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CONTRIBUIÇÃO DA MORFOMETRIA PARA O ESTUDO DAS INUNDAÇÕES NA SUB-BACIA DO RIO LUÍS ALVES/SC

contribution of morphometry to flood studies in the Luís Alves Basin/SC, Brazil

Resumo

As inundações em bacias hidrográficas podem ser condicionadas por fatores naturais e/ou antrópicos. Uma vez que os parâmetros morfométricos são respostas ao regime hidrológico e expressam condições geológico-geomorfológicas das bacias hidrográficas, a morfometria se apresenta como metodologia útil na investigação da suscetibilidade ao desenvolvimento de inundações, especialmente quando dados hidrológicos não estão disponíveis. Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados dados disponíveis nas bases cartográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), escala 1:50.000 e imagem CBERS (2010). Tributário do rio Itajaí-Açu, o rio Luís Alves apresenta 6a ordem de grandeza na hierarquia fluvial de Strahler, drenando uma área de 582,00 Km2 situada sob um regime de precipitação anual de 1800 mm. Os índices morfométricos que indicam suscetibilidade à inundação são a área da bacia, densidade de drenagem, densidade hidrográfica, relação de bifurcação, textura topográfica, frequência de canais de 1ª ordem, comprimento médio dos canais de primeira ordem e hierarquia fluvial. Os parâmetros índice de circularidade, coeficiente de compacidade, fator de forma e índice de forma - importantes na determinação da suscetibilidade à inundação - apontaram tendência mediana em relação às inundações.

Palavras-chave:
Bacia hidrográfica; Inundação; Desastre; Morfometria; Luís Alves

Abstract

Floods in watersheds can be caused by natural and/or anthropogenic factors. Since morphometric parameters are responses to hydrologic regime and express geological-geomorphological conditions, the morphometric methodology is useful in the investigation of the possibility of floods development, especially when hydrological data is not available. To develop this studydata from the Brazilian Institute of Geography and Statistics - IBGE were used on 1:50.000 scale, and CBERS image (2010).The Luís Alves River is confluent of Itajaí River and presents 6th grade of magnitude on Strahler´s Stream Order, draining an area of 582.00 km2and it is situated under a 1800 mm regime of annual precipitation. The morphometric parameters that indicate susceptibility to flooding are the basin area, drainage density, hydrographic density, bifurcation ratio, topographic texture, 1st order stream frequency, average length of first-order channels and stream order. The parameters circularity indexes, compactness coefficient, form factor and shape index, important in determining susceptibility to flooding pointed middle tendency in relation to flooding

Key words:
Watershed, Flood; Disaster; Morphometry; Luís Alves

Resumen

Las inundaciones en cuencas hidrográficas pueden estar condicionadas por factores naturales y/o antropogénicos. Puesto que los parámetros de morfometría son respuestas al régimen hidrológico y expresan las condiciones geológicas y geomorfológicas de la cuenca, la morfometría se presenta como una metodología de provecho en la investigación de la susceptibilidad a la evolución de inundaciones, en especial cuando los datos hidrológicos no están disponibles. Para desarrollar el estudio se utilizaron los datos cartográficos disponibles del Instituto Brasileiro de Geografía e Estatística (IBGE), escala 1:50,000 e imagen CBERS (2010). Tributario del río Itajaí-Açu, el río Luís Alves presenta magnitud 6 en la jerarquía de Strahler, drena un área de 582,00 km2 situado bajo un régimen de precipitación anual de 1800 mm. Los índices de morfometría que indican susceptibilidad a las inundaciones son el área de la cuenca, densidad de drenaje, densidad hidrográfica, relación de bifurcación, textura topográfica, la frecuencia de los canales de primer orden, la longitud media de los canales de primer orden y la jerarquía fluvial. Los parámetros índice de circularidad, coeficiente de compacidad, factor de forma e índice de forma - importantes en la determinación de la susceptibilidad a las inundaciones - indicaron tendencia mediana en relación a las inundaciones.

