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Caracterização das pessoas amputadas de um hospital de grande porte em Recife (PE, Brasil)

Resumo

Contexto

A amputação de membros pode ser definida como um procedimento que consiste em separar do corpo um membro ou segmento dele.

Objetivos

Descrever o perfil dos procedimentos de amputações de membros realizados em um hospital estadual de grande porte.

Métodos

Estudo transversal do tipo descritivo e retrospectivo realizado em um hospital de grande porte da cidade de Recife (PE). Os dados foram coletados em registros de pacientes que foram submetidos à amputação no ano de 2017. Foram incluídos pacientes que tiveram seu membro amputado em 2017 e excluídos aqueles com informações ilegíveis ou incompletas.

Resultados

Foram realizados 328 procedimentos em 274 pacientes, a maioria do gênero masculino (57,7%). Houve predominância de amputações em membros inferiores (64,2%), de causa não traumática (86,5%) e atendimentos de urgência (96,4%). A maioria dos pacientes submetidos a amputações ficaram internados por um período de 11 a 25 dias (32,1%). Este estudo mostrou que a maioria das pessoas amputadas recebeu alta (69,7%) e uma parte foi a óbito, sendo os óbitos, no caso das amputações de membros inferiores, principalmente de pessoas idosas na faixa etária de 60 a 90 anos (76%), do sexo feminino (55%), e submetidas a uma amputação (91%).

Conclusões

Os dados apresentados neste estudo são alarmantes, principalmente ao se considerar que muitas das amputações poderiam ter sido evitadas, visto que foram decorrentes de complicações de doenças cuja prevenção e controle podem ser realizados em outros níveis de complexidade do sistema e com custo relativamente baixo.

Palavras-chave:
amputação; desarticulação; membros superiores; membros inferiores

Abstract

Background

Limb amputation can be defined as a procedure that consists of separating a limb or a segment of a limb from the body.

Objectives

To describe the profile of limb amputation procedures performed at a large hospital run by the state of Pernambuco (Brazil).

Methods

Cross-sectional descriptive and retrospective study conducted at a large hospital in the city of Recife, PE. Data were collected from the records of patients who underwent amputations during 2017. Records from patients who had had a limb amputation during 2017 were included, unless data were illegible or missing.

Results

A total of 328 procedures were performed on 274 patients, the majority of whom were male (57.7%). There was a predominance of lower limb amputations (64.2%), of non-traumatic causes (86.5%), and urgent treatment (96.4%). The majority of patients who underwent amputations remained in hospital for 11 to 25 days (32.1%). The study found that the majority of amputees were discharged (69.7%), although a proportion died. Deaths of lower limb amputees were primarily among elderly women in the age range of 60 to 90 years (76%), females (55%), and patients subjected to a single amputation (91%).

Conclusions

The data observed in this study are alarming, particularly considering that many of these amputations could have been avoided, since they were caused by complications of diseases that can be prevented and controlled at healthcare services of a lower level of complexity and at a relatively low cost.

Keywords:
amputation; disarticulation; upper limbs; lower limbs

INTRODUÇÃO

A amputação de membros é um grande problema de saúde pública, sendo responsável por altas taxas de morbimortalidade, e consiste na perda de um membro ou segmento dele, causando impacto no aspecto psicossocial do indivíduo e representando também um fator oneroso para a saúde. Geralmente é realizada como último recurso, na busca pelo reestabelecimento da saúde do indivíduo, quando todas as outras opções já foram utilizadas ou são inviáveis, seja por conta de isquemias irreversíveis ou trauma com destruição profunda do membro afetado11 Reis G, Adroaldo-junior JC, Campos RS. Perfil epidemiológico de amputados de membros superiores e inferiores atendidos em um centro de referência. Rev Eletronica Saude e Ciencia. 2012 [citado 2018 fev 13];2(2):52-62. https://rescceafi.com.br/vol2/n2/Gleycykely-dos-Reis-52-62.pdf
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2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção a pessoa amputada. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. 36 p.
-33 Jesus-Silva SG, Oliveira JP, Brianezi MHC, Silva MAM, Krupa AE, Cardoso RS. Análise dos fatores de risco relacionados às amputações maiores e menores de membros inferiores em hospital terciário. J Vasc Bras. 2017;16(1):16-22. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008916. PMid:29930618.
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.

