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Perfuração dos lóbulos das orelhas como fator de risco para o desenvolvimento de alergia de contato ao níquel

OBJETIVOS: Determinar a prevalência da alergia de contato aos metais em crianças que frequentam um centro de saúde e caracterizar o subgrupo com alergia em relação aos fatores de risco. MÉTODOS: Estudo transversal não controlado, conduzido em um centro de saúde de Belo Horizonte (MG). Foram incluídas crianças com idades entre 0 e 12 anos que se apresentaram para consulta pediátrica de rotina, sendo aplicados testes de contato para o cromo, o cobalto e o níquel. As análises estatísticas foram realizadas com base na leitura do teste em 96 horas. Leituras classificadas como fraca (+), forte (++) ou extrema (+++) foram consideradas como reação, enquanto as classificadas como duvidosa, negativa ou irritativa foram consideradas como não reação. RESULTADOS: Completaram o estudo 144 crianças. Destas, 4,9% apresentaram reação ao cromo, 9,7% ao cobalto e 20,1% ao níquel. Os pacientes com orelha perfurada tiveram mais chance de reação ao níquel do que aqueles sem essa característica (p = 0,031 e odds ratio = 2,8). CONCLUSÕES: Em face da tendência atual ao aumento da alergia ao níquel, familiares devem ser alertados sobre a sua associação com a perfuração das orelhas. Estudos posteriores são necessários para avaliar a idade ideal para a perfuração das orelhas e o material ideal para brincos.

Cobalto; criança; cromo; dermatite de contato; hipersensibilidade; níquel


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