Acessibilidade / Reportar erro

Contribuição da imuno-histoquímica no diagnóstico do câncer de próstata

INTRODUÇÃO: Os esforços de detecção precoce do câncer de próstata, identificados em fases clínicas e patológicas iniciais, levou ao aumento no número de biópsias e, por vezes, indefinição do diagnóstico histológico de adenocarcinoma devido à presença de carcinomas mínimos ou alterações pseudoneoplásicas, como proliferação atípica de pequenos ácinos (PAPA). Nesses casos, o uso da imuno-histoquímica (IMH) para evidenciar a presença de células basais tornou-se uma prática comum em laboratórios de patologia. OBJETIVOS: O presente estudo visa a avaliar a incidência de PAPA e de adenocarcinoma mínimo em dois laboratórios de patologia do interior, bem como avaliar a contribuição da IMH e da rebiópsia no diagnóstico do câncer de próstata. MÉTODOS: Foram revistas 641 biópsias de próstata por agulha realizadas entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010. Dos 73 casos diagnosticados como PAPA (11,38%), 35 foram submetidos ao exame imuno-histoquímico, usando anticorpos anti-34ßE12 e p63, assim como sete casos diagnosticados como adenocarcinoma mínimo (1,1%). Resultados: Os resultados mostraram que a técnica foi conclusiva em 31 casos (88,57%), com diagnóstico final de adenocarcinoma em 19 pacientes (54,28%); 12 (34,28%) com lesões benignas; e apenas quatro (11,42%) inconclusivos (PAPA). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que IMH deve ser rotineiramente usada em biópsias limítrofes e casos de PAPA, pois contribui significativamente para o diagnóstico de câncer de próstata.

Próstata; Immuno-histoquímica; Biópsia por agulha; Adenocarcinoma


Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Rua Dois de Dezembro,78/909 - Catete, CEP: 22220-040v - Rio de Janeiro - RJ, Tel.: +55 21 - 3077-1400 / 3077-1408, Fax.: +55 21 - 2205-3386 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: jbpml@sbpc.org.br