Entre as causas que levam a uma amputação estão as doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho circulatório, diabetes melito (DM), gangrena, doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, neoplasias, causas externas, doenças de pele e malformações congênitas22 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção a pessoa amputada. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. 36 p.. Assim, as cirurgias de amputação podem ser realizadas em caráter de urgência ou de forma eletiva11 Reis G, Adroaldo-junior JC, Campos RS. Perfil epidemiológico de amputados de membros superiores e inferiores atendidos em um centro de referência. Rev Eletronica Saude e Ciencia. 2012 [citado 2018 fev 13];2(2):52-62. https://rescceafi.com.br/vol2/n2/Gleycykely-dos-Reis-52-62.pdf
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Segundo os poucos estudos sobre a epidemiologia das amputações, estima-se que a incidência mundial de amputação de membros seja de aproximadamente 1 milhão de pessoas por ano44 Seidel AC, Nagata AK, Almeida HC, Bonomo M. Epistemologia sobre amputações e desbridamentos de membros inferiores realizados no Hospital Universitário de Maringá. J Vasc Bras. 2008;7(4):308-15. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492009005000002.
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,55 Senefonte FRA, Rosa GRPS, Comparin ML, et al. Amputação primária no trauma: perfil de um hospital da região centro-oeste do Brasil. J Vasc Bras. 2012;11(4):269-76. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000400004.
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. No ano de 2018, foram registradas no Brasil mais de 59 mil amputações, das quais 2.694 ocorreram no estado de Pernambuco, colocando o estado em oitavo lugar em número de amputações66 Departamento de Informática do SUS – DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2019 [citado 2018 fev 13]. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiuf.def
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.

Os membros inferiores (MMII) geralmente são os mais acometidos em comparação aos membros superiores (MMSS). Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em 2011 a amputação de MMII foi responsável por cerca de 94% de todas as amputações realizadas22 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção a pessoa amputada. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. 36 p..

O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos procedimentos de amputação de membros realizados em um hospital estadual de grande porte. Os resultados poderão subsidiar os gestores na tomada de decisão para oferta de políticas públicas que possam reduzir a quantidade de amputações.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal do tipo descritivo e retrospectivo realizado em um hospital de grande porte localizado na cidade de Recife (PE) com o intuito de analisar dados hospitalares de pacientes que foram submetidos a amputação de membros no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2017.

A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio a setembro de 2018, por meio de um formulário, aplicado por um único examinador, que continha as seguintes variáveis: sexo, idade, tipo de amputação, procedimento realizado, caráter de atendimento, número de amputações, causa da amputação, procedência, motivo da saída do hospital e tempo de internação.

Para confirmar a quantidade de amputações realizadas no período e obter informações sobre todas as variáveis previstas no instrumento, o pesquisador aplicou o formulário em três fontes de dados: 1) registro do centro cirúrgico, utilizando os livros de registro das cirurgias; 2) documento de encaminhamento para o necrotério; e 3) espelhos da autorização de internação hospitalar (AIH) disponíveis no setor do faturamento, por meio do Programa de Apoio a Entrada de Dados das AIH (SISAIH01).

Convém salientar que, como foi utilizado o SISAIH01 para a obtenção dos espelhos da AIH, não foi possível estabelecer com precisão o nível de amputação realizado, ou seja, se foi transtibial, transfemural, etc., porque o sistema engloba vários níveis em uma mesma região. Assim, os exemplos acima citados estão contidos dentro da categoria amputação/desarticulação de MMII.

