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Algumas notas sobre uma perspectiva histórica do transtorno de pânico

O objetivo deste artigo é descrever alguns pontos importantes na história do desenvolvimento do conceito de transtorno de pânico e ressaltar a importância do diagnóstico para o progresso da pesquisa e da clínica. O transtorno de pânico foi descrito em vários textos literários e folclóricos. Talvez um dos exemplos mais antigos seja o deus Pan da mitologia grega, responsável pelo termo pânico.Aprimeira metade do século XIX presenciou o apogeu do processo de abordagem médica. Durante a segunda metade do século XIX iniciou-se a abordagem psicológica da ansiedade. No século XX, o transtorno de pânico foi associado a fatores hereditários, orgânicos e psicológicos, e a ansiedade, dividida em estados ansiosos simples e fóbicos. O desenvolvimento terapêutico foi também observado nos campos da psicofarmacologia e da psicoterapia.As classificações oficiais começaram a incluir uma categoria diagnóstica para transtorno de pânico, começando com a terceira edição do American Classification Manual (1980). Algumas teorias biológicas para a etiologia têm sido muito discutidas desde as últimas décadas do século XX, baseadas em estudos laboratoriais de fisiologia, com testes cognitivos e bioquímicos, como a teoria do alarme de falsa sufocação eo circuito central do medo. A importância das teorias na criação de novos paradigmas diagnósticos na psiquiatria moderna sugere a necessidade de considerar um amplo espectro das variáveis históricas para entender como o conceito do diagnóstico de transtorno de pânico foi desenvolvido e como as opções terapêuticas surgiram.

ataques de pânico; transtorno de ansiedade; transtorno fóbico; agorafobia


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