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Rabeando as Ondas: o localismo do surf na praia de Patos (Galícia)

Resumo

Nas praias de surf surge um conflito chamado localismo, baseado na territorialização inscrita por certos surfistas no espaço costeiro. Isto deriva de ações violentas baseadas no sentimento de pertencimento, que visam preservar o privilégio de surfar as ondas do lugar. Neste artigo, abordamos etnograficamente o localismo no surf através do estudo de caso da praia de Patos (Galícia). Rastreamos o conflito e analisamos as relações de poder entre dois grupos de surfistas: os locais e os comuns. Concluímos que o localismo opera tanto como um processo de dominação, atormentado por jogos de representação, quanto como resistência, apresentando-se como um mecanismo de conservação e regulação do meio ambiente erguido pela comunidade surfista. Diante da moda e da globalização do surf, dominada pelo crowding ou massificação das praias, o localismo revela uma estratégia informal de distribuição das ondas.

Palavras-chave:
Localismo; Surf; Galícia; Etnografia; Relações de poder

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