Palabras clave:
Cuenca hidrográfica; Inundación; Desastre; Morfometría; Luís Alves

INTRODUÇÃO

As inundações, também chamadas cheias ou enchentes, são um problema conhecido da Humanidade há milhares de anos, e já no mundo antigo os egípcio aprenderam a monitorar e se beneficiar das cheias do rio Nilo (GILLINGS, 2010GILLINGS, A. RENOUF, J. How Earth Made Us: Water. [Filme-vídeo]. Produção de Annabel Gillings, direção de Annabel Gillings. Londres, BBC, 2010. DVD, 58 min. son.). Segundo o CEPED (2012)CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES - CEPED. Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Brasil. Florianópolis: CEPED UFSC, 2012. os registros históricos de desastres naturais no Brasil indicam as estiagens/secas e inundações bruscas/alagamentos como as tipologias mais comuns no país. As inundações bruscas e alagamentos aparecem em segundo lugar como tipologias mais recorrentes, totalizando 21% dos desastres registrados no país nas duas últimas décadas. As inundações graduais correspondem a 12% do total de desastres registrados no período mencionado, figurando em terceiro lugar.

A maioria das cidades brasileiras enfrenta problemas relacionados às enchentes e inundações, principalmente aquelas que apresentam núcleos habitacionais de baixa renda ocupando as várzeas dos rios (IPT, 2007INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT). Mapeamento de Riscos em Encostas e Margens de Rios. Celso Santos Carvalho, Eduardo Soares de Macedo, Agostinho Tadashi Ogura (org.). Brasília: Ministério das Cidades, 2007.). Do total de 70 municípios brasileiros com maior número de ocorrências entre 1991 - 2010, 34 (ou seja, em torno de 48% do total) estão situados em Santa Catarina, sendo que os sete primeiros são catarinenses (Chapecó, Canoinhas, Tangará, Concórdia, Seara, Abelardo Luz e Itá) (CEPED, 2012CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES - CEPED. Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Brasil. Florianópolis: CEPED UFSC, 2012.).

Para o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT, 2007INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT). Mapeamento de Riscos em Encostas e Margens de Rios. Celso Santos Carvalho, Eduardo Soares de Macedo, Agostinho Tadashi Ogura (org.). Brasília: Ministério das Cidades, 2007.) e Castro (2002)CASTRO, A. L. C. de (org.). Glossário de Defesa Civil, Estudos de Riscos e Medicina de Desastres. 5ª Ed. Brasília: Secretaria Nacional de Defesa Civil, Ministério da Integração Nacional, 2002., a inundação é o fenômeno que ocorre quando a vazão supera a capacidade de descarga do rio, extravasando para as áreas marginais - e que segundo Castro (2002)CASTRO, A. L. C. de (org.). Glossário de Defesa Civil, Estudos de Riscos e Medicina de Desastres. 5ª Ed. Brasília: Secretaria Nacional de Defesa Civil, Ministério da Integração Nacional, 2002. é decorrente de drenagem deficiente. Esse conceito deve ser diferenciado de enchente, que, para os autores se caracteriza pela elevação do nível da água de um rio em razão do aumento de sua vazão. Entre os fatores naturais que contribuem para o desenvolvimento ou intensificação das inundações estão àqueles relacionados com a topografia da bacia de drenagem, como o gradiente da encosta, o tipo de rede fluvial, o tamanho e forma da bacia, regime pluviométrico, além da geologia local, tipos de solos e cobertura vegetal (DÍEZ-HERRERO et al., 2009DÍEZ-HERRERO, A. LAÍN-HUERTA, L. LLORENTE, I. M. A Handbook on Flood Hazard Mapping Methodologies. Geologic Survey of Spain, 2009.). Os fatores de origem antrópica se caracterizam por intervenções diretas ou indiretas da atividade humana sobre a bacia hidrográfica, caracterizando-se por modificações na rede de drenagem, no uso e ocupação de áreas marginais aos rios, alterações da dinâmica sedimentar da bacia e balanço sedimentar costeiro (SOUZA, 2005SOUZA, C. R. de G. "Suscetibilidade Morfométrica de Bacias de Drenagem ao Desenvolvimento de Inundações em Áreas Costeiras". Revista Brasileira de Geomorfologia, ano 6, n.1. pp 45-61, 2005.).

