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POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA AS DEFICIÊNCIAS DA ESCALA DE YALE-BROWN PARA AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

RESUMO

OBJETIVO:

A escala de Yale-Brown para avaliação do transtorno obsessivo-compulsivo é o instrumento mais utilizado para medir a gravidade desse transtorno. Descrevemos as deficiências dessa escala e propomos novos métodos de cálculo dos escores para avaliação de gravidade e resposta ao tratamento.

MÉTODO:

Os escores totais e subtotais da escala de Yale-Brown foram recuperados de um banco de dados de um estudo transversal com informações sobre 1.000 pacientes com transtorno obsessivo-compulsivos atendidos em sete centros especializados em saúde mental. Foram acrescentados os dados longitudinais de 155 pacientes participantes de um ensaio clínico de 12 semanas que avaliou a eficácia da fluoxetina ou da terapia cognitivo-comportamental como opções de tratamento de primeira linha. Todos os pacientes foram acompanhados por um médico que forneceu um parecer clínico de melhora. Nem os pacientes nem os médicos estavam conscientes das classificações propostas neste estudo. Novos métodos para avaliar os escores de gravidade foram comparados com o parecer clínico de melhora.

RESULTADOS:

Na escala obsessivo-compulsiva Yale-Brown, a soma de sub-escalas para compor a pontuação total não reflete com precisão a gravidade clínica. Além disso, a redução da pontuação com o tratamento, normalmente, não atinge o valor zero em qualquer das sub-escalas. Para superar esses problemas, sugerimos (a) o uso da pontuação máxima de qualquer das sub-escalas antes do tratamento; (b) o uso de um score mínimo de 4 em cada sub-escala ou um escore mínimo de 5 como o máximo de qualquer das sub-escalas como a meta para o pós-tratamento. Os novos métodos propostos tiveram melhor desempenho do que os tradicionais quanto a sensibilidade e especificidade contra o padrão ouro representado pelo parecer clínico de melhora.

CONCLUSÃO:

Os novos critérios propostos são coerentes com o parecer clínico de melhora e desempenham melhor do que a metodologia tradicional.

UNITERMOS:
transtorno obsessivo/compulsivo; ensaios clínicos; avaliação; instrumentos

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