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Sibilância recorrente em prematuros: prevalência e fatores de risco Como citar este artigo: Simões MC, Inoue Y, Matsunaga NY, Carvalho MR, Ribeiro GL, Morais EO, et al. Recurrent wheezing in preterm infants: Prevalence and risk factors. J Pediatr (Rio J). 2019;95:720-7. , ☆☆ ☆☆ Estudo vinculado ao Centro de Investigações em Pediatria (CIPED), Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil.

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à evolução para sibilância recorrente em prematuros.

Métodos:

O estudo transversal foi feito em 2014 e 2015 e analisou crianças prematuras nascidas entre 2011 e 2012. A busca dessas crianças foi feita em maternidade de hospital universitário e em um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais. A avaliação foi feita por questionário dirigido em entrevista telefônica.

Resultados:

O estudo incluiu 445 crianças com 39 (18-54) meses de vida. Na análise univariada, os fatores de risco com maior chance de sibilância recorrente foram peso de nascimento menor do que 1.000 g, idade gestacional menor do que 28 semanas, convivência com dois ou mais irmãos, alergia alimentar e dermatite atópica na criança e alergia alimentar e asma nos pais. Na análise multivariada houve associação significativa entre sibilância recorrente e idade gestacional ao nascer menor do que 28 semanas, alergia alimentar e dermatite atópica na criança e a convivência com duas ou mais crianças. Dos 445 sujeitos analisados, 194 receberam imunização passiva contra vírus sincicial respiratório e 251 eram prematuros não imunizados. Houve diferença entre a idade gestacional desses subgrupos (p < 0,001). A prevalência geral de sibilância recorrente foi 27,4% (IC 95%: 23,42-31,70) e nas crianças que receberam a imunização passiva foi 36,1% (IC 95%: 29,55-43,03).

Conclusões:

História pessoal de atopia, menor idade gestacional e convivência com duas ou mais crianças apresentaram associação significativa com sibilância recorrente. As crianças com menor idade gestacional, que receberam a imunização passiva contra o vírus sincicial respiratório, apresentaram maior prevalência de sibilância recorrente que o grupo de maior idade gestacional.

Palavras-chave
Asma; Sons respiratórios; Vírus sincicial respiratório; Prevalência; Fatores de risco; Prevenção e controle

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