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Uma história de outros regressos: a comunidade lusófona e as fronteiras do império1 1 Este artigo é resultado parcial do projeto Transatlântico: diásporas, fronteiras e interidentidades nas literaturas de língua portuguesa, financiado pela CAPES por meio de uma bolsa PNPD e desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas.

A history of others returns: the Lusophone Community and the borders of the empire

Resumo:

Neste artigo, pretendemos analisar algumas marcas do hipercontemporâneo nas literaturas de língua portuguesa. Para isso, tomamos a ideia do contemporâneo enquanto as “trevas de nosso tempo”, formulada por Giorgio Agamben. Nesse sentido, defendemos que as “trevas de nosso tempo” são os problemas relacionados às travessias identitárias das fronteiras da modernidade. Desse modo, analisaremos as obras Estive em Lisboa e lembrei de você, do brasileiro Luiz Ruffato, e O meu nome é Legião, do português Lobo Antunes, as quais representam a questão do imigrante brasileiro e africano em Portugal. Como aporte teórico, utilizaremos conceitos de Homi Bhabha, Stuart Hall, Edward Saïd, João Guimarães Rosa, Boaventura de Sousa Santos e Margarida Calafate Ribeiro. Os resultados apontam que uma hipercontemporaneidade na comunidade lusófona está extremamente relacionada à questão colonial, uma vez que marcas identitárias (língua, nacionalidade, classe social, gênero, religiosidade) são impostas ou reivindicadas a partir das fronteiras que perduram do império.

Palavras-chave:
Hipercontemporâneo; Imigração; Império

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