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Efeito da suplementação de zinco a crianças de 1 a 5 anos de idade

OBJETIVO: Avaliar o impacto da suplementação com zinco sobre os parâmetros nutricionais e bioquímicos entre crianças de 12 a 59 meses de idade. MÉTODOS: Foi realizado um estudo clínico randomizado unicego com 58 crianças entre 12 e 59 meses participantes do Programa Governamental de Combate a Carências Nutricionais, que fornecia mensalmente 2 kg de leite fortificado com ferro. O grupo intervenção (n = 28) foi suplementado com 10 mg/dia de sulfato de zinco por 4 meses, e o grupo controle (n = 30) recebeu solução placebo. Para avaliação do estado nutricional, utilizaram-se os indicadores peso por estatura e estatura por idade, expressos em escores z, do padrão de referência NCHS (National Center for Health Statistics), parâmetros bioquímicos de ferro e zinco séricos e concentração de hemoglobina e hematócrito. RESULTADOS: A suplementação com zinco não interferiu significativamente sobre as condições antropométricas das crianças. Ambos os grupos apresentavam concentrações iniciais baixas de zinco sérico. Após o término do período de intervenção, a variação nos níveis médios de hemoglobina (p = 0,002) e as concentrações de hematócrito (p = 0,001), zinco (p = 0,023) e ferro séricos (p = 0,013) foram significativamente mais elevadas no grupo suplementado. CONCLUSÃO: A suplementação com zinco promoveu melhora na resposta hemoglobínica e normalizou a concentração sérica de zinco. Os resultados mostram a importância de se estabelecer políticas de combate a carências nutricionais que também possam dar atenção à carência de zinco.

Risco nutricional; micronutrientes; suplementação; alimentação infantil


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