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Estudo comparativo das alterações no sistema nervoso central de crianças e adultos autopsiados após transplante de medula óssea

INTRODUÇÃO: Foram comparadas as anormalidades encontradas no sistema nervoso central de adultos e crianças submetidos à autópsia após transplante de medula óssea (TMO) no Departamento de Patologia Médica da Universidade Federal do Paraná (UFPR). MÉTODOS: Relatórios das autópsias de 180 pacientes foram revistos. Foram considerados crianças os pacientes abaixo de 15 anos; adultos, aqueles com 15 ou mais. A idade, o sexo, o diagnóstico clínico na época do TMO, o tempo de sobrevivência, as anormalidades neuropatológicas e a causa da morte foram analisados. RESULTADOS: Nas crianças (26,6% do total) e nos adultos (73,4% do total) o principal diagnóstico clínico prévio ao TMO foi, respectivamente, anemia aplásica severa (31,2%) e leucemia mielóide crônica (36,3%). O tempo médio de sobrevivência pós-TMO para crianças foi de 102,6 dias; para os adultos, 185,9. Lesões cerebrais foram consideradas causa de morte em 20,8% dos casos pediátricos e 11,3% do grupo adulto. As anormalidades neuropatológicas foram morfologicamente similares nas crianças e nos adultos e apresentaram, respectivamente, as seguintes prevalências: doenças cerebrovasculares em 58,3% e 56% (p = 0,8655), neurotoxoplasmose em 6,2% e 3% (p = 0,3856) e infecções em 27 e em 25,7% (p = 0,8489). CONCLUSÕES: As crianças tiveram sobrevida menor, maior número de casos de neurotoxoplasmose e duas vezes mais lesões graves do sistema nervoso central que o grupo adulto.

Transplante de medula; óssea; Patologias cerebrais; Autópsia


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