mascarada. O objetivo do presente estudo foi rever a temática da hipertensão no TXR, abordando sua fisiopatologia multifatorial e demonstrando a importância da MAPA como ferramenta de acompanhamento da PA nesses pacientes. O tratamento é baseado em mudanças no estilo de vida e em fármacos anti-hipertensivos, sendo os bloqueadores de canais de cálcio considerados de primeira linha. A melhor meta pressórica e o tratamento com desfechos mais favoráveis no TXR ainda estão por ser determinados, por meio de estudos bem conduzidos cientificamente, ou seja, em termos de HA no TXR temos atualmente mais questões a responder do que respostas a dar.

Descritores:
Transplante de Rim; Hipertensão; Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial; Objetivos; Terapêutica

Sociedade Brasileira de Nefrologia Rua Machado Bittencourt, 205 - 5ºandar - conj. 53 - Vila Clementino - CEP:04044-000 - São Paulo SP, Telefones: (11) 5579-1242/5579-6937, Fax (11) 5573-6000 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: bjnephrology@gmail.com