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Fatores de risco para mortalidade em pacientes submetidos a amputações maiores por pé diabético infectado

Resumo

Contexto

A lesão no pé de pacientes com diabetes é um importante problema de saúde pública que frequentemente está associado a amputações em membros inferiores e mortalidade nessa população.

Objetivos

Investigar os fatores de risco associados a mortalidade em pacientes com pé diabético infectado submetidos a amputação maior.

Métodos

Estudo observacional, retrospectivo e caso-controle. Amostra composta por 78 pacientes com pé diabético e úlcera infectada submetidos a amputação maior em um serviço de cirurgia vascular em um hospital universitário no período de 5 anos.

Resultados

A média de idade da amostra estudada foi de 63,8 ± 10,5 anos, com 54 (69,2%) pacientes do sexo masculino, com creatinina sérica média de 2,49 ± 2,4 mg/dL e hemoglobina sérica média de 7,36 ± 1,7 g/dL. Houve 47,4% de reinternação. Foi realizada amputação transtibial em 59,0% e transfemoral em 39,7% da amostra estudada. Nesta amostra, 87,2% dos pacientes apresentaram cultura positiva, predominantemente monomicrobiana (67,9%), e 30,8% apresentaram infecção hospitalar da úlcera. Os gêneros de bactérias mais frequentes foram Acinetobacter spp. (24,4%), Morganella spp. (24,4%) e Proteus spp. (23,1%). Nenhum gênero bacteriano foi identificado como fator de risco para óbito. O nível de creatinina ≥ 1,3 mg/dL (OR 17,8; IC 2,1-150) e a amputação transfemoral (OR 4,5; IC: 1,3-15,7) foram fatores de risco para o óbito.

Conclusões

Os níveis séricos de creatinina ≥ 1,3 mg/dL e amputação transfemoral foram fatores de risco para óbito.

Palavras-chave:
pé diabético; úlcera do pé; infecção; mortalidade

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