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Da semiórica das paixões às emoções como efeitos: a dimensão afetiva vista de uma perspectiva pragmatista

Nesta comunicação pretend-se retomar a discussão sobre a afetividade como objeto da semiótica para começar a retraçar o caminho, partindo de uma sociossemiótica das emoções, de raiz peirciana. Para tanto, abordar-se-á o papel que este paradigma atribui ao corporal na cognição e que marca uma distância importante relativamente à tradição estruturalista. Após uma breve análise das relações que se estabelecem entre interpretantes afetivos e lógicos, pretende-se esboçar uma hipótese sobre as emoções como efeitos de sentido: sustenta-se que o que conhecemos como emoções seria um tipo particular de signos que se caracteriza por uma relevância que adquirem neles os interpretantes afetivos. Introduzir-se-á logo o leitor na distinção entre emoções e sentimentos para dirigir a discussão para o modo como a construção discursiva desses sentimentos pode incidir na produção, controle ou modificação das regras que regulam a produção emocional em uma comunidade dada.

Interpretantes afetivos; Sentimentos; Culturas afetivas; Paixões; Cognição


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