Apresentação
Vinte anos de atividade do CEDEC, é o que registramos logo de saída neste número. Mas, lembrada essa trajetória, vamos à nossa temática: o tratamento de problemas de governo (na entrevista de Brasílio Sallum Jr. com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, no artigo de Cláudio Gonçalves Couto, e também, numa certa medida, no artigo de Leonardo Avritzer, sem falar no texto militante mas voltado para questões que abrangem toda a temática deste número de Luiz Carlos Bresser Pereira) associado ao exame de questões básicas sobre direitos (nos artigos de Boaventura Souza Santos e de Álvaro de Vita, nos quais é possível discernir um diálogo, ainda que implícito porque foram escritos de modo independente) e sobre a aplicação de critérios de justiça na avaliação de políticas (de modo explícito no artigo de Angelina Cheibub Figueiredo). Além disso tudo, um bônus, referente a um dos temas de debate centrais de Lua Nova, que é o das condições de construção e de efetivação de uma ordem democrática: o artigo de Tulio Kahn, que deixará preocupado quem aceita a idéia de que uma certa apatia política pode ser benéfica para a estabilidade democrática, já que se manifestaria especialmente entre os segmentos mais autoritários da sociedade.
TAMBÉM ERRAMOS
Quem disse que Lua Nova não faz uso do seu direito de errar? Mas também não precisaríamos fazer como fizemos no nosso último número. Nele, além de grafar errado o nome de um grande clássico em pleno título, conseguimos mais isto: (1) no artigo de Maria Victoria Benevides, "Educação para a democracia", simplesmente omitimos a informação de que se trata de texto baseado em prova pública realizada no concurso no qual ela vinha de conquistar o título de Professora Titular na Faculdade de Educação da USP. (2) Pior ainda: no artigo de Venício A. de Lima, "Os mídia e o Cenário de Representação Política", conseguimos introduzir uma imprecisão conceituai em texto todo voltado para a apresentação e discussão de um conceito específico (o CR-P) no estudo dos processos comunicativos na sociedade. Fizemos isso ao substituir, na página 240, o conceito de cultura política, a que o texto explicitamente se referia, pelo de hegemonia, que não tinha lugar nesse ponto. Aos nossos autores e leitores, nossos pedidos de desculpas.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
19 Nov 2010 -
Data do Fascículo
1997
