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Mortalidade por sífilis nas regiões brasileiras, 1980-1995

Mortality by syphilis in the Brazilian regions, 1980-1995

Introdução: A sífilis tem diminuído sua prevalência após o advento da antibioticoterapia. No Brasil, é objetivo do Ministério da Saúde a erradicação, daí recomendar-se seu rastreamento mediante testes não-treponêmicos e o tratamento mesmo na impossibilidade de confirmar o diagnóstico. O pré-natal é um momento importante, principalmente para o combate às formas congênitas. Objetivo: Estudar a evolução da mortalidade por sífilis congênita e não-congênita nas regiões brasileiras de 1980 a 1995. Metodologia: O número de óbitos foi conseguido a partir do Datasus. Foram calculados coeficientes de mortalidade por lues para cada macrorregião brasileira. Resultados: Houve uma tendência comum de queda dos coeficientes de mortalidade de 1980 a 1995, embora as regiões Nordeste e Norte tenham apresentado taxas ascendentes no primeiro qüinqüênio. A mortalidade pelas formas não-congênitas, estando em declínio, oscilou entre valores muito baixos. Sífilis congênita apresentou coeficientes mais elevados, entre 1,33 e 8,87/100.000. A região Nordeste apresentou elevação do coeficiente de 120% de 1980 a 1990, com queda discreta (11,5%) até 1995. Discussão: Os esforços no sentido de diminuir a prevalência de sífilis no Brasil parecem ter resultado em avanços, já que os coeficientes de mortalidade tenderam ao decréscimo. Entretanto, as baixas taxas de mortalidade são um indicador não apenas da freqüência de sífilis, mas da sua letalidade, bem menor atualmente. Conclusões: Chama a atenção a persistência de níveis elevados, até ascendentes, de mortalidade por lues congênita, provavelmente pelas deficiências existentes na assistência perinatal, que ocorre de forma desigual no território nacional.

Sífilis congênita; Mortalidade; VDRL


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