Os eventos de inundação se fazem presentes na bacia do rio Itajaí desde os primeiros anos da colonização européia, no século XIX (FRAGA & KÖHLER, 1999FRAGA, N. C. KÖHLER, V. B. As Enchentes no Vale do Itajaí-açú, SC: das obras de contenção à indústria da enchente. Revisão bibliográfica. Boletim de Geografia v. 17, p 81-92. Maringá: 1999.), e possivelmente já eram recorrentes antes deste período, em função das características geológico-geomorfológicas e climáticas da bacia. O primeiro registro de inundação no Vale data de 1848 e é de autoria do Dr. Hermann Blumenau, sendo encontrados na literatura outros relatos e descrições de eventos que ocorreram nos anos seguintes (SANTOS, 2010SANTOS, J. S. dos. RIZZI, N. E. "Dinâmica de uso do solo da bacia hidrográfica do rio Luís Alves, sub-bacia do rio Itajaí, Santa Catarina, Brasil". Floresta, v. 40, n. 2. p. 335-344. Curitiba, abr/jun. 2010.). Desde então foram registrados 68 eventos em Blumenau entre 1850 e 2002. De acordo com dados de Frank (2003)FRANK, B. "Uma história das Enchentes e seus Ensinamentos". In: FRANK, Beate. PINHEIRO, Adilson (org.). Enchentes na Bacia do Itajaí: 20 anos de experiência. Blumenau: EDIFURB, 2003., a freqüência das enchentes situa-se em torno de uma cheia a cada 2,5 anos.

A primeira inundação registrada no município de Luís Alves data de 1880, quando 25 pessoas morreram. Com o pouco apoio governamental após o evento, muitas pessoas abandonaram a colônia. Eventos desse tipo são recorrentes no município. Somente entre 1983 e 2001 foram registrados, por meio de Formulários de Avaliação de Danos (AVADAN), oito eventos de inundação em Luís Alves (ver Quadro 1), sendo seis eventos de inundação gradual e dois de inundação brusca (HERMANN, 2005HERMANN, M. L. de P. (org.). Atlas de Desastres Naturais do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, IOESC, 2005.), o que resulta numa média de um evento para cada 2,25 anos.

Quadro 1
Ocorrência de inundação no município de Luís Alves

Em 2008, um anticiclone permaneceu estacionário sobre o oceano na região sul do Brasil, levando a formação de nuvens convectivas que resultaram em um evento de precipitação extrema nos dias 22 e 23 de novembro. De acordo com dados da Estação Pluviométrica de Blumenau, o ano de 2008 apresentou precipitação próxima ou abaixo da média em sete dos doze meses. Entretanto, em Outubro e Novembro o volume de chuvas foi maior que o dobro da média, alcançando em Novembro valores próximos a 1000 mm, ou cerca de metade da precipitação anual total (SEVERO, 2009SEVERO, D. L. "A Meteorologia do Desastre". In: FRANK, B. SEVEGNANI, L. (org.). Desastre de 2008 no Vale do Itajaí: água, gente e política. Blumenau: Agência de Água do Vale do Itajaí, 2009.). Em Blumenau foram registrados 500 mm em apenas dois dias (MATTEDI et. al., 2009MATTEDI, M. A. FRANK, B. SEVEGNANI, L. BOHN, N. "O desastre se tornou rotina...". In: FRANK, B. SEVEGNANI, L. (org.). Desastre de 2008 no Vale do Itajaí: água, gente e política. Blumenau: Agência de Água do Vale do Itajaí, 2009.). Choveu todos os dias entre 18 e 29 de Novembro, provocando inundações e enxurradas e contribuindo para o encharcamento dos solos, que desencadearam movimentos de massa em diversos locais do estado, levando 14 municípios a decretarem estado de calamidade pública e 63 a decretarem situação de emergência.