No centro cirúrgico, foram coletados 330 registros de pessoas submetidas a amputações de membros, e no setor do necrotério foram encontrados 200 registros. Percebeu-se então que muitos registros do bloco cirúrgico não constavam no necrotério e vice-versa, sendo que todos os membros amputados são encaminhados para o necrotério com o documento de encaminhamento. Assim, dos 330 registros coletados no bloco cirúrgico, 151 coincidiram com as informações do necrotério, e foram encontrados 49 registros a mais. No setor do faturamento, foram utilizados os 330 registros do centro cirúrgico e mais os 49 do necrotério que não constavam no centro cirúrgico, totalizando 379 registros para pesquisa. Entretanto, alguns foram excluídos durante a análise dos espelhos, devido aos seguintes motivos: espelhos incompletos, registros não coincidiam com o nome, espelhos que não condiziam com amputação, registros repetidos, e registros não encontrados. Dessa forma, contabilizou-se no final 274 registros coletados (Figura 1), com uma perda de 105.

Figura 1
Diagrama de fluxo das fases da coleta de dados, mostrando o número de registros identificados, selecionados e incluídos na pesquisa. AIH = autorização de internação hospitalar.

Os dados coletados foram armazenados no Microsoft Excel® para análise descritiva dos dados, em que foram obtidas frequências absoluta (n) e relativa (%) com respeito às variáveis de interesse categóricas/qualitativas e, no caso de variáveis quantitativas, estas foram apresentadas sob a forma de média (± desvio padrão). A pesquisa atendeu a todos os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução 466/201277 Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466/2012, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União. 2012; Seção 1: 59. Portuguese. [citado 2018 fev 13]. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
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, e foi submetida a um Comitê de Ética em Pesquisa, por meio da Plataforma Brasil, sendo aprovado sob o parecer n° 2.622.379.

RESULTADOS

Foram realizados 328 procedimentos de amputação em 274 pacientes com idades que variaram de 13 anos a > 90 anos, com média de 63 anos (desvio padrão ±16). A maior frequência de pacientes amputados foi observada no grupo etário de 60 a 90 anos (60,2%; n =165), e a maioria das pessoas amputadas (57,7%; n = 158) era do sexo masculino (Tabela 1).

Tabela 1
Distribuição dos pacientes de acordo com as variáveis sociodemográficas do estudo. Recife (PE), Brasil, 2019.

As amputações não traumáticas foram as mais realizadas, alcançando um percentual de 86,5% (n = 237). Quando analisada a quantidade de amputações, identificou-se que a grande maioria dos pacientes (83,2%; n = 228) foi submetida a uma amputação. No que se refere ao procedimento realizado, a amputação/desarticulação de MMII foi a mais prevalente (53,6%; n = 176), seguida de amputação/desarticulação de dedo (23,4%; n = 77) (Tabela 2).

Tabela 2
Distribuição dos pacientes de acordo com as características das amputações do estudo. Recife (PE), Brasil, 2019.

Com relação à quantidade de amputações maiores (aquelas realizadas mais a nível proximal) e menores (realizadas a níveis distais), observou-se que 54,8% (n = 180) das amputações foram amputações maiores, que correspondem às amputações de MMII – sigla utilizada pelo Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) para amputações em MMII a níveis proximais – mais as de MMSS – sigla utilizada pelo SIH-SUS para amputações em membros superiores a níveis proximais –, e 45% (n = 148) foram amputações menores resultantes da amputação de mão e punho, pé e tarso, ou dedo.

As causas das amputações foram agrupadas de acordo com o CID-1088 Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português – CBCD. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10. Vol. 1, 10. ed. In: Departamento de Informática do SUS – DATASUS. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo; 2008 [citado 15 jan 2019]. http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm
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(Tabela 2), observando-se que 80% (n = 244) foram relacionadas a afecções presentes no capítulo I, seguida do capitulo IX, com 10,4% (n = 32), e do capítulo XVIII, responsável por 4,2% (n = 13) das amputações. Os demais capítulos do CID-10 apresentaram menores percentuais.

