Introdução:
O carcinoma de células renais (CCR) é uma doença de comportamento agressivo em todo o mundo.
Objetivo:
Estudar os fatores prognósticos tradicionais identificados no exame anatomopatológico e sua correlação com a expressão imunoistoquímica dos novos marcadores survivina e B7-H1.
Materiais e métodos:
Em um hospital de referência de Porto Alegre, foi realizado um estudo transversal de CCR, com pacientes que realizaram nefrectomia total, no período de 2006 a 2009. Foram selecionados aqueles com os tipos histológicos mais comuns: células claras e papilares. Fatores prognósticos tradicionais foram obtidos por meio da revisão de dados patológicos relevantes dos casos, como tamanho, necrose, tipo histológico, grau nuclear e sistema tumor-linfonodo-metástase (TNM). Também se realizou estudo imunoistoquímico (IMQ) da amostra, com o uso dos marcadores survivina e B7-H1.
Resultados:
Obtivemos 98 casos, com 90% deles do tipo células claras, 73% classificados como T1 e T2, a maioria com grau nuclear de Fuhrman 2 e 3 e cerca de 70% da amostra positivos para necrose. Já no estudo IMQ foi encontrada positividade em 38 casos para o B7-H1 e em 50 para survivina. Ao considerarmos a associação entre os fatores prognósticos tradicionais e a expressão dos marcadores, encontramos associação somente entre o grupo positivo para os marcadores e necrose (p < 0,001).
Conclusão:
Tal achado vai ao encontro dos dados da literatura que vêm realçando a importância da necrose no prognóstico dos CCR.
carcinoma renal; marcadores tumorais; B7-H1; survivina; imunoistoquímica; fatores prognósticos