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Capítulo 4: histoplasmose

Histoplasmose é uma micose sistêmica causada por um pequeno fungo, Histoplasma capsulatum var. capsulatum, cujo habitat é o solo rico em excrementos de pássaros e morcegos. A incidência da histoplasmose é mundial. No Brasil, a doença incide em todas as regiões; porém, o estado do Rio de Janeiro é responsável pelo maior número de microepidemias descritas até hoje. A infecção humana ocorre pela inalação de esporos do H. capsulatum. A forma clínica mais freqüente é a assintomática. Na histoplasmose aguda ou epidêmica, os sintomas são febre alta, tosse, astenia, dor retroesternal, acompanhados de aumento dos linfonodos cervicais, fígado e do baço. Os achados radiológicos mais frequentes são o infiltrado reticulonodular difuso em ambos os pulmões, associados a linfonodomegalias hílares e mediastinais. Na forma pulmonar crônica, o quadro clínico e radiológico é idêntico ao da tuberculose pulmonar do adulto. O diagnóstico da histoplasmose é feito pela identificação do fungo ou crescimento em cultura de escarro ou de material obtido por fibrobroncoscopia. A histopatologia identifica o fungo dentro e fora do macrófago em meio à lesão granulomatosa com ou sem necrose caseosa. A imunodifusão em duplo gel de ágar é o teste sorológico mais fácil e disponível para o diagnóstico imunológico. As formas agudas com sintomas prolongados, as formas disseminadas e a forma pulmonar crônica requerem tratamento. A droga de escolha é o itraconazol.

Micoses; Histoplasmose; Pneumopatias fúngicas


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