Neste estudo, 96,4% (n = 264) das amputações foram realizadas em pacientes admitidos na urgência do hospital. Entre os amputados, a maioria obteve melhora com alta (69,7%; n = 191), e uma parcela considerável foi a óbito (21,9%; n = 60) (Tabela 3).

Tabela 3
Distribuição dos pacientes de acordo com as características da internação do estudo. Recife (PE), Brasil, 2019.

Os óbitos foram predominantemente relacionados a amputações não traumáticas e em MMII. Entre os pacientes que sofreram amputação de MMII e vieram a óbito, predominaram pessoas idosas na faixa etária de 60 a 90 anos (76%; n = 44), do sexo feminino (55%; n = 32), e submetidas a uma amputação (91%; n = 53). Além disso, grande parte dos óbitos ocorreu dentro de um mês (30 dias) após a amputação, tanto em amputações em membros inferiores (58%; n = 34) como superiores (100%; n = 2) (Tabela 4).

Tabela 4
Caracterização dos óbitos de acordo com o nível das amputações do estudo. Recife (PE), Brasil, 2019.

Quanto ao tempo de internação, a maioria dos pacientes submetidos a amputações ficaram internados de 11 a 25 dias (32,1%; n = 88), e alguns ultrapassaram 100 dias de internação (Tabela 3).

DISCUSSÃO

Percebeu-se que a maioria dos pacientes submetidos a amputação eram idosos, resultado semelhante ao de estudos anteriores sobre amputação, principalmente amputação não traumática33 Jesus-Silva SG, Oliveira JP, Brianezi MHC, Silva MAM, Krupa AE, Cardoso RS. Análise dos fatores de risco relacionados às amputações maiores e menores de membros inferiores em hospital terciário. J Vasc Bras. 2017;16(1):16-22. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008916. PMid:29930618.
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,99 Borges AMF, Vargas MAO, Schoeller SD, Kinoshita EY, Ramos FRS, Lima DKS. Cirurgias de amputação realizadas em hospitais públicos de referência. Rev Enferm UFPE online. 2015;9(Supl.):9053-61.,1010 Leandro GS, Parolim SC, Moro CMC, Carvalho DR. Mineração de dados na avaliação de óbitos após cirurgia de amputação. J Vasc Bras. 2018;17(1):10-8. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008317. PMid:29930676.
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.

Neste estudo, a maioria dos pacientes submetidos a amputações eram do sexo masculino, o que pode ser explicado pelo fato de os homens serem mais relutantes em procurar assistência à saúde, ficarem mais expostos a situações de risco e negligenciarem mais seus cuidados com a saúde1111 Lemos AP, Ribeiro C, Fernandes J, Bernardes K, Fernandes R. Saúde do homem: os motivos da procura dos homens pelo serviço de saúde. Revenferm UFPE online. 2017;11(Supl. 11):4546-53..

Um estudo estadunidense mostrou que os homens são mais propensos a se submeterem a amputações em MMII e sugere que as mulheres têm maiores taxas de mortalidade associadas com essas amputações, ambas caracteristicas encontradas neste estudo. A pesquisa acima também apontou que os homens são mais propensos a terem pé diabético, fazerem uso do cigarro e apresentarem neuropatia periférica, tendo quase o dobro de chances de apresentar neuropatia insensível do que as mulheres. Fatores hormonais e a altura dos homens são citados como possíveis fatores influenciadores1212 Peek ME. Gender differences in diabetes-related lower extremity amputations. Clin Orthop Relat Res. 2011;469(7):1951-5. http://dx.doi.org/10.1007/s11999-010-1735-4. PMid:21161738.
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.

A maioria dos pacientes foi submetida a uma amputação, porém na maioria das vezes envolvendo grande parte do membro, um indicativo de que o estado do membro estava altamente afetado, com irreversibilidade do caso. Surge então o questionamento se são as pessoas que estão procurando o serviço de saúde tardiamente ou se o sistema de saúde não está conseguindo evitar a piora do quadro clínico a tempo de salvar a maior parte do membro possível.

