A liberalização econômica do transporte aéreo brasileiro trouxe visíveis benefícios ao setor, com preços mais baixos e maior popularização. Houve, entretanto, mais concentração da operação em grandes aeroportos e perda de cobertura regional. O presente trabalho tem por objetivo analisar a evolução do número de aeroportos servidos pelo transporte aéreo regular brasileiro, bem como os índices de concentração de operações e a cobertura ao longo do território nacional. Serão abordados aspectos contidos no processo de desregulação econômica que o mercado aéreo brasileiro sofreu nos anos 1990 e início dos anos 2000, fazendo com que o transporte aéreo nacional passasse a ser mais competitivo e eficiente, mas também com operação mais concentrada geograficamente. Estes fatores acarretaram benefícios e malefícios aos passageiros: por um lado, preços mais baixos, alta indução do tráfego aéreo e maior acessibilidade de novos segmentos de consumidores; por outro, crescimento acelerado pressionado das infraestruturas aeroportuária e do espaço aéreo - com decorrentes gargalos geradores de congestionamentos e atrasos - e piora na cobertura geográfica. Este estudo desenvolveu um modelo econométrico que possibilitou análise de potenciais variáveis explicativas da cobertura do transporte aéreo, bem como sua influência e impacto no número de aeroportos servidos.
desregulamentação; número de aeroportos; transporte aéreo; econometria