Em todo o estado foram contabilizados 135 mortos, 78.656 desabrigados e desalojados e 1,5 milhão de pessoas afetadas. Na bacia do Itajaí, as regiões do médio e baixo vale foram as mais afetadas (MATTEDI et. al., 2009MATTEDI, M. A. FRANK, B. SEVEGNANI, L. BOHN, N. "O desastre se tornou rotina...". In: FRANK, B. SEVEGNANI, L. (org.). Desastre de 2008 no Vale do Itajaí: água, gente e política. Blumenau: Agência de Água do Vale do Itajaí, 2009.), justamente onde está situado o complexo do Morro do Baú, entre os municípios de Ilhota, Gaspar e Luís Alves. Segundo Sevegnani et al. (2009: 115)SEVEGNANI, L. FRANK, B. NEGREDO, J. C. de. SOARES, M. V. KEIM, E. J. "Gente socorrendo gente". In: FRANK, B. SEVEGNANI, L. (org.). Desastre de 2008 no Vale do Itajaí: água, gente e política. Blumenau: Agência de Água do Vale do Itajaí, 2009.:

Em Luís Alves, no Baú (em Ilhota) e no Arraial (em Gaspar) as operações de resgate tiveram semelhança às executadas numa guerra, pois famílias inteiras tiveram que ser localizadas, retiradas e levadas aos abrigos pelos helicópteros, pois toda a região estava em risco máximo de escorregamento e os moradores impedidos de voltar aos seus lares ou as suas localidades durante semanas.

O Formulário de Avaliação de Danos (AVADAN) realizado pelo município de Luís Alves em 2008 descreve 100% da população do município afetada, 3.232 pessoas desalojadas, 239 desabrigadas, 4 feridas e 10 mortas. Entre as perdas materiais são citadas duas unidades de saúde, uma escola, 40 km de estradas danificadas, além de perdas na produção agropecuária do município (SEVEGNANI et al., 2009SEVEGNANI, L. FRANK, B. NEGREDO, J. C. de. SOARES, M. V. KEIM, E. J. "Gente socorrendo gente". In: FRANK, B. SEVEGNANI, L. (org.). Desastre de 2008 no Vale do Itajaí: água, gente e política. Blumenau: Agência de Água do Vale do Itajaí, 2009.). De acordo com sítio eletrônico da Defesa Civil de Santa Catarina, o município ficou durante uma semana privado de energia elétrica.

MATERIAIS E MÉTODOS

Caracterização da área de estudo

A sub-bacia hidrográfica do rio Luís Alves está situada na porção Centro-Norte da Vertente Atlântica de Santa Catarina e se constitui numa das sub-bacias do rio Itajaí (Figura 1). Possui área total de 582,00 Km2, representando 3,85% da área total da bacia do Itajaí. Esta sub-bacia drena o território dos municípios de Luís Alves, São João do Itaperiú, Barra Velha, Piçarras, Ilhota, Navegantes e Massaranduba. A foz do Rio Luís Alves está situada no baixo curso do Rio Itajaí, a aproximadamente 14 km em linha reta da costa. A amplitude altimétrica da sub-bacia é de 825 metros, variando entre 5m até 830m. Apresenta temperatura anual média de 20°C, umidade relativa do ar em torno de 85% e pluviosidade anual de 1.800 mm (SANTOS & RIZZI, 2010SANTOS, J. S. dos. RIZZI, N. E. "Dinâmica de uso do solo da bacia hidrográfica do rio Luís Alves, sub-bacia do rio Itajaí, Santa Catarina, Brasil". Floresta, v. 40, n. 2. p. 335-344. Curitiba, abr/jun. 2010.).

Figura 1
localização da sub-bacia do rio Luís Alves.

A geologia da Sub-bacia do Rio Luís Alves se apresenta extremamente complexa, ocorrendo litologias ígneas e metamórficas do embasamento cristalino, o chamado Complexo Luís Alves e que datam de aproximadamente 2.7 Ba (Arqueano), além de rochas sedimentares do Grupo Itajaí, e sedimentos recentes, principalmente cascalhos, areias, sedimentos síltico-argilosos, aluvionares e coluvionares, datados do Holoceno (AUMOND, 2006AUMOND, J. J. "Geologia e Paleoambiente". In: AUMOND, J. J. FRANK, B. (org.). Atlas da Bacia do Itajaí: Formação, Recursos Naturais e Ecossistemas. Blumenau: Edifurb, 2006 (no prelo).). A Figura 2, elaborada a partir da digitalização e vetorização do Mapa Geológico do Cráton Luís Alves (FORNARI, 2010) ilustra a diversidade de litologias presentes na área da sub-bacia.

