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Efeitos da inalação passiva da fumaça de cigarro em parâmetros estruturais e funcionais no sistema respiratório de cobaias

RESUMO

Objetivo:

Avaliar os efeitos da inalação passiva da fumaça de cigarro no sistema respiratório de cobaias.

Métodos:

Foram utilizadas cobaias machos, divididas em dois grupos: controle e tabagismo passivo, esse último exposto à fumaça de dez cigarros por 20 min pela manhã, tarde e noite (30 cigarros/dia) por 5 dias. Após esse período, parâmetros inflamatórios foram estudados através da contagem de degranulação de mastócitos no mesentério e de estresse oxidativo a partir do LBA. Adicionalmente, foram verificadas PImáx, PEmáx, transporte mucociliar (in vivo) e contratilidade traqueal (in vitro).

Resultados:

Na comparação com o grupo controle, o grupo tabagismo passivo apresentou um aumento significativo na degranulação de mastócitos (19,75 ± 3,77% vs. 42,53 ± 0,42%; p < 0,001), nos níveis de glutationa reduzida (293,9 ± 19,21 vs. 723,7 ± 67,43 nM/g de tecido; p < 0,05) e uma redução significativa no transporte mucociliar (p < 0,05), provocando alterações significativas na função pulmonar, tanto na PImáx como na PEmáx (p < 0,05 para ambas), e hiper-reatividade nas vias aéreas.

Conclusões:

A inalação passiva da fumaça de cigarro ocasionou aumentos significativos na degranulação de mastócitos e no estresse oxidativo. Esse processo inflamatório parece ter influenciado a diminuição do transporte mucociliar e causado alterações na função pulmonar, proporcionando um quadro de hiper-reatividade traqueal.

Descritores:
Inflamação; Exposição por inalação; Poluição por fumaça de tabaco

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