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Segurança no transporte de crianças: protegendo seus pacientes em cada viagem

EDITORIAL

Segurança no transporte de crianças: protegendo seus pacientes em cada viagem

Mark R. ZonfrilloI; Dennis R. DurbinI; Flaura K. WinstonII

IMD, MSCE. Center for Injury Research and Prevention, The Children’s Hospital of Philadelphia, Philadelphia, PA, EUA. Department of Pediatrics, Perelman School of Medicine, University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, EUA. Center for Clinical Epidemiology and Biostatistics, Perelman School of Medicine, University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, EUA

IIMD, PhD. Center for Injury Research and Prevention, The Children’s Hospital of Philadelphia, Philadelphia, PA, EUA. Department of Pediatrics, Perelman School of Medicine, University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, EUA. Leonard Davis Institute for Health Economics, University of Pennsylvania, Philadelphia, PA, EUA

Correspondência Correspondência: Mark R. Zonfrillo Center for Injury Research and Prevention The Children's Hospital of Philadelphia 3535 Market Street, Suite 1150 19104 - Philadelphia, PA - EUA Tel.: +1 (215) 590.3118 Fax.: +1 (215) 590.5425 E-mail: zonfrillo@email.chop.edu

Colisões de veículos automotores continuam sendo a principal causa de morte e deficiência adquirida em crianças menores de 19 anos nos EUA1, e traumas no trânsito levam a mais de 260.000 óbitos pediátricos por ano em todo o mundo2. Felizmente, para crianças que são muito pequenas para o cinto de segurança de adulto, os assentos de segurança infantis (ASI), seja na forma de cadeirinhas com cintos ou assentos de elevação, podem reduzir significativamente o risco de injúria física e morte3-5 em uma colisão, por meio da distribuição das forças pelas superfícies rígidas e ósseas e evitando a ejeção do veículo. Aumentos substanciais no uso de assentos de segurança para crianças nos EUA levaram a uma redução, nos últimos 10 anos6,7, de quase 50% nas mortes de crianças no trânsito8. Para conseguir isso, pediatras, educadores, governantes e outras instituições coordenaram esforços e desenvolveram mensagens consistentes para atender às necessidades das famílias em termos de segurança no trânsito.

A seguinte lista de prioridades baseada em evidências tem servido de mensagem comum para as famílias sobre o transporte seguro de crianças: 1) use um dispositivo de contenção em toda viagem; 2) mantenha as crianças com menos de 13 anos de idade no banco traseiro do veículo; 3) use o dispositivo de contenção apropriado à idade e ao tamanho da criança; e 4) use o dispositivo de contenção corretamente9. Embora a promoção do uso de dispositivos de contenção em cada viagem seja a prioridade mais alta, a proteção ideal exige o modelo correto, sempre no banco de trás: o assento certo, na hora certa e da forma certa. Isso é importante, uma vez que qualquer mau uso do ASI pode levar a um risco maior de lesão grave ou morte4,5. O termo "mau uso" abrange a ampla variedade de uso impróprio de ASI, incluindo: 1) escolher o dispositivo de contenção incorreto para a criança; 2) fixar o ASI ao veículo de maneira frouxa ou incorreta; e 3) prender a criança no ASI de maneira frouxa ou incorreta. Nos EUA, o mau uso dos ASI é bastante comum, ocorrendo com maior frequência a escolha incorreta do assento; a fixação frouxa do assento ao veículo, seja com o próprio cinto do carro ou com as presilhas especiais para assentos infantis; o não uso das tais presilhas; e uso impróprio dos cintos do dispositivo de contenção10,11.

Tendo em mente a experiência estadunidense, Oliveira et al.12 apresentam "Erros no uso dos assentos de segurança em menores de quatro anos" para destacar a necessidade de voltar a atenção da comunidade brasileira para o uso consistente, apropriado e correto de dispositivos de contenção infantil. No seu estudo observacional do uso de ASI entre 324 crianças de 0 a 4 anos frequentando 32 creches brasileiras, os autores encontraram altos índices de mau uso: quase 43% das crianças estavam em assentos infantis com uso incorreto (modelo errado para a criança ou mau uso/não uso do ASI facilmente observável). Embora essas observações tenham sido feitas em 2007, quando as leis brasileiras de segurança do transporte de crianças ainda estavam em sua fase inicial, é provável que o uso dos ASI talvez aumente, mas, sem intervenções específicas, prevalecerá o mau uso. A compreensão dos fatores de risco do mau uso de assentos infantis e de barreiras contra o uso adequado é importante para desenvolver intervenções para maximizar a segurança de crianças em veículos. Em seu estudo, Oliveira et al. verificaram que erros de uso foram influenciados pela presença de várias crianças no veículo, nível de escolaridade e renda dos pais, semelhantes aos fatores encontrados nos EUA13. Dadas as semelhanças da segurança do transporte de crianças nesses dois países, a experiência dos EUA pode ser útil para o planejamento de segurança no Brasil.

