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Cirurgia de fístula anal em regime ambulatorial: a experiência Dubai

OBJETIVO:

Determinar se cirurgias para fístulas transesfincterianas e para fistulae in ano complexas podem ser realizadas com segurança em ambiente ambulatorial, sem pernoite do paciente no hospital.

MÉTODO:

Trata-se de um estudo retrospectivo de 66 pacientes com fístulas transesfincterianas e fístulas anais complexas, inicialmente tratados preliminarmente com seton de drenagem, seguido por fistulectomia e reparo do esfíncter 2-4 meses mais tarde, entre março de 2011 e março de 2014. Os pacientes foram reexaminados no ambulatório uma semana, três meses e ano após a cirurgia, tendo sido observados para complicações e recorrências; casos de incontinência foram anotados e classificados de acordo com o escore da Cleveland Clinic.

RESULTADO:

Vinte e cinco pacientes (38%) apresentaram fístulas altas ou complexas e 32 (48,5%) tinham história de cirurgia prévia. Todos os casos foram tratados em ambiente ambulatorial. O seton foi mantido in situ durante 2-5 meses (2,6 meses), seguido por fistulectomia e reparo do esfíncter. A cura completa se concretizou em cerca de 3,6 semanas (2-8 semanas). Cinquenta e um pacientes foram acompanhados com sucesso ao longo de um ano. Dois pacientes tiveram incontinência temporária para gases, resolvida ao longo de 2-3 meses. Recorrência ocorreu em 2 (3,9%) pacientes.

CONCLUSÃO:

Fístulas transesfincterianas e fístulas complexas podem ser operadas com segurança como casos ambulatoriais, sem permanência hospitalar noturna, com grande satisfação do paciente e menos complicações na população estudada.

Fístula anal; Proctologia; Cirurgia ambulatorial; Cirurgia sem pernoite hospitalar


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