Em relação ao número de amputações, um mesmo paciente passou por três amputações, começando pela retirada do menor nível possível. Esse dado pode ser elucidado tendo em vista que a decisão pela amputação deve sempre ser trabalhada em cima de um contexto e considerar todas as outras medidas possíveis, para garantir uma melhor qualidade de vida e funcionalidade dos membros. Assim, o nível de amputação é considerado antes do procedimento no intuito de preservar o máximo de membro possível e garantir um bom processo de cicatrização, uma cobertura adequada da pele e a preservação da sensibilidade no local – no entanto, isso nem sempre é possível, sendo necessário aumentar o nível da amputação, que foi o que ocorreu com alguns dos pacientes desse estudo22 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção a pessoa amputada. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. 36 p..

A esse respeito, no estudo de Thorud et al.1313 Thorud JC, Jupiter DC, Lorenzana J, Nguyen TT, Shibuya N. Reoperation and reamputation after transmetatarsal amputation: a systematic review and meta-analysis. J Foot Ankle Surg. 2016;55(5):1007-12. http://dx.doi.org/10.1053/j.jfas.2016.05.011. PMid:27475711.
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a taxa de reamputação foi estimada em 28,37% dos pacientes submetidos a amputações transmetatarsais, enquanto que neste estudo a taxa de reamputação foi de 17,1%. Embora essa taxa seja inferior à do estudo citado, ressalta-se que no presente estudo a maioria dos pacientes foi submetido a amputação de MMII a níveis proximais, considerada uma amputação maior, pois o membro estava altamente comprometido, não havendo chances de reamputação.

Nessa mesma linha, outro estudo apontou fatores associados a readimissões e reamputações de pacientes, tais como internação eletiva, doença arterial periférica, insuficiência renal crônica, infecção e isquemia, e observou que a comorbidade do paciente influencia diretamente o risco de readmissão do paciente, bem como o risco de reamputação e mortalidade1414 Beaulieu RJ, Grimm JC, Lyu H, Abularrage CJ, Perler BA. Rates and predictors of readmission after minor lower extremity amputations. J Vasc Surg. 2015;62(1):101-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvs.2015.02.021. PMid:25827965.
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A maior taxa de amputações em MMII em relação a membros superiores pode ser observada nos diferentes estudos sobre o tema11 Reis G, Adroaldo-junior JC, Campos RS. Perfil epidemiológico de amputados de membros superiores e inferiores atendidos em um centro de referência. Rev Eletronica Saude e Ciencia. 2012 [citado 2018 fev 13];2(2):52-62. https://rescceafi.com.br/vol2/n2/Gleycykely-dos-Reis-52-62.pdf
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,22 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção a pessoa amputada. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. 36 p.,1010 Leandro GS, Parolim SC, Moro CMC, Carvalho DR. Mineração de dados na avaliação de óbitos após cirurgia de amputação. J Vasc Bras. 2018;17(1):10-8. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008317. PMid:29930676.
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,1515 Borges WR. Fatores de risco para amputação em pacientes com isquemia crítica crônica dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2017;16(2):180-1.. As amputações em membros superiores, principalmente as de maior extensão, atingem com mais frequência adultos jovens, do sexo masculino e em idade produtiva, e costumam ser decorrentes de trauma contuso causado por acidentes de trabalho, automobilísticos e com projéteis1616 Santos DOLF, Assis PHC, Gouvea RM, et al. Amputação traumática e lesões graves de membros superiores. Rev Med Minas Gerais. 2011;21(4, Supl. 6):73-6.. Diferentemente, as amputações em MMII atingem mais idosos e estão relacionadas em grande parte a causas não traumáticas, como DM e doenças vasculares33 Jesus-Silva SG, Oliveira JP, Brianezi MHC, Silva MAM, Krupa AE, Cardoso RS. Análise dos fatores de risco relacionados às amputações maiores e menores de membros inferiores em hospital terciário. J Vasc Bras. 2017;16(1):16-22. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008916. PMid:29930618.
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,1010 Leandro GS, Parolim SC, Moro CMC, Carvalho DR. Mineração de dados na avaliação de óbitos após cirurgia de amputação. J Vasc Bras. 2018;17(1):10-8. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008317. PMid:29930676.
http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.0083...
,1717 Montiel A, Vargas MA, Leal SM. Caracterização de pessoas submetidas à amputação. Enfermagem em Foco. 2012;3(4):169-73. http://dx.doi.org/10.21675/2357-707X.2012.v3.n4.377.
http://dx.doi.org/10.21675/2357-707X.201...
,1818 Chamlian TR, Varanda RR, Pereira CL, Resende JM, Faria CC. Perfil epidemiológico dos pacientes amputados de membros inferiores atendidos no Lar Escola São Franciscoentre 2006 e 2012. Acta Fisiatr. 2013;20(4):219-23. http://dx.doi.org/10.5935/0104-7795.20130036.
http://dx.doi.org/10.5935/0104-7795.2013...
. Neste estudo, observou-se que amputações em membros superiores representavam um percentual bem menor em relação às de MMII, além de atingirem uma faixa etária mais jovem e serem decorrente majoritariamente de eventos traumáticos.

