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Regularity and counterfactuality in Hume's treatment of causation

Das diversas teorias da causação existentes em nossos dias, Hume pode ser considerado o precursor de duas das mais influentes e aceitas: a teoria regularista, formulada claramente pela primeira vez por Thomas Brown, em 1822, e a teoria contrafatualista, proposta por David Lewis em 1973. Depois de um breve resumo dos méritos e dificuldades comparativos dessas duas perspectivas, passo a examinar se o tratamento de Hume da causação corresponde, na verdade a algum deles. Mostro que a sua primeira definição de causa, juntamente com suas regras para julgar sobre as causas e efeitos, contém elementos que, devidamente desenvolvidos, permitem-nos abordar com sucesso algumas dificuldades tradicionais da visão de regularista da causação sem recorrer aos recursos conceituais empregados na abordagem contrafatualista. Podemos, portanto, classificar corretamente Hume como um defensor da maneira de conceber a causação como regularidade, observando, porém, que o principal objetivo de sua pesquisa e definições do conceito foi o de fornecer, não tanto uma análise de causação, como tal, mas da causação tal como nós a apreendemos, como nossa capacidade de fazer inferências causais e refiná-las para alcançar os raciocínios causais mais sofisticados que são necessárias nas questões teóricas e práticas da vida.

Causalidade; Teoria regularista da causação; Contrafatualidade


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