Figura 2
Mapa Geológico da sub-bacia do rio Luís Alves.

Geomorfologicamente a sub-bacia apresenta três compartimentos distintos de relevo (ver Figura 3). As Serras do Leste Catarinense, ocupando em torno de 65% da área total da sub-bacia, ocorrem sobre os terrenos do Cráton Luís Alves. Neste compartimento estão presentes morros de topos convexos, com algumas ocorrências de topos estreitos e alongados, densidade de drenagem média e fina, aprofundamento das incisões de fraco a médio e apresentam predominância de argissolos e cambissolos (IBGE, 2004aINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geomorfologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2004a. SG.22-z-b. 1:250.000.; IBGE, 2004bINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pedologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2004b. SG.22-z-b. 1:250.000.).

Figura 3
Mapa Geomorfológico da sub-bacia do Rio Luís Alves.

Os Morros e Colinas do Médio e Baixo Itajaí-Açú, ocupando 17,96% da área total, desenvolvem-se sobre as rochas do Cinturão Dom Feliciano, ocorrendo morros de topos convexos com densidade de drenagem fina a média e médio aprofundamento das incisões (IBGE, 2004aINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geomorfologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2004a. SG.22-z-b. 1:250.000.). Também predominam tipos de solo argissolo e cambissolo. As Planícies e Rampas Colúvio-Aluviais constituem os modelados de acumulação, formadas pelos Sedimentos Quaternários (SANTOS, 2006SANTOS, G. F. "Geomorfologia". In: AUMOND, J. J. FRANK, B. (org.). Atlas da Bacia do Itajaí: Formação, Recursos Naturais e Ecossistemas. Blumenau: Edifurb, 2006 (no prelo).) totalizando 16,97% da área total da sub-bacia. Compõem este compartimento do relevo os terraços fluviais, as planícies fluviais e os terraços flúvio-lacustres (IBGE, 2004aINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Geomorfologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2004a. SG.22-z-b. 1:250.000.), ocorrendo solos classificados como gleissolos, neossolos e organossolos (IBGE, 2004bINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pedologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2004b. SG.22-z-b. 1:250.000.). Algumas destas planícies fluviais são do tipo alveolar, como é o caso da área onde está situada a sede do município de Luís Alves, no Braço Serafim, ou o Ribeirão Máximo.

Na Figura 4 observam-se dois perfis transversais na microbacia do Ribeirão Máximo, localizada no município de Luís Alves, assinalados por A - A' (preto) e B - B' (vermelho). Distando em torno de 1,1 Km, os perfis (Figura 5) comparam o estreitamento da planície alveolar do Ribeirão Máximo, que no referido trecho é da ordem de 400 m. Aproximadamente 1,5 Km a jusante do perfil B - B' a morfologia do vale volta a apresentar forma de "V", fechando a planície. Esta é uma condição geomorfológica que tipicamente propicia o desenvolvimento de inundações.

Figura 4
Hipsometria da microbacia do Ribeirão Máximo/SC.

Figura 5
Perfil transversal do Ribeirão Máximo/SC.

Dois padrões de rede de drenagem são identificados na sub-bacia: dendrítico e retangular. O padrão dendrítico reflete a diversidade de tipos de estruturas, o conjunto de foliações com fraturamento superimposto, sendo encontrado sobre as áreas montanhosas. O padrão retangular é também encontrado sobre áreas montanhosas, apresentando forte controle estrutural em alguns locais e refletindo o padrão de canais fluviais do tipo retilíneo. Nas planícies o padrão de canal fluvial é meandrante. Entretanto, muitas áreas de cultivo tiveram sua drenagem meândrica desfigurada, com a retilinização dos cursos d'água para aumento da área produtiva, sendo esse um fator agravante para o desenvolvimento de inundações a jusante do ponto retilinizado. Além disso, se as margens dos rios não forem adequadamente protegidas, ocorre o solapamento das margens para dentro do curso d'água, diminuindo a capacidade de escoamento do canal, e contribuindo para a formação de inundações.

