A germinação é um processo biológico dependente do fornecimento adequado de água para o desenvolvimento do embrião. O déficit hídrico retarda este processo e, dependendo da densidade e duração desse déficit, pode causar a morte da semente. Contudo, ainda não foi relatado se o tamanho da semente influencia o seu potencial fisiológico e a sua tolerância ao estresse. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do tamanho da semente e do estresse hídrico na germinação das sementes e no desenvolvimento inicial das plântulas de soja. Este experimento foi composto por sementes de 10 cultivares de soja, classificadas por peneiras com crivos de três tamanhos (P12, P13 e P14) e submetidas a três potenciais hídricos (0, -0,1 e -0,2 MPa), com quatro repetições. Os dados sobre genótipos foram agrupados como repetições de um fatorial simples 3 x 3 (tamanhos x potenciais hídricos), com 40 repetições. Avaliou-se: primeira contagem e contagem final de germinação, e relação comprimento/massa do hipocótilo e da radícula. Concluiu-se que sob condições ideais de umidade, sementes maiores têm melhor qualidade fisiológica, produzindo plântulas mais vigorosas; mas, sob potencial hídrico de -0,2 MPa sementes menores produzem plântulas maiores; e que o hipocótilo é mais afetado pelo estresse hídrico do que a radícula.
Glycine max; semente; potencial hídrico; germinação