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Crises não-epilépticas e cirurgia na epilepsia: uma revisão

A prevalência de crises epilépticas entre pacientes com crises não-epilépticas psicogênicas varia entre cinco e 50%. A diagnóstico desta comorbidade pode ser difícil, e requer experiência clínica, além de monitorização prolongada por vídeo-EEG. A ocorrência de eventos sugestivos de crises não-epilépticas durante a monitorização por vídeo-EEG deve ser interpretada com cautela. O papel relativo de cada uma das co-morbidades na vida diária do paciente deve ser avaliada caso a caso. Não há contra-indicação formal para a cirurgia, contudo pacientes e familiares devem ser esclarecidos acerca de ambos os diagnósticos e as crises psicogênicas e outras comorbidades psiquiátricas devem ser diagnosticadas e tratadas adequadamente antes da cirurgia. O diagnóstico e tratamento de eventos epilépticos ou psicogênicos que ocorram após a cirurgia é ainda mais difícil, porém esta dificuldade pode ser minimizada com uma avaliação pré-operatória cuidadosa, que inclui diagnóstico e tratamento neurológico e psiquiátrico precisos, além de aconselhamento a pacientes e familiares.

cirurgia de epilepsia; crises não-epilépticas psicogênicas; pseudocrises; vídeo-EEG; tratamento


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