No Brasil, dados do SIH-SUS mostram uma tendência crescente no número de amputações, aumentando de aproximadamente 42 mil amputações em 2010 para mais de 55 mil em 2017. Quanto ao nível de amputação, o sistema mostrou prevalência das amputações de MMII ao longo dos anos, uma perda que acarreta altos custos, tempo de internação prolongado, necessidade de reabilitação, diminuição na qualidade de vida, entre outros66 Departamento de Informática do SUS – DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2019 [citado 2018 fev 13]. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/qiuf.def
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi....
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Sobre esse assunto, existem estudos indicando que a incidência de amputações maiores pode estar mais relacionada a causas vasculares, por conta da doença aterosclerótica e DM33 Jesus-Silva SG, Oliveira JP, Brianezi MHC, Silva MAM, Krupa AE, Cardoso RS. Análise dos fatores de risco relacionados às amputações maiores e menores de membros inferiores em hospital terciário. J Vasc Bras. 2017;16(1):16-22. http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.008916. PMid:29930618.
http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.0089...
. Estudo de Borges1515 Borges WR. Fatores de risco para amputação em pacientes com isquemia crítica crônica dos membros inferiores. J Vasc Bras. 2017;16(2):180-1. em pacientes com isquemia crônica dos MMII apontou que os fatores de risco para amputações maiores mais encontrados foram doença renal crônica, doença arterial coronariana, DM descontrolado, aneurisma arterial, amputação prévia e falta de atendimento na atenção básica.

Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), pacientes diabéticos têm 15 a 30 vezes mais chances de sofrerem amputação em MMII em comparação a pacientes não diabéticos e são responsáveis por 80% das amputações não traumáticas, com uma incidência de 50-90/10.000 pacientes com DM por ano. A SBACV também salienta que 25% dos pacientes diabéticos terão em algum momento da vida úlcera em MMII, sendo que 50% dessas úlceras se tornarão infectadas e 20% terão como desfecho a amputação1919 Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – SBACV. Estimativas SBACV. São Paulo: SBACV; 2018 [citado 2018 fev 13]. http://www.sbacv.com.br/imprensa/estimativas/
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.

Deve-se pensar em como evitar que uma pessoa, mesmo inserida em um sistema com vários níveis de complexidade de assistência e com redes de atenção a saúde para garantir um cuidado integral, tenha que no final ser submetida a um procedimento de amputação de um membro.

Destaca-se que a gangrena foi considerada como a causa da maioria das amputações, estando presente no capítulo I da CID-1088 Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português – CBCD. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10. Vol. 1, 10. ed. In: Departamento de Informática do SUS – DATASUS. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo; 2008 [citado 15 jan 2019]. http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/ci...
. Entretanto, não foi possível relacionar doença/causa/comorbidades, porque não havia o registro de informações dos prontuários. No que se refere à gangrena, esta foi considerada como causa tanto nas amputações relacionadas a afecções clínicas como nas amputações traumáticas, sendo as gangrenas úmida e gasosa as mais prevalentes.