A Figura 6 apresenta o potencial hidrológico do solo da bacia do Itajaí. Destacado em preto, apresenta-se o contorno da sub-bacia do rio Luís Alves, evidenciando a muito baixa e baixa capacidade de armazenamento nas áreas que correspondem às planícies, e a média capacidade nas áreas montanhosas. Assim, verifica-se que a média capacidade de armazenamento parece corresponder às áreas compreendidas por rochas enderbíticas do Complexo Granulítico Luís Alves, sobre os quais se desenvolvem solos classificados como argissolos e cambissolos. A muito baixa a baixa capacidade está associada ao domínio dos sedimentos de origem aluvial, lacustre e coluvionar, com ocorrência principal de solos dos tipos gleissolo e cambissolo. Essa situação, aliada ao baixo gradiente das planícies fluviais e sob condição de precipitação prolongada implica no rápido encharcamento do solo e escoamento superficial, resultando em inundações.

Figura 6
Capacidade de armazenamento de água no solo da bacia do rio Itajaí, com destaque para a sub-bacia do rio Luís Alves.

No que se refere à cobertura florestal, a sub-bacia está situada no domínio da Floresta Ombrófila Densa Montana, sendo que pouco ou quase nada restaram da cobertura original. A maior parte da bacia é ocupada por floresta em regeneração ou atividades agropecuárias e silvicultura (IBGE, 2004cINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Vegetação. Rio de Janeiro: IBGE, 2004c. SG.22-z-b. 1:250.000.). Vibrans (2003)VIBRANS, A. C. A cobertura florestal da bacia do Rio Itajaí: elementos para uma análise histórica. Universidade Federal de Santa Catarina (Tese, Programa de Pós-Graduação em Geografia). Florianópolis, 2003. investigou a evolução da cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Itajaí durante o século XX, identificando um incremento nas áreas florestais em regeneração naquela bacia, sendo a mesma tendência identificada para a sub-bacia do rio Luís Alves. Esta informação é positiva do ponto de vista do regime hidrológico, entretanto o autor chama a atenção para a necessidade de investigação sobre o papel da floresta secundária na interceptação, evapotranspiração e infiltração da bacia, uma vez que as áreas hoje em regeneração foram possivelmente exploradas pela agricultura e tiveram, portanto as características do solo modificadas.

Morfometria de bacia no estudo das inundações

A morfometria de bacias hidrográficas é uma metodologia útil por caracterizar matematicamente aspectos geométricos das bacias, que por sua vez, possuem implicações sobre a hidrologia das bacias. Assim, pela morfometria é possível identificar determinadas tendências de comportamentos hidrológicos, sendo especialmente útil para aquelas áreas onde há escassez deste tipo de dados. A sub-bacia hidrográfica do rio Luís Alves possui uma estação fluviométrica localizada no município de Luís Alves, sob as coordenadas 26°44'17" S e 49°55'54" W (SCHAEFER-SANTOS, 2003), entretanto os dados aí coletados não são representativos da bacia inteira, por estar localizada em área distante da foz.

De acordo com Souza (2005)SOUZA, C. R. de G. "Suscetibilidade Morfométrica de Bacias de Drenagem ao Desenvolvimento de Inundações em Áreas Costeiras". Revista Brasileira de Geomorfologia, ano 6, n.1. pp 45-61, 2005., diversos autores têm observado correlações entre parâmetros morfométricos de bacias de drenagem e suas características hidrológicas. Assim, a área, a forma, a hipsometria da bacia, o comprimento e a declividade do canal principal têm sido associados como importantes na determinação do tempo de duração do pico de cheia (PATTON, 1988 apud SOUZA, 2005SOUZA, C. R. de G. "Suscetibilidade Morfométrica de Bacias de Drenagem ao Desenvolvimento de Inundações em Áreas Costeiras". Revista Brasileira de Geomorfologia, ano 6, n.1. pp 45-61, 2005.). A área da bacia, a declividade e a densidade da rede de drenagem relacionam-se com a descarga máxima de uma inundação (HORTON, 1945HORTON, R. E. "Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology". Bulletin of the Geological Society of America, v. 56, p. 275-370. 1945. apud SOUZA, 2005SOUZA, C. R. de G. "Suscetibilidade Morfométrica de Bacias de Drenagem ao Desenvolvimento de Inundações em Áreas Costeiras". Revista Brasileira de Geomorfologia, ano 6, n.1. pp 45-61, 2005.); o comprimento dos canais, a forma da bacia, o gradiente topográfico bem como a litologia e as estruturas têm influência sobre a intensidade do escoamento e descarga (HACK, 1957 apud MORISAWA, 1962 apud SOUZA, 2005SOUZA, C. R. de G. "Suscetibilidade Morfométrica de Bacias de Drenagem ao Desenvolvimento de Inundações em Áreas Costeiras". Revista Brasileira de Geomorfologia, ano 6, n.1. pp 45-61, 2005.).