Pesquisas nos EUA revelaram barreiras ao uso dos ASI, incluindo conhecimento inadequado dos pais (sobre as recomendações atuais de segurança de passageiros e as chances de traumas no trânsito), acesso limitado aos ASI (devido à baixa disponibilidade e/ou custo) e baixa autoeficácia no uso de dispositivos de contenção para seus filhos (incapazes de usar corretamente o assento)14. Questões semelhantes foram descobertas em Pequim, China15 e é provável que sejam relevantes à população brasileira, onde precisarão ser discutidas em campanhas educativas e intervenções comunitárias. Além disso, a vigilância dos padrões de uso dos ASI, correlacionando mau uso e efeitos subsequentes sobre o risco de traumatismos será importante, sobretudo considerando a evolução contínua em termos de legislação, políticas, design e disponibilidade dos assentos de segurança, design dos veículos, antropometria pediátrica e tendências do comportamento dos pais ao longo do tempo.

Leis sobre segurança no transporte de crianças passageiras de veículos provavelmente terão um impacto significativo, assim como ocorreu nos EUA com as práticas de segurança pediátrica16 e com os índices de injúrias físicas, pois os cuidadores veem as leis como um fator positivo para aumentar o uso dos ASI17. Em 1978, a primeira lei sobre ASI dos EUA foi implementada para crianças com menos de 4 anos, após a promoção feita pelo Dr. Robert Sanders18, um pediatra do Tennessee. Desde 1985, todos os 50 estados e o Distrito de Colúmbia aprovaram leis tornando obrigatório o uso dos ASI19. Além de novas leis, houve mudanças nas recomendações para as melhores práticas de segurança com crianças. Recentemente, a American Academy of Pediatrics publicou uma política9, com o respectivo relatório técnico20, contendo um algoritmo com as novas recomendações e evidências científicas de apoio a essas melhores práticas. Uma das mudanças dignas de nota em relação às recomendações anteriores foi que todos os lactentes e pré-escolares devem ser transportados em um ASI voltado para trás até que tenham 2 anos de idade ou até que atinjam o maior peso ou altura permitido pelo fabricante. Tal recomendação foi baseada em dados dos EUA21 e em extensa experiência na Suécia, onde praticamente não há mortes de crianças pequenas em colisões22. Uma segunda recomendação atualizada foi que as crianças cujo peso ou altura esteja acima do limite para o ASI voltado para frente devem usar um assento de elevação (booster seat) até que o cinto de segurança do automóvel se encaixe de forma apropriada, tipicamente a partir 145 cm de estatura, entre 8 e 12 anos de idade. Isso pode ajudar a prevenir traumatismos graves resultantes da colocação imprópria do cinto horizontal e/ou diagonal5. Leis e diretrizes nos EUA ajudaram a criar mensagens comuns divulgadas por pediatras e pelos diversos grupos que interagem com as famílias, tratando da segurança infantil.

Essas mudanças na legislação e nas políticas foram acompanhadas por um aumento drástico do número e variedade de ASI disponíveis, reduzindo a barreira de acesso aos ASI mencionada pelos pais. Como exemplo, o número de dispositivos de contenção adequados para crianças de 1 a 4 anos no mercado dos EUA aumentou quase 50% entre 2000 e 201023,24. Mudanças no design dos ASI e dos sistemas de fixação também evoluíram com o tempo. A mais notável é o sistema LATCH (Lower Anchors and Tethers for Children), projetado para padronizar o modo como os ASI são fixados a veículos sem o uso do cinto de segurança. Desde setembro de 2002, peças compatíveis com o sistema LATCH são obrigatórias para todos os ASI e veículos novos nos EUA. Embora tenha desempenho superior em testes de impacto25, o sistema LATCH enfrentou desafios, tanto de projeto como na implantação no mundo real. Uma análise recente conduzida pelo Insurance Institute for Highway Safety, com sede nos EUA, avaliou o design de assento traseiro em 98 veículos e constatou que apenas 21 tinham equipamento de fixação de ASI que atendiam aos critérios de fácil instalação quanto à profundidade, folga e força26. No geral, a adição do LATCH aumentou as opções para uso de ASI e, portanto, as oportunidades de mau uso. Assim como nos EUA, os especialistas brasileiros em segurança infantil precisam se manter atualizados sobre as tecnologias mais recentes, suas vantagens e desafios quanto à proteção das crianças.