É importante destacar que a gangrena é muito frequente em pacientes que apresentam DM, sendo 100 vezes mais comum nesses pacientes do que na população em geral, pois a DM induz a hipercolesterolemia, a qual aumenta o risco de aterosclerose e consequentemente de gangrena nas extremidades. Todavia, as lesões traumáticas e cirúrgicas também podem causar gangrena, principalmente a gangrena gasosa, por aumentarem o risco de contaminação bacteriana2020 Kumar V, Abbas AK, Aster JC. Robbins & Cotran Patologia. Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2010..

Considerando que a maioria das amputações foi de MMII e, como elucidado anteriormente, com o membro em alto grau de comprometimento, houve uma maior quantidade de atendimentos de urgência. Sobre isso, estudo realizado por Prin et al.2121 Prin M, Guglielminotti J, Mtalimanja O, Li G, Charles A. Emergency-to-elective surgery ratio: a global indicator of access to surgical care. World J Surg. 2018;42(7):1971-80. http://dx.doi.org/10.1007/s00268-017-4415-7. PMid:29270649.
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mostrou o quão desproporcionais são os números de cirurgias de urgência comparadas com as cirurgias eletivas em diferentes regiões do mundo, tais como África subsaariana, Estados Unidos e países europeus. Os países em desenvolvimento têm muito mais dificuldades de acesso à assistência a saúde, enquanto em nações de alta renda essa assistência é mais adequada e o número de cirurgias de emergência bem menor.

As altas taxas de mortalidade associadas às cirurgias de emergências, em comparação às cirurgias eletivas, mostram como a presença de um sistema de saúde organizado tem grande influência nos desfechos pós-operatórios. Para isso, é importante conhecer os pacientes de maior risco e realizar um tratamento precoce das complicações. Porém, alguns fatores acabam dificultando esse processo, como grande número de pacientes, presença de uma equipe de enfermagem que não consegue atender toda a demanda, falhas na comunicação e ausência de escalonamento de risco2222 Stahlschmidt A, Novelo B, Freitas LA, et al. Predictors of in-hospital mortality in patients undergoing elective surgery in a university hospital: a prospective cohort. Rev Bras Anestesiol. 2018;68(5):492-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2018.04.001. PMid:29776670.
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.

Este estudo mostrou considerável número de pacientes que receberam alta após o procedimento; porém, como refere o estudo de Rolim et al.2323 Rolim D, Sampaio S, Gonçalves-Dias P, Almeida P, Almeida-Lopes J, Teixeira JF. Mortalidade depois da amputação. Angiol Cir Vasc. 2015;11(3):166-70. http://dx.doi.org/10.1016/j.ancv.2015.06.001.
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a taxa de mortalidade, principalmente após amputação de MMII, é muito alta. No estudo acima, a taxa de mortalidade global aumentou aos 30, 90, 365 dias e aos 5 anos após a amputação, chegando a 12%, 23%%, 33% e 59%, respectivamente. Os autores do estudo destacaram que, quanto maior o nível da amputação, maior a taxa de mortalidade; além disso, associaram seus resultados ao crescente processo de envelhecimento, ao aumento do número de comorbidades e ao comprometimento na recuperação do membro.

