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Primeira crise epiléptica não-provocada: aspectos clínicos e eletrográficos

OBJETIVO: Avaliar a classificação, resultados de EEG e de neuroimagem após a primeira crise epiléptica não-provocada em uma população pediátrica. METODOLOGIA: Pacientes atendidos entre maio de 2000 e maio de 2005 com diagnóstico de primeira crise epiléptica não-provocada. Todos foram submetidos a EEG e tomografia de crânio nas primeiras 72 horas após o evento. As crises foram classificadas segundo a Classificação da ILAE, 1981. RESULTADOS: 387 pacientes, sendo 214 (55.30%) do sexo masculino, com idade média de 4.2 anos. O desenvolvimento neuropsicomotor foi normal em 315 (81.40%) pacientes. Classificação das crises: 167 (43.15%) generalizadas, das quais a mais freqüente foi a crise tônico-clônica (105/62.85%), seguida pelas crises de ausência típica (22/13.17%), clônica (20/11.98%), tônica (13/7.78%) e atônica (7/4.19%). Crises focais: 220 (56.85%), sendo a crise parcial complexa com generalização secundária a mais freqüente (81/36.82%). EEG normal em 208 (53.75%) casos. A anormalidade mais observada na tomografia de crânio foi atrofia cerebral. CONCLUSÕES: A maioria das crianças apresentou desenvolvimento neuro-psicomotor normal após a primeira crise epiléptica não-provocada. Crises parciais foram mais freqüentes que as generalizadas. EEG realizado precocemente identifica paroxismos interictais ou alentecimentos focais em praticamente metade dos pacientes.

primeira crise; etiologia; eletroencefalograma; tomografia


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