Para a extração dos dados morfométricos foram utilizadas quatro cartas (Pomerode, Luís Alves, Blumenau e Gaspar) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, escala 1:50.000 vetorizadas e disponibilizadas no sítio eletrônico do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina -CIRAM/EPAGRI (http://ciram.epagri.sc.gov.br/mapoteca/). Das cartas foram selecionadas as camadas hidrografia, curvas de nível e pontos cotados, sendo todo o trabalho realizado em meio digital, de forma não automática, com auxílio do software ArcGIS 10.0 (ESRI). A licença para uso do software é do Laboratório de Geoprocessamento/GEOLAB da Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC. Foram determinados os valores de 16 parâmetros morfométricos, conforme o Quadro 2:

Quadro 2
Parâmetros morfométricos

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A sub-bacia do Rio Luís Alves apresenta 6ª ordem de grandeza na escala 1:50.000 (ver Figura 7), 582,00 km2 de área e perímetro igual a 128,01 Km. Apresenta densidade de drenagem de 2,008 Km/Km2, caracterizada como alta, e densidade hidrográfica de 1,885 rios/ Km2. A relação entre os dois índices (Dd > Dh) sugere controle estrutural na bacia.

Figura 7
Hierarquia fluvial da sub-bacia do rio Luís Alves.

A relação de bifurcação encontrada para a sub-bacia do rio Luís Alves indica relevo montanhoso, corroborando com o valor de Textura topográfica encontrado para a mesma sub-bacia (43,392), classificando-a como de textura topográfica fina. A maior parte (73,679%) dos canais da sub-bacia são de primeira ordem, entretanto seu comprimento médio é de apenas 0,870 Km, indicando grande área de captação com elevada declividade e pequena extensão a ser percorrida pela água até os canais de ordens superiores.

A área da bacia, alta densidade de drenagem, relevo montanhoso, presença de planícies alveolares ou planícies fluviais estreitas, aliados à alta pluviosidade anual, são fatores naturais que contribuem para o desenvolvimento das inundações observadas nesta sub-bacia. Áreas com alta densidade de drenagem apresentam maior tendência a sofrer com processos erosivos, demandando manejo mais atencioso no que se refere ao uso do solo (Machado et al., 2011MACHADO, R. A. S. LOBÃO, J. S. B. VALE, R. de M. C. do. SOUZA, A. P. M. J. de. Análise Morfométrica de Bacias Hidrográficas como Suporte a Definição e Elaboração de Indicadores para a Gestão Ambiental a Partir do Uso de Geotecnologias. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR. Curitiba, 2011.).

Entretanto, alguns parâmetros importantes para avaliação da suscetibilidade ao desenvolvimento de inundações indicam propensão mediana à ocorrência de inundações. O índice de circularidade encontrado (0,44) aponta tendência para uma bacia de forma mais alongada, favorecendo o escoamento das águas. A mesma tendência é encontrada nos valores dos parâmetros coeficiente de compacidade (1,486), fator de forma (0,538) e índice de forma (1,493).

Este resultado pode ser atribuído à forma da sub-bacia do rio Luís Alves e como as microbacias tributárias se encontram organizadas. A sub-bacia tem formato próximo de um triângulo, aninhando dezenas de bacias com formatos variados, diferentes índices de dissecação, densidade de drenagem e usos do solo, e, portanto, respostas diferentes no tempo de concentração em cada uma delas. A Tabela 1 apresenta os parâmetros morfométricos calculados para a sub-bacia do Rio Luís Alves.

