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Avaliação da sobrevida de cinco anos em hemodiálise no Brasil: uma coorte de 3.082 pacientes incidentes

O Brasil tem o terceiro maior contingente de pacientes em hemodiálise (HD) no mundo. Todavia, pouco conhece-se sobre a taxa de sobrevida e os preditores do risco de mortalidade nessa população, que são os objetivos deste estudo. Um total de 3.082 pacientes incidentes em HD, de 2000 a 2004, em 25 unidades de diálise distribuídas por 7 dos 26 estados do Brasil, foi acompanhado até 2009. Os pacientes tinham entre 52 ± 16 anos de idade, 57,8% eram homens e 20,4%, diabéticos. O desfecho primário foi de mortalidade por todas as causas. Os dados foram censurados aos cinco anos de seguimento. A taxa global de sobrevida em cinco anos foi de 58,2%. No modelo proporcional de Cox, as variáveis associadas ao risco de óbito foram: a idade (risco relativo - RR = 1,44 por década; p < 0,0001), diabetes (RR = 1,51; p < 0,0001), albumina sérica (RR = 0,76 por g/dL; p = 0,001), creatinina (RR = 0,92 por mg/dL; p < 0,0001) e fósforo (RR = 1,06 por mg/dL; p = 0,04). Os resultados mostram que a taxa de mortalidade em HD nesta coorte brasileira foi relativamente baixa, mas a população é mais jovem e com prevalência de diabetes mais baixa do que aquela descrita nos países desenvolvidos.

Diálise Renal; Análise de Sobrevida; Insuficiência Renal Crônica; Estudos de Coortes; Hemodiálise; Mortalidade


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