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Manejo atual da bacteremia oculta do lactente Como citar este artigo: Mekitarian Filho E, de Carvalho WB. Current management of occult bacteremia in infants. J Pediatr (Rio J). 2015;91:S61–6.

Resumo

Objetivos:

Listar as principais entidades clínicas associadas a quadros de febre sem sinais localizatórios (FSSL) em lactentes, bem como o manejo dos casos de bacteremia oculta com ênfase na avaliação laboratorial e na antibioticoterapia empírica.

Fonte dos dados:

Foi feita revisão não sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, Embase e Scielo de 2006 a 2015.

Síntese dos dados:

A ocorrência de bacteremia oculta vem diminuindo sensivelmente em lactentes com FSSL, principalmente devido à introdução da vacinação conjugada contra Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitidis nos últimos anos. Juntamente disso, uma redução constante na solicitação de hemogramas e hemoculturas em lactentes febris acima de três meses vem sendo observada. A infecção do trato urinário é a infecção bacteriana mais prevalente no paciente febril. Algoritmos consagrados, como o de Boston e Rochester, podem guiar a decisão clínica inicial para estimar o risco de bacteremia em lactentes entre um e três meses de vida.

Conclusões:

Não há esquema padronizado para a estimativa do risco de bacteremia oculta em lactentes febris, porém deve-se considerar fortemente o manejo ambulatorial de lactentes acima de três meses com FSSL em bom estado geral e com esquema vacinal completo. São necessários dados atualizados sobre a incidência de bacteremia oculta em crianças vacinadas em nosso meio.

PALAVRAS-CHAVE
Bacteremia; Febre; Crianças; Algoritmos

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