RESUMO
Este artigo tem dois objetivos: primeiramente, pretende-se articular teses que são frequentemente avaliadas independentemente, mostrando com isso que uma versão robusta do disjuntivismo epistemológico sobre conhecimento perceptual implica uma concepção transformativa da racionalidade. Uma consequência disso é que indivíduos em cenários céticos não poderiam entreter pensamentos racionais sobre o ambiente em que habitam, pois eles não possuiriam estados perceptuais. Em segundo lugar, argumenta-se que a consequência delineada acima não é uma razão suficiente para rejeitar o disjuntivismo tal como apresentado. Esse argumento depende da avaliação de atribuições de racionalidade a indivíduos em casos plausíveis de ilusão e em alguns casos clínicos de alucinação.
Palavras-chave
Cenários céticos; Disjuntivismo; Conceitualismo; Racionalidade; Alucinação; Ilusão