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Apresentação

Presentation

APRESENTAÇÃO PRESENTATION

Financiamento CNPq e CAPES. A revista Linguagem e (Dis)curso conta, para as três edições de 2012, com financiamento do CNPq e da CAPES, obtido por meio do Edital 15/2011.

Esta edição traz a contribuição de quinze pesquisadores, em oito artigos de pesquisa e um ensaio. O primeiro artigo, intitulado Novas narrativas do contemporâneo: uma análise crítica do discurso do movimento slow, de Anna Elizabeth Balocco, com respaldo na Análise Crítica do Discurso, tematiza o fenômeno da aceleração temporal nas novas narrativas do contemporâneo na mídia. Em contraponto, a autora busca as manifestações do discurso do movimento slow e suas possibilidades de emergência, como atitude crítica à cultura da aceleração. Em seguida, o artigo Nas fissuras dos cadernos encardidos: o bordado testemunhal de Carolina Maria de Jesus, de Fabiana Rodrigues Carrijo e João Bôsco Cabral dos Santos, com apoio na Análise de Discurso francesa, procura mostrar os efeitos sociais de um discurso literário dito incanônico – o de Carolina Maria de Jesus em Quarto de despejo – diário de uma favelada –, buscando aí as manifestações de construção subjetiva nesse “bordado testemunhal”. O texto de Viviane de Melo Resende, Representação discursiva de pessoas em situação de rua no “Caderno Brasília”: naturalização e expurgo do outro, pelo olhar da Análise de Discurso Crítica, propõe uma análise discursiva da representação de pessoas em situação de rua, bem como, com base no Sistema de Transitividade, investiga as formas de ocorrência nas sequências discursivas em que o grupo é representado, mostrando a naturalização dessas representações. Carlos Alexandre Molina Noccioli e Cristiane Cataldi dos Santos Paes propõem uma análise do discurso da divulgação científica em Por que os homens têm peitos? A recontextualização do discurso sobre ciência na Superinteressante. O objetivo é examinar o processo de recontextualização do discurso científico para o discurso de vulgarização. Os autores utilizam ainda a Teoria das Representações Sociais para investigar representações sobre um tema considerado tabu. No artigo seguinte, de Vilson J. Leffa e Gabriela Q. Marzari, com o título Design da página interativa na perspectiva da Semiótica Social, com orientação da Linguística Aplicada, o objetivo é focalizar a página digital como espaço de interação que pode propiciar a aprendizagem. Para o estudo, os autores fazem um retrospecto, partindo da página impressa tradicional, passando pela página digital até sua especificação em página digital interativa, apresentando seus recursos para o ensino de línguas. O texto de Vidomar Silva Filho e Rosângela Hammes Rodrigues, na sequência – Letramento e construção de identidade na terceira idade: um estudo de caso – privilegia o letramento, no campo literário, de uma mulher idosa com baixa escolaridade formal e conta uma história de construção paulatina da identidade autoral. Em Das batalhas identitárias às práticas de liberdade: histórias de vida de uma professora negra, Marluce Pereira da Silva, Carmen Brunelli de Moura e Francisca Maria de Souza Ramos Lopes trazem como objeto de estudo a produção de sentidos na autonarrativa de uma professora negra. Com o apoio de noções oriundas de Foucault, da Análise de Discurso francesa e de aportes teóricos sobre cultura (estudos étnico-raciais, identitários), as autoras refletem, nessa história de vida, sobre escolhas relativas a liberdade e segurança. Fechando os artigos, Ernani Cesar de Freitas e Débora Facin propõem um estudo enunciativo, a partir de Benveniste: Análise enunciativa de Canto para minha morte, de Raul Seixas, em que, trabalhando marcas de intersubjetividade na letra da canção, procuram mostrar a construção progressiva de sentidos sobre a morte. Por fim, o ensaio de Carla Macedo Martins, Para uma crítica da economia linguística: o apagamento da ontologia social da língua e do sujeito-falante a partir de Locke, apresenta uma reflexão sobre certas dicotomias presentes no mundo contemporâneo – refletindo o universalismo ou a diversidade –, tematizando, dessa problemática, uma crítica da economia linguística, pela investigação da produção histórica das noções de língua e de sujeito falante. Ela realiza o intento por intermédio do pensamento de Locke, procurando mostrar o poder discursivo das ciências e a relevância da crítica a esse poder.

Boa leitura a todos!

Fábio José Rauen

Maria Marta Furlanetto

Editores

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Set 2012
  • Data do Fascículo
    Ago 2012
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