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Fragmentação e engajamento em Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato

Resumo:

Esse artigo – que introduz o escritor Luiz Ruffato e seu romance Eles eram muitos cavalos a um público francófono – parte do princípio que o autor emprega estratégias literárias pós-modernistas sem abrir mão de uma literatura empenhada com os problemas sociais do Brasil. Ruffato seria, portanto, exemplar de um engajamento autenticamente pós-moderno, contrariando teóricos marxistas, como Frederic Jameson e Terry Eagleton, que veem no pós-modernismo o fim de todas ideologias. Começaremos por analisar as múltiplas formas de fragmentação do texto que constituem, para Ruffato, uma estratégia de denúncia social. A seguir, veremos como as diferentes perspectivas narrativas adotadas em certos fragmentos do romance permitem situar a figura do autor em relação a seus personagens e, desse modo, enunciar a ética ruffatiana.

Palavras-chave:
Luiz Ruffato; Eles eram muitos cavalos; Fragmentação; Engajamento; Pósmodernismo

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