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Análise de variáveis relacionadas à evolução letal do escorpionismo em crianças e adolescentes no estado de Minas Gerais no período de 2001 a 2005

OBJETIVOS: Descrever e avaliar os acidentes escorpiônicos notificados no estado de Minas Gerais, em crianças e adolescentes, no período de 2001 a 2005, e calcular incidência e mortalidade e identificar fatores relacionados à evolução para óbito. MÉTODOS: Estudo de 14.406 fichas de notificação obrigatória do escorpionismo em Minas Gerais, de pacientes de 0 a 19 anos. Após análise univariada, com fatores relacionados a mortalidade (p < 0,25), foi realizada regressão logística para análise multivariada. RESULTADOS: Houve aumento das notificações dos acidentes escorpiônicos ao longo dos anos. A faixa etária em que mais ocorreu acidente foi de 5 a 9 anos. Dor local esteve presente em 95% dos casos. A maioria dos casos foi classificada como leve (60%), com utilização do soro em 42% dessa população. A letalidade média foi de 0,7%. O município de maior ocorrência do acidente foi a capital Belo Horizonte. O atraso de cada 1 hora até o primeiro atendimento representou aumento de 9% na razão de chance de evolução para óbito, que foi 46 vezes maior no grupo grave do que nos grupos moderado e leve. Para cada ano a menos na idade do paciente houve um aumento de 13% na razão de chance de evolução para óbito. CONCLUSÕES: Houve aumento do número de notificações ao longo dos anos estudados. Foram identificados como fatores com maior razão de chance de evoluir para óbito: atraso para o primeiro atendimento, ser classificado como grave e menor idade.

Escorpionismo; envenenamento; epidemiologia; picada por escorpião; adolescente; criança


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