INTRODUÇÃO: Uma nova geração de anticorpos monoclonais de coelho tem sido produzida para detecção de receptores de estrógeno (RE) e progesterona (RP) pela imuno-histoquímica em câncer de mama. OBJETIVO: Comparamos os novos anticorpos monoclonais de coelho anti-RE SP1 (LabVision®) e B644 (Cell Marque®) com anticorpos monoclonais de camundongo 1D5 (DAKO®) e 6F11 (Novocastra®) utilizando um tissue microarray de carcinomas mamários. METODOLOGIA: Dois cilindros (2 mm de diâmetro) de tecido fixado em formol e embebido em parafina foram retirados de 24 carcinomas mamários invasivos e corados pela imuno-histoquímica utilizando-se os anticorpos de coelho e de camundongo anti-RE e o sistema de detecção estreptavidina-biotina peroxidase (Biogenex®). A coloração imuno-histoquímica foi avaliada considerando positivos os tumores nos quais mais de 10% dos núcleos das células tumorais estivessem corados. A coloração também foi classificada em fraca (1), moderada (2) e forte (3). RESULTADOS: Ambos os anticorpos monoclonais de coelho contra RE apresentaram intensidade de coloração semelhante àquela pelo anticorpo de camundongo 6F11, porém os anticorpos de coelho apresentaram intensidades de coloração significativamente mais fortes que as do clone de camundongo 1D5. As altas diluições possíveis utilizando anticorpos de coelho permitem melhor custo/benefício quando comparadas com as diluições possíveis utilizando anticorpos de camundongo. CONCLUSÃO: Os novos anticorpos monoclonais de coelho anti-RE são altamente sensíveis e fidedignos para testes imuno-histoquímicos tanto para a clínica quanto para pesquisa de tumores mamários.
Anticorpos monoclonais; Imuno-histoquímica; Câncer de mama
