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Frequência de critérios morfológicos de adenocarcinoma da próstata em 387 biópsias de agulha da próstata consecutivas: com ênfase na localização e no número de nucléolos

RESUMO

Introdução e objetivos:

Avaliamos a sensibilidade e a especificidade de critérios morfológicos para diagnóstico de adenocarcinoma da próstata em biópsias de agulha da próstata, consecutivas, com ênfase na localização e no número de nucléolos.

Métodos:

A morfologia de 387 biópsias de agulha consecutivas do ano de 2013 foi sistematicamente examinada e estratificada como diagnóstico de benigno, lesão suspeita ou maligno. Também testamos como cada critério previu o diagnóstico final após avaliação imuno-histoquímica para expressão de marcadores de células basais (p63 e citoqueratina de alto peso) e racemase.

Resultados:

Um nucléolo proeminente foi o achado mais comum do carcinoma, mas também foi relativamente comum em casos benignos. As frequências de um nucléolo proeminente central em lesões malignas, suspeitas e benignas foi de 99%, 89% e 27%, respectivamente. Nucléolo marginado (85%, 60% e 7%), nucléolos duplos (86%, 53% e 10%) e nucléolos múltiplos (47%, 14% e 2%) foram menos comuns em casos benignos, com diferenças significativas entre os grupos. Dos 36 casos com diagnóstico inicial de suspeito, a presença de nucléolo marginado e mitoses foi associada ao diagnóstico final de malignidade. Um nucléolo proeminente central foi mais associado a casos cujo diagnóstico final após imuno-histoquímica foi benigno.

Conclusão:

A localização e o número de nucléolos pode ser um marcador morfológico valioso para identificar lesões suspeitas, uma vez que esses achados são mais específicos para malignidade do que a proeminência nucleolar. A presença de nucléolo proeminente comumente leva ao diagnóstico inicial de lesão suspeita que, posteriormente, terá a conclusão de benignidade confirmada pela imuno-histoquímica.

Unitermos:
doenças prostáticas; biópsia com agulha de grande calibre; patologia cirúrgica

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