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Vasculites pulmonares: novas visões de uma velha conhecida

Pulmonary forms of vasculitis: new perspectives on an old acquaintance

A vasculite necrosante foi descrita em 1866 e seu espectro é muito amplo, uma vez que acomete vasos arteriais e venosos de todos os calibres e de vários órgãos, apresenta diversos tipos de infiltrados inflamatórios, tem um significante número de manifestações clínicas e pode ter ou não fatores desencadeantes identificáveis. A sempre controversa classificação das vasculites mudou radicalmente com a descoberta dos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos em 1982, contemplando atualmente a doença de Goodpasture, as vasculites associadas aos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos, as vasculites por imunocomplexos e outros tipos de vasculites. As evidências de que os anticorpos anticitoplasma de neutrófilos estão envolvidos na patogênese destas lesões trouxeram avanços consideráveis para o seu diagnóstico e tratamento. Granulomatose de Wegener, doença de Churg-Strauss e poliangeíte microscópica, todas vasculites associadas aos anticorpos anticitoplasma de neutrófilos, são as vasculites sistêmicas que mais acometem os pulmões. Suas manifestações clínicas comuns são tosse, hemorragia alveolar difusa ou asma de difícil controle. Na arterite de Takayasu, na doença de Behçet, na púrpura de Henoch-Schönlein e nas vasculites associadas às doenças do colágeno o acometimento pulmonar é mais raro. Em todos os casos há evidências de serem processos de origem imunológica e com base neste princípio são propostas as abordagens terapêuticas.

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