Acessibilidade / Reportar erro

O muco traqueobrônquico humano mantido em temperatura ambiente e suas propriedades físico-químicas

OBJETIVO: Verificar a influência da permanência em temperatura ambiente na análise da transportabilidade por ação ciliar e por tosse e do ângulo de contato do muco traqueobrônquico. MÉTODOS: Foi coletado muco hialino de 30 indivíduos sem doença pulmonar, e purulento de vinte pacientes com bronquiectasia. As amostras foram analisadas logo após a coleta e novamente após 24 h. RESULTADOS: Para o muco purulento, após 24 h em temperatura ambiente, houve aumento no deslocamento por tosse (96 ± 50 vs. 118 ± 61 mm) e diminuição do ângulo de contato (32 ± 6 vs. 27 ± 6 graus) (p < 0,05). Para o muco hialino não houve alterações nas medidas analisadas. CONCLUSÃO: O muco traqueobrônquico hialino pode ser armazenado em temperatura ambiente por 24 h sem que haja alterações em sua transportabilidade por ação ciliar ou em seu ângulo de contato. Por outro lado, o muco purulento não deve permanecer em temperatura ambiente por muitas h para que não se altere seu ângulo de contato e sua transportabilidade por tosse.

Temperatura ambiente; Muco; Tosse; Depuração mucociliar


Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia SCS Quadra 1, Bl. K salas 203/204, 70398-900 - Brasília - DF - Brasil, Fone/Fax: 0800 61 6218 ramal 211, (55 61)3245-1030/6218 ramal 211 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: jbp@sbpt.org.br