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Fraturas de stents na artéria femoral superficial: fatores predisponentes e suas implicações

Resumo

Contexto

As fraturas de stents implantados na artéria femoral superficial (AFS) são uma complicação reconhecida pós-tratamento endovascular desse território arterial.

Objetivos

Este estudo objetivou determinar a presença de fraturas nos stents implantados na AFS e identificar fatores predisponentes para essas fraturas, juntamente com o impacto na perviedade desses dispositivos.

Métodos

Foram incluídos 39 pacientes (65,7±9,0 anos) previamente submetidos à angioplastia para colocação de 56 stents na AFS. Durante o seguimento, que variou de 7 a 46 meses, foram coletadas variáveis referentes às características das lesões tratadas e às características dos stents implantados. Dois examinadores analisaram radiografias digitais para verificar a presença de fraturas de stent e a perviedade dos dispositivos independentemente.

Resultados

Foi encontrada uma prevalência de 10,7% de fratura nos stents implantados. O implante de múltiplos stents foi identificado como fator predisponente significativo para fraturas. Foi observada uma tendência acentuada de fraturas em pacientes do sexo feminino e em lesões tratadas com stents mais longos (> 150 mm). As estenoses acima de 50% e as oclusões foram significativamente mais frequentes em stents fraturados.

Conclusões

Este estudo sugere que implantes de múltiplos stents ou de stents com extensão maior que 150 mm estão associados a maiores taxas de fraturas do dispositivo. No caso de fraturas de stents, as estenoses mais significativas que 50% e as oclusões foram consideravelmente mais frequentes.

Palavras-chave:
doença arterial periférica; stents; procedimentos endovasculares

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