Quanto ao tempo de internação, este varia de acordo com o tipo de amputação (traumática e não traumática), idade dos pacientes, complicações pós-cirúrgicas, logística hospitalar, entre outros fatores. No estudo de Senefonte et al.55 Senefonte FRA, Rosa GRPS, Comparin ML, et al. Amputação primária no trauma: perfil de um hospital da região centro-oeste do Brasil. J Vasc Bras. 2012;11(4):269-76. http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000400004.
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, a média do tempo de internação foi de 23,7±7,8 dias, contrastando com o estudo de Bortoletto et al.2424 Bortoletto MSS, Viude DF, Haddad MCL, Karino ME. Caracterização dos portadores de diabetes submetidos à amputação de membros inferiores em Londrina, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Health Sciences. 2010;32(2):205-13. http://dx.doi.org/10.4025/actascihealthsci.v32i2.7754.
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, no qual o tempo de internação variou de 3 a 50 dias. Todavia, em estudos como o de Oliveira et al.2525 Oliveira JDC, Taquary SAS, Barbosa ADM, Veronesi RJB. Pé diabético e amputações em pessoas internadas em hospital público: estudo transversal. ABCS Health Sci. 2016;41(1):34-9. http://dx.doi.org/10.7322/abcshs.v41i1.843.
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, o tempo de hospitalização dos pacientes que amputaram variou de 7 a 157 dias, resultado semelhante ao do presente estudo.

Os dados apresentados nesta pesquisa são alarmantes, principalmente ao se considerar que muitas das amputações poderiam ter sido evitadas se ações de saúde fossem fortalecidas muito antes do desenvolvimento do problema de saúde ou de modo a evitar um grande comprometimento irreversível. Percebe-se, portanto, que a integralidade no cuidar está perto no papel, mas ainda longe da realidade.

Assim, destaca-se a importância do rastreio, detecção precoce, cuidados vasculares melhorados e uma política de revascularização otimizada no país, para que efetivamente tenhamos uma saúde de qualidade. Este estudo possibilitou uma visão sobre o panorama das amputações na região e pode subsidiar ações de melhorias para a população, favorecendo assim uma possível redução no número de amputações e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

O estudo possibilitou o conhecimento e a análise de muitas informações relevantes tanto para a instituição onde foi realizada a pesquisa como para a promoção do conhecimento sobre amputações. Porém, apresentou algumas limitações, incluindo insuficiência de dados e ausência de mais variáveis a serem estudadas, tais como custos, escolaridade, presença de doenças crônicas, tempo de diagnostico e histórico de amputação prévia. A falta de melhor organização dos dados sobre amputação nos registros do hospital também dificultou a pesquisa, causando perdas, bem como a indisponibilidade de serviços de notificação, não sendo possível ter conhecimento sobre a sobrevida após a alta, e uma logística que impossibilitou maior tempo para a pesquisa e para a coleta.

Em conclusão, o estudo revelou que, dos 328 procedimentos realizados, o número de amputações em MMII foi o mais elevado, estando as amputações presentes, sobretudo, no grupo etário de 60 a 90 anos e em homens. Houve predominância de amputações maiores, pacientes submetidos a uma única amputação, amputações não traumáticas e atendimentos de urgência. O tempo da internação mais frequente foi o de 11-25 dias, a maioria dos pacientes recebeu alta hospitalar, e uma parte foi a óbito, sobretudo pacientes idosos, do gênero feminino, e submetidos a amputações em MMII. A formação de gangrena foi o principal motivo que levou à amputação.

Levando-se em consideração os fatos mencionados, o estudo buscou alertar sobre a incidência de amputações no país, considerando como isso pode afetar o indivíduo amputado. Ao focar a atenção e o cuidado na prevenção das amputações, os ganhos serão para as ambas as partes. A atenção básica deve ser preparada para o rastreio e a detecção precoce de indivíduos que apresentem problemas de saúde com grandes chances de uma futura amputação, além de proporcionar ao paciente uma via de referência para receber os cuidados adequados, principalmente vasculares.

  • Como citar: Souza YP, Santos ACO, Albuquerque LC. Caracterização das pessoas amputadas de um hospital de grande porte em Recife (PE, Brasil). J Vasc Bras. 2019;18: e20190064. https://doi.org/10.1590/1677-5449.190064
  • Fonte de financiamento: Nenhuma.
  • O estudo foi realizado no Hospital Getúlio Vargas, Recife, PE, Brasil.

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Disponibilidade de dados

Citações de dados

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Nov 2019
  • Data do Fascículo
    2019

Histórico

  • Recebido
    04 Maio 2019
  • Aceito
    12 Ago 2019
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