Outra influência significativa na segurança das crianças passageiras de automóveis vem sendo a emergente epidemia de obesidade. Apesar de haver evidências de que crianças com sobrepeso talvez tenham risco maior de traumatismo em certas partes do corpo27, as que contam com dispositivo de contenção apropriado para o seu tamanho estão bem protegidas em colisões28. A principal preocupação é que os pais de crianças com sobrepeso as transfiram para um assento inadequado ao seu tamanho, aumentando o risco de traumatismo em colisões. Essa preocupação é relevante no Brasil e em outros países em desenvolvimento, onde a obesidade em crianças é cada vez mais prevalente29.

Finalmente, os comportamentos dos pais mudaram ao longo do tempo. Os primeiros pais (ou sociedades) a usar contenção em seus filhos em reconhecimento a uma nova lei ou recomendação (isto é, os "adotantes precoces") provavelmente têm características diferentes em relação à segurança do que aqueles que adotam os ASI mais tarde. Assim, os "adotantes tardios" podem ter um risco basal maior de ocorrência ou gravidade de colisão30. Os adotantes precoces podem ter características socioeconômicas mais favoráveis e atitudes mais positivas em relação a inovações, enquanto os tardios podem estar desinformados/céticos quanto à eficiência dos ASI ou podem não gostar da natureza autoritária das leis. Inovações voltadas à prevenção, como dispositivos de contenção infantil, têm um índice mais lento de adoção do que inovações incrementais (ou seja, aquelas com vantagens mais imediatas) porque as vantagens relativas das inovações preventivas podem parecer abstratas ou ainda ser desconhecidas. Isso é particularmente verdadeiro para eventos relativamente raros, como traumas no trânsito, pois os pais podem ter dificuldade em entender o risco de injúria física antes de que ocorra uma colisão. Como resultado, será importante continuar a monitorar e desenvolver mensagens para assegurar que a orientação para a segurança continue sendo relevante para a população.

Embora continue a haver avanços significativos em segurança no transporte de crianças, ela está em evolução contínua por meio de legislação, políticas, tecnologia e fatores humanos. Maior resistência a colisões e inovações nos sistemas de contenção são contrabalançados por ameaças à segurança, como motoristas distraídos e frotas de veículos menores. Além do mais, países em rápido desenvolvimento, como o Brasil, estão tendo uma divergência entre o uso crescente de veículos e a relativa falta de uma correspondente iniciativa de segurança aos passageiros. Para esse fim, a Organização Mundial da Saúde, em conjunto com a Assembleia Geral das Nações Unidas, proclamou 2011-2020 a Década de Ação para a Segurança no Trânsito, com um plano para que países e comunidades intensifiquem ações para salvar vidas nas rodovias do mundo todo. Um dos pilares de atividades lida especificamente com o estabelecimento de sistemas de dados para monitoramento e avaliação permanentes31. É importante que tais sistemas de dados reconheçam as necessidades únicas de crianças e coletem dados específicos de traumatismos de trânsito de crianças, a fim de monitorar a epidemiologia de uso e mau uso de ASIs, colisões envolvendo crianças e seus traumas subsequentes. É crucial que a comunidade de promotores da segurança infantil entenda as barreiras ao transporte apropriado de crianças e se dirija aos formadores de opinião influentes. Maximizar o uso de dispositivos de contenção adequados é fundamental e essencial para proteger toda criança em toda viagem.

Não foram declarados conflitos de interesse associados à publicação deste editorial.

Como citar este artigo: Zonfrillo MR, Durbin DR, Winston FK. Child passenger safety: protecting your patients on every trip. J Pediatr (Rio J). 2012;88(4):283-5.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      18 Set 2012
    • Data do Fascículo
      Ago 2012
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