Tabela 1
Valores dos parâmetros morfométricos para a sub-bacia do rio Luís Alves

É importante ressaltar que, por conta do tamanho da sub-bacia e das características distintas entre as áreas montanhosas e as planícies, dados morfométricos que se refiram à totalidade da bacia representam a média dos valores, sendo, portanto relativizáveis.

O Luís Alves corre em planícies estreitas limitadas por morros até aproximadamente a altura da confluência com o Braço Serafim (4ª ordem), perfazendo até este ponto em torno de 21 Km, e já configurando a esta altura um rio de 5ª ordem. Neste ponto a planície assume largura um pouco maior, sendo, entretanto logo à frente, fechada novamente pela topografia.

O perfil topográfico do rio Luís Alves (ver Figura 8) foi gerado a partir da interpolação no ArcGIS entre o Triangular Irregular Network (TIN) da sub-bacia do Rio Luís Alves e a polilinha correspondente ao canal principal.

Figura 8
Perfil topográfico do Rio Luís Alves.

Seu perfil topográfico pode ser dividido em três compartimentos distintos, onde predominam processos geomorfológicos com diferentes contribuições para o desenvolvimento de inundações: entre a cabeceira e os primeiros mil metros de canal o rio possui alta declividade, predominando alta velocidade de escoamento e, portanto alto potencial erosivo. No setor seguinte, o rio ainda corre sobre o domínio das montanhas, configurando um perfil de pequenas planícies (algumas alveolares) interrompidas por desníveis mais acentuados, com desenvolvimento de cachoeiras em alguns pontos. Neste setor há uma alternância de processos de escoamento mais lentos e rápidos. Por fim, o rio chega ao domínio dos sedimentos quaternários, assumindo um traçado meândrico na tentativa de dissipar sua energia. Neste compartimento, o nível do rio encontra-se subordinado à contribuição dos rios de montante e também ao nível do rio Itajaí, bem como a influência das marés.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados alcançados permitem afirmar que existe uma suscetibilidade natural da sub-bacia do rio Luís Alves ao desenvolvimento de inundações. Entretanto, o uso do solo sem observação dos critérios geomorfológicos de ocupação contribui fortemente para agravar o problema, uma vez que potencializa a suscetibilidade dos elementos do meio físico e aumenta a vulnerabilidade das populações.

A morfometria é uma metodologia que tem por objetivo estabelecer comparações matemáticas entre bacias hidrográficas. É útil quando dados hidrológicos são ausentes, entretanto, para obter resultados mais confiáveis, deve ser analisada em conjunto com outros métodos geomorfológicos. A dinâmica das águas na sub-bacia do rio Luís Alves deve ser estudada em uma escala de detalhe para fornecer respostas menos generalistas sobre o problema, entretanto, os dados levantados permitem tecer algumas considerações que podem servir de subsidio ao planejamento territorial.

O controle de inundações numa bacia hidrográfica é tarefa complexa, pois envolve inúmeras variáveis. Entretanto, a sub-bacia do rio Luís Alves apresenta uma vantagem em relação a outras áreas do Vale do Itajaí, já densamente ocupadas. Dado que nesta sub-bacia a ocupação é esparsa, há maior liberdade de ação na implementação de medidas de controle, sejam estruturais, não recomendadas, quanto medidas não estruturais, estas sim de implementação fundamental.

Pelo exposto acima, e com base na recente Lei 12.608/12, pode-se afirmar que a gestão de riscos deve integrar o planejamento territorial da sub-bacia, de forma integrada entre os municípios cujos territórios estão inseridos nos limites da sub-bacia. Por fim, é fundamental que o planejamento do uso do solo seja feito em observância às dinâmicas do meio físico, de forma a não ampliar o seu impacto sobre o desenvolvimento de inundações.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina - FAPESC pelo financiamento da pesquisa cujo artigo é resultante.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2015

Histórico

  • Recebido
    Maio 2015
  • Aceito
    Jul 2015
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