Um flebotomíneo do complexo Lutzomyia flaviscutellata, de Rondônia e sul do Amazonas, Brasil é tão parecido com Lutzomyia olmeca reducta, que é considerado como sendo da mesma espécie. Este flebotomíneo ocorre junto com L. olmeca nociva, portanto o nome é emendado para o nível de espécie, como Lutzomyia reducta. O material do Brasil é descrito e ilustrado, e comparado com exemplares de L. o. nociva e L. flaviscutellata da mesma área. Chaves para as espécies e subespécies do complexo flaviscutellata são incluídas. Leishmania amazonensis foi isolada em um exemplar de L. reducta altamente infectado, tornando esta espécie a terceira a ser implicada como vetor desta leishmania no Brasil. A abundância relativa das três espécies simpátricas do complexo flaviscutellata varia em escala local e aparenta ter relação com a drenagem do solo. L. reducta constituiu cerca de 25% dos flebotomíneos capturados em armadilhas Disney em locais mal e bem drenados, porém não foi encontrada em locais sujeitos a inundações. L. olmeca nociva era restrita às áreas mal drenadas não sujeitas a inundações, enquanto L. flaviscutellata foi capturada neste dois ambientes e também numa área periodicamente inundada. L. reducta não tem sido assinalada ao norte do Rio Amazonas no Brasil, porém a ausência de registros do oeste e noroeste do Estado do Amazonas possa refletri a falta de levantamento nestas áreas.
Phlebotominae; taxonomia; biogeografia; ecologia; Lutzomyia reducta (stat. nov.); Lutzomyia flaviscutellata; Lutzomyia olmeca nociva; Leishmainai amazonensis; Amazônia