RESUMO
Racional:
Há necessidade de um tratamento de baixo custo para as fístulas anais complexas que possa curar sem causar incontinência fecal, havendo espaço para o estudo de fitoterápicos.
Objetivo:
Avaliar o efeito do extrato glicerinado de Aloe barbadensis Miller no tratamento de fístula anal em ratos.
Método:
Utilizou-se 30 ratos Wistar, submetidos à anestesia peritoneal com Cetamina e Xilasina, seguida de transfixação do esfíncter anal com fio de aço, que permaneceu por 30 dias para desenvolvimento da fístula anal. Após este período, o fio de aço foi removido e foram formados três grupos com 10 animais: A (controle), sem tratamento; B (sedenho), em que foi introduzido sedenho de algodão; C (sedenho terapêutico), em que foi introduzido fio de algodão como sedenho, e diariamente foi gotejado no sedenho extrato de Aloe barbadensis Miller; após 30 dias os sedentos dos Grupos B e C foram removidos, e, após duas semanas sem sedenho foi praticada a eutanásia e remoção dos espécimes, analisando-se fechamento da fístula e processo inflamatório.
Resultados:
Houve persistência da fístula em todos os animais do Grupo A, em seis do Grupo B e três do Grupo C (p = 0,015). As médias do grau de inflamação local foram 0,9 no Grupo A; 0,8 no Grupo B e 0 no Grupo C (p = 0,015).
Conclusão:
O uso de sedenho embebido em extrato glicerinado de Aloe barbadensis Miller foi efetivo na cicatrização de fístulas anais em ratos, além de ter causado menor processo inflamatório que o sedenho sem fitoterápico.
Palavras-chave:
Ratos; Fístula retal; Fitoterapia